AQUI ESTA O TEXTO APRESENTADO
Digo-vos, em primeiro lugar, que estou aqui em meu nome próprio.
Estudei durante décadas o tema que vamos abordar, mas isto não significa que saiba muito sobre o assunto.
Convido-vos, assim, a trabalharmos juntos, partilhando os nossos saberes.
Este texto - base esteve várias vezes para ser alterado em virtude de ter encontrado pessoas que, entretanto, me interrogavam sobre Espiritismo, de uma forma muito séria, sem saberem que eu estava interessada no tema.
Este facto não me surpreendia, uma vez que a minha mente recorria muitas vezes aos II:. do Plano Maior, pedindo-lhes ajuda nesse sentido.
Após responder às perguntas que me eram feitas, logo queriam saber quando é que eu tinha começado a interessar-me pelo Espiritismo.
Eu explicava-lhes resumidamente. Foi assim: uma velha empregada de família, que connosco viveu mais de cinquenta anos, estava preocupada com alguns factos que se passavam comigo.
Um\ndia aconselhou-me a falar com uma senhora que teria sido visitada por uma sua\namiga. \n\nPara\nmim, a visita que fiz à tal senhora foi um total insucesso e, uma despesa\nconsiderável...\n\nAcreditei\nque Espiritismo seria algo de diferente, pois o meu coração o dizia.\n\nProcurei\ne encontrei. Encontrei um Centro Espírita, em cuja equipa acabei por trabalhar\ndurante muitos anos, numa aprendizagem continuada.\n\nComecemos,\nagora, o nosso trabalho em conjunto.\n\nPermitam-me\nque leia o poema de Fernando Pessoa, A Iniciação, e um outro texto em prosa,\ntambém dele, pedindo-vos toda a vossa atenção para as palavras-chave dos respectivos\nconteúdos.\n\nSe o\nnão fizerem hoje, seria muito bom que o fizessem logo que lhes aprouvesse.\n\nMas,\nnão deixem de o fazer.\n\n \n\n \n\n \n\n",1]
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Um dia aconselhou-me a falar com uma senhora que teria sido visitada por uma sua amiga.
Para mim, a visita que fiz à tal senhora foi um total insucesso e, uma despesa considerável...
Acreditei que Espiritismo seria algo de diferente, pois o meu coração o dizia.
Procurei e encontrei. Encontrei um Centro Espírita, em cuja equipa acabei por trabalhar durante muitos anos, numa aprendizagem continuada.
Comecemos, agora, o nosso trabalho em conjunto.
Permitam-me que leia o poema de Fernando Pessoa, A Iniciação, e um outro texto em prosa, também dele, pedindo-vos toda a vossa atenção para as palavras-chave dos respectivos conteúdos.
Se o não fizerem hoje, seria muito bom que o fizessem logo que lhes aprouvesse.
Mas, não deixem de o fazer.
\n\nINICIAÇÃO\n\n \n\nNão dormes sob os\nciprestes,\n\nPois não há sono no\nmundo.\n\n \n\n.................................................\n\n \n\nO corpo é a sombra das\nvestes\n\nQue encobrem teu ser\nprofundo.\n\n \n\n \n\nVem a noite, que é a\nmorte,\n\nE a sombra acabou sem\nser.\n\nVais na noite só recorte,\n\nIgual a ti sem querer.\n\n \n\n \n\n",1]
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INICIAÇÃO
Não dormes sob os ciprestes,
Pois não há sono no mundo.
.................................................
O corpo é a sombra das vestes
Que encobrem teu ser profundo.
Vem a noite, que é a morte,
E a sombra acabou sem ser.
Vais na noite só recorte,
Igual a ti sem querer.
\n\n \n\nMas na Estalagem do\nAssombro\n\nTiram-te os Anjos a capa.\n\nSegues sem capa no ombro\n\nCom o pouco que te tapa.\n\n \n\nEntão os Arcanjos da\nEstrada\n\nDespem-te e deixam-te nu.\n\nNão tens vestes, não tens\nnada:\n\nTens só teu corpo, que és\ntu.\n\n \n\nPor fim, na funda\ncaverna, \n\nOs Deuses despem-te mais.\n\nTeu corpo cessa, alma\nexterna,\n\nMas vês que são teus\niguais.\n\n \n\n",1]
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Mas na Estalagem do Assombro
Tiram-te os Anjos a capa.
Segues sem capa no ombro
Com o pouco que te tapa.
Então os Arcanjos da Estrada
Despem-te e deixam-te nu.
Não tens vestes, não tens nada:
Tens só teu corpo, que és tu.
Por fim, na funda caverna,
Os Deuses despem-te mais.
Teu corpo cessa, alma externa,
Mas vês que são teus iguais.
.....................................................\n\n \n\nA sombra das tuas vestes\n\nFicou entre nós na Sorte.\n\nNão ‘estás morto, entre\nciprestes.\n\n \n\n...........................................................\n\nNeófito, não há morte.\n\n(Revista «Presença» nº 35, maio 1932)\n\n \n\n \n\n \n\n \n\n \n\n ",1]
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.....................................................
A sombra das tuas vestes
Ficou entre nós na Sorte.
Não ‘estás morto, entre ciprestes.
...........................................................
Neófito, não há morte.
(Revista «Presença» nº 35, maio 1932)
\n\n \n\n \n\nO\ntexto em prosa de Fernando Pessoa, com data de 14 de janeiro de 1935, diz-nos:\n\n«Não\npertenço a Ordem Iniciática nenhuma. Creio na existência de Mundos superiores\nao nosso e de habitantes desses mundos, em experiências de diversos graus de\nespiritualidade, subtilizando-se até chegar a um Ente Supremo, que\npresumivelmente criou este mundo. Pode ser que haja outros Entes, igualmente\nSupremos, que hajam criado outros universos, e que esses universos coexistam\ncom o nosso interpenetradamente ou não. Por estas razões, e ainda outras, a\nordem externa do ocultismo, ou seja, a Maçonaria, evita,(excepto a Maçonaria\nanglo-saxónica) a expressão «Deus», dadas as suas implicações teológicas e\npopulares, e prefere dizer «Grande Arquitecto do Universo» que deixa em branco\no problema de, se Ele é Criador, ou simplesmente Governador do mundo. Dadas\nestas escalas de seres, não creio na comunicação directa com Deus, mas, segundo\na nossa afinação espiritual, poderemos ir comunicando com Seres cada vez mais\naltos».\n\n \n\n \n\n",1]
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O texto em prosa de Fernando Pessoa, com data de 14 de janeiro de 1935, diz-nos:
«Não pertenço a Ordem Iniciática nenhuma. Creio na existência de Mundos superiores ao nosso e de habitantes desses mundos, em experiências de diversos graus de espiritualidade, subtilizando-se até chegar a um Ente Supremo, que presumivelmente criou este mundo. Pode ser que haja outros Entes, igualmente Supremos, que hajam criado outros universos, e que esses universos coexistam com o nosso interpenetradamente ou não. Por estas razões, e ainda outras, a ordem externa do ocultismo, ou seja, a Maçonaria, evita,(excepto a Maçonaria anglo-saxónica) a expressão «Deus», dadas as suas implicações teológicas e populares, e prefere dizer «Grande Arquitecto do Universo» que deixa em branco o problema de, se Ele é Criador, ou simplesmente Governador do mundo. Dadas estas escalas de seres, não creio na comunicação directa com Deus, mas, segundo a nossa afinação espiritual, poderemos ir comunicando com Seres cada vez mais altos».
\n\n \n\nPassemos,\nentão, ao texto – base do nosso trabalho :\n\n \n\n \n\n \n\nEspiritismo\ne Espíritas\n\n \n\n \n\nAinda chegava até nós o grito libertador da\nRazão e, os nossos corações se embalavam na doce melodia da tolerância, quando\nJan Huss morreu, para vir reencarnar, em 1804, com o nome de Léon Déizard\nRivail, que virá a usar o pseudónimo de Allan Kardec. É ele quem virá propor\npara a Humanidade, uma segura directriz filosófica. \n\nSituou Jesus no seu devido lugar, como« o ser mais perfeito que Deus\nofereceu aos homens para lhes servir de modelo e guia, tornando-O o amigo e\nirmão mais sábio, que ensinou a técnica da felicidade, sem fugir, Ele mesmo, a\ndar o exemplo até ao sacrifício,( até hoje ninguém conseguiu provar que Jesus\nnão foi O crucificado); justo e simples, mestre e companheiro de todas as\npessoas.( MESTRE como era tratado pelos discípulos ).",1]
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Passemos, então, ao texto – base do nosso trabalho :
Espiritismo e Espíritas
Ainda chegava até nós o grito libertador da Razão e, os nossos corações se embalavam na doce melodia da tolerância, quando Jan Huss morreu, para vir reencarnar, em 1804, com o nome de Léon Déizard Rivail, que virá a usar o pseudónimo de Allan Kardec. É ele quem virá propor para a Humanidade, uma segura directriz filosófica.
Situou Jesus no seu devido lugar, como« o ser mais perfeito que Deus ofereceu aos homens para lhes servir de modelo e guia, tornando-O o amigo e irmão mais sábio, que ensinou a técnica da felicidade, sem fugir, Ele mesmo, a dar o exemplo até ao sacrifício,( até hoje ninguém conseguiu provar que Jesus não foi O crucificado); justo e simples, mestre e companheiro de todas as pessoas.( MESTRE como era tratado pelos discípulos ).
\n\nKardec apoiou-se na lei natural, que é o Amor, para indicar deveres e\nresponsabilidades iguais para todos os homens, pois são eles os construtores do\npróprio destino.\n\nEstudou os problemas causados pela exploração do homem pelo homem,\nsublinhando a igualdade de direitos e deveres, abolindo todo o privilégio em\nfunção de raça, religião, posição social ou económica.\n\nMais, ainda, deu à caridade o seu sentido fundamental, que é o de\nsocorrer de imediato quem precisa, dando-lhe, em seguida, a oportunidade de se\nintegrar na comunidade em que vive.\n\nFoi um pedagogo e um psicólogo. Aluno da\nEscola Piaget.\n\nFeita esta breve apresentação e, partindo da certeza de que este tema\ndeverá ser tratado de uma forma abreviada, pela delicadeza que o envolve e,\npela escassez de tempo, vamos, assim,« fazer uma simples iniciação».\n\nOs que aqui estamos seremos críticos e/ou cépticos mas, não\nindiferentes ao assunto. \n\nÉ exactamente por isso que aqui estamos.\n\n",1]
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Kardec apoiou-se na lei natural, que é o Amor, para indicar deveres e responsabilidades iguais para todos os homens, pois são eles os construtores do próprio destino.
Estudou os problemas causados pela exploração do homem pelo homem, sublinhando a igualdade de direitos e deveres, abolindo todo o privilégio em função de raça, religião, posição social ou económica.
Mais, ainda, deu à caridade o seu sentido fundamental, que é o de socorrer de imediato quem precisa, dando-lhe, em seguida, a oportunidade de se integrar na comunidade em que vive.
Foi um pedagogo e um psicólogo. Aluno da Escola Piaget.
Feita esta breve apresentação e, partindo da certeza de que este tema deverá ser tratado de uma forma abreviada, pela delicadeza que o envolve e, pela escassez de tempo, vamos, assim,« fazer uma simples iniciação».
Os que aqui estamos seremos críticos e/ou cépticos mas, não indiferentes ao assunto.
É exactamente por isso que aqui estamos.
Iniciamos o nosso encontro definindo\nEspiritismo.\n\n«Espiritismo é uma ciência de observação e uma doutrina filosófica».\n\nComo ciência, ocupa-se das relações que se podem estabelecer com os\nEspíritos; como filosofia, abrange todas as consequências morais que advêm dessas\nrelações.\n\nA doutrina Espírita é um conjunto de\nprincípios, que se relaciona com todas as áreas do conhecimento.\n\nAssim, a um espírita, para actuar com consciência e eficiência, é-lhe\nindispensável o conhecimento espírita e a sua integração noutros ramos do\nsaber.\n\nAtravés do aprimoramento individual, da auto-educação, temos um\ncompromisso com o aperfeiçoamento.\n\nNos seus aspectos científico e filosófico ,o espiritismo tem muito a\nver com a compreensão da sociedade, afim de que ela seja mais justa e amorosa.\n\nA política partidária nunca deverá ser levada para dentro dos Centros\nEspíritas porque ela deve ser exercida nos locais apropriados. \n\n",1]
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Iniciamos o nosso encontro definindo Espiritismo.
«Espiritismo é uma ciência de observação e uma doutrina filosófica».
Como ciência, ocupa-se das relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, abrange todas as consequências morais que advêm dessas relações.
A doutrina Espírita é um conjunto de princípios, que se relaciona com todas as áreas do conhecimento.
Assim, a um espírita, para actuar com consciência e eficiência, é-lhe indispensável o conhecimento espírita e a sua integração noutros ramos do saber.
Através do aprimoramento individual, da auto-educação, temos um compromisso com o aperfeiçoamento.
Nos seus aspectos científico e filosófico ,o espiritismo tem muito a ver com a compreensão da sociedade, afim de que ela seja mais justa e amorosa.
A política partidária nunca deverá ser levada para dentro dos Centros Espíritas porque ela deve ser exercida nos locais apropriados.
Diremos, então que espiritismo é a «ciência que trata da natureza, da\norigem e do destino dos Espíritos e das suas relações com o mundo corporal».\n\nO Espiritismo dirige-se aos que não crêem em\nnada e aos que duvidam. A todos que têm uma religião , cuja fé lhes basta, ele\nnão se impõe nem se propõem e, não forçará nenhuma convicção.\n\nA liberdade de consciência é uma consequência da liberdade de pensar,\nque é um dos atributos do Homem.\n\nÉ contrário aos princípios espíritas não aceitar e não cumprir este\natributo humano de respeito e tolerância.\n\nAos olhos de um espírita, todas as crenças honestas, que não violem as\nconsciências, são respeitadas.\n\nMas, será que os Espíritos realizam fenómenos, ou isso é fruto da\nimaginação?\n\nNão é norma dos espíritas sentirem-se mais inteligentes do que as\noutras pessoas, porém, devemos recordar que muitas pessoas se sentem superiores\naos espíritas por não acreditarem em factos que nós sabemos comprovados.\n\nOra, o espírita é alguém tolerante, que aceita com respeito e\namabilidade, a inteligência que se lhe opõe, pois acredita que o seu opositor a\nusa para se esclarecer.",1]
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Diremos, então que espiritismo é a «ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e das suas relações com o mundo corporal».
O Espiritismo dirige-se aos que não crêem em nada e aos que duvidam. A todos que têm uma religião , cuja fé lhes basta, ele não se impõe nem se propõem e, não forçará nenhuma convicção.
A liberdade de consciência é uma consequência da liberdade de pensar, que é um dos atributos do Homem.
É contrário aos princípios espíritas não aceitar e não cumprir este atributo humano de respeito e tolerância.
Aos olhos de um espírita, todas as crenças honestas, que não violem as consciências, são respeitadas.
Mas, será que os Espíritos realizam fenómenos, ou isso é fruto da imaginação?
Não é norma dos espíritas sentirem-se mais inteligentes do que as outras pessoas, porém, devemos recordar que muitas pessoas se sentem superiores aos espíritas por não acreditarem em factos que nós sabemos comprovados.
Ora, o espírita é alguém tolerante, que aceita com respeito e amabilidade, a inteligência que se lhe opõe, pois acredita que o seu opositor a usa para se esclarecer.
\n\nJamais um espírita força alguém a aceitar as suas convicções. Sempre\nque dele se aproxime alguém que deseja sinceramente instruir-se sobre o\nEspiritismo, responder-lhe-á no limite dos seus conhecimentos . Nunca se\nzangará por não ser capaz de levar as pessoas a aceitar as suas ideias.\n\nRespeita a opinião dos outro, se ela é sincera e, deseja que a sua seja\nrespeitada.\n\nNão fará o milagre de convencer quem quer que seja porque não faz\nmilagres.\n\nTambém o espírita não é um louco, ainda que, mesmo hoje, muita gente\ntenha convencionado isso.\n\nTemos, aliás, que afirmar que, sempre que se fala deste tema, ele aparece como assunto interessante e, há sempre quem deseje\npercebê-lo.\n\nReflectindo: será que se pode julgar o quer que seja, sem lhe apreciar\nrazões e fundamentos?\n\nCriticar, censurar, julgar, apreciar, são acções que devem ser feitas\nsem ideias preconcebidas. Caso contrário, o crítico arrisca-se a cometer erro\nsério, o que o irá pôr a ele próprio em questão.\n\n",1]
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Jamais um espírita força alguém a aceitar as suas convicções. Sempre que dele se aproxime alguém que deseja sinceramente instruir-se sobre o Espiritismo, responder-lhe-á no limite dos seus conhecimentos . Nunca se zangará por não ser capaz de levar as pessoas a aceitar as suas ideias.
Respeita a opinião dos outro, se ela é sincera e, deseja que a sua seja respeitada.
Não fará o milagre de convencer quem quer que seja porque não faz milagres.
Também o espírita não é um louco, ainda que, mesmo hoje, muita gente tenha convencionado isso.
Temos, aliás, que afirmar que, sempre que se fala deste tema, ele aparece como assunto interessante e, há sempre quem deseje percebê-lo.
Reflectindo: será que se pode julgar o quer que seja, sem lhe apreciar razões e fundamentos?
Criticar, censurar, julgar, apreciar, são acções que devem ser feitas sem ideias preconcebidas. Caso contrário, o crítico arrisca-se a cometer erro sério, o que o irá pôr a ele próprio em questão.
O Espiritismo é uma ciência recente em que há muito que aprender.\n\nEsta será a minha sincera e humilde justificação para não vos tirar\ntodas as dúvidas.\n\nSó posso dizer o que sei.\n\nSe o Espiritismo abrange todos os ramos da filosofia, da metafísica da\npsicologia e da moral, esta é a razão porque é difícil caminhar neste tema em\ntão pouco tempo.\n\nContinuemos a nossa iniciação: devemos distinguir entre espiritualismo\ne espiritismo?\n\nSim. Espiritualista é todo aquele cuja doutrina se opõe ao\nmaterialismo.\n\nAssim se consideram todas as religiões.\n\nElas crêem que em nós há mais do que matéria, mas, não acreditam nos\nEspíritos.\n\nHouve dissidências entre espíritas?\n\nSim. Como ciência, Porém, até hoje, ninguém provou categoricamente que\nos fenómenos espíritas não existem e, não podem mesmo existir.",1]
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O Espiritismo é uma ciência recente em que há muito que aprender.
Esta será a minha sincera e humilde justificação para não vos tirar todas as dúvidas.
Só posso dizer o que sei.
Se o Espiritismo abrange todos os ramos da filosofia, da metafísica da psicologia e da moral, esta é a razão porque é difícil caminhar neste tema em tão pouco tempo.
Continuemos a nossa iniciação: devemos distinguir entre espiritualismo e espiritismo?
Sim. Espiritualista é todo aquele cuja doutrina se opõe ao materialismo.
Assim se consideram todas as religiões.
Elas crêem que em nós há mais do que matéria, mas, não acreditam nos Espíritos.
Houve dissidências entre espíritas?
Sim. Como ciência, Porém, até hoje, ninguém provou categoricamente que os fenómenos espíritas não existem e, não podem mesmo existir.
\n\nAos que desejam instruir-se sobre esta matéria, direi que não é\npossível fazer um curso de Espiritismo como se faz um curso de física ou\nquímica.\n\nInstruir-se, pela teoria, ler e meditar os livros que abordam esta\nciência, será o passo seguro para aprender os princípios espíritas e as\nexplicações para os fenómenos espíritas.\n\nFalámos de espiritismo, isto é, da doutrina que se ocupa dos Espíritos.\nE o que são os Espíritos?\n\nSão seres inteligentes da Criação. Povoam o universo, fora do mundo\nmaterial. A alma, no instante da morte, volta a ser Espírito\n\nE os Espíritos podem ver tudo o que os rodeia, contudo, só vêm aquilo a\nque dão atenção. Não se ocupam do que lhes é indiferente.\n\nPodem influenciar os nossos pensamentos. Então os Espíritos podem\ncomunicar com o homem?\n\nClaro que sim. O homem é um espírito aprisionado num corpo.\n\nSe acreditamos na sobrevivência da alma, acreditamos, também, na\nsobrevivência dos afectos.",1]
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Aos que desejam instruir-se sobre esta matéria, direi que não é possível fazer um curso de Espiritismo como se faz um curso de física ou química.
Instruir-se, pela teoria, ler e meditar os livros que abordam esta ciência, será o passo seguro para aprender os princípios espíritas e as explicações para os fenómenos espíritas.
Falámos de espiritismo, isto é, da doutrina que se ocupa dos Espíritos. E o que são os Espíritos?
São seres inteligentes da Criação. Povoam o universo, fora do mundo material. A alma, no instante da morte, volta a ser Espírito
E os Espíritos podem ver tudo o que os rodeia, contudo, só vêm aquilo a que dão atenção. Não se ocupam do que lhes é indiferente.
Podem influenciar os nossos pensamentos. Então os Espíritos podem comunicar com o homem?
Claro que sim. O homem é um espírito aprisionado num corpo.
Se acreditamos na sobrevivência da alma, acreditamos, também, na sobrevivência dos afectos.
\n\nPorque não há - de um espírito, que já dominou um corpo, entrar em\nacordo com outro espírito ligado a um corpo, e utilizar-se desse corpo para\nexpressar o seu pensamento, tal como um mudo se serve de outra pessoa que fale\npara se fazer entender?\n\nEntão até onde vai a nossa crença no Espiritismo?\n\nVamos ler, observar e estudar a doutrina.\n\nO Espírita acredita em Deus, que define como inteligência suprema,\ncausa primária de todas as coisas. Esta definição é pobre,- o espírita sabe-o –\nporque não se pode definir o que está acima da linguagem dos homens.\n\nO Espírita acredita na existência da alma.\n\nSe a alma é o princípio da vida material orgânica, como os\nmaterialistas a entendem; ou se, como \nos panteístas a consideram, a alma universal seria Deus e cada ser um\nfragmento da divindade;. ou, ainda ,se a alma é como os espiritualistas a\nafirmam: um ser moral, independente da matéria, conservando a sua\nindividualidade depois da morte.\n\n«O espiritismo respeita estas definições, mas, propõe uma definição\nmais simples: a alma é o ser imaterial e individual que em nós reside e\nsobrevive ao corpo».",1]
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Porque não há - de um espírito, que já dominou um corpo, entrar em acordo com outro espírito ligado a um corpo, e utilizar-se desse corpo para expressar o seu pensamento, tal como um mudo se serve de outra pessoa que fale para se fazer entender?
Então até onde vai a nossa crença no Espiritismo?
Vamos ler, observar e estudar a doutrina.
O Espírita acredita em Deus, que define como inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Esta definição é pobre,- o espírita sabe-o – porque não se pode definir o que está acima da linguagem dos homens.
O Espírita acredita na existência da alma.
Se a alma é o princípio da vida material orgânica, como os materialistas a entendem; ou se, como os panteístas a consideram, a alma universal seria Deus e cada ser um fragmento da divindade;. ou, ainda ,se a alma é como os espiritualistas a afirmam: um ser moral, independente da matéria, conservando a sua individualidade depois da morte.
«O espiritismo respeita estas definições, mas, propõe uma definição mais simples: a alma é o ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo».
\n\nPodemos até dizer que há uma alma vital, comum a todos os seres\norgânicos; uma alma intelectual, nos animais e nos homens; e uma alma espírita\nnos homens.\n\nA reencarnação:\n\nA reencarnação é um dos pontos essenciais da nossa doutrina.\n\nA alma, o espírito, está presa, durante a vida, ao corpo por um\nenvoltório semimaterial ou perispírito.\n\nApós a morte vai-se separando lentamente.\n\nA reencarnação é necessária para o\naperfeiçoamento.\n\nPassamos todos por várias existências.\n\nÉ possível simular fenómenos espíritas? \n\nA maldade e a má fé podem tentar semelhanças com o Espiritismo,\nprocurando confundi-lo com magia e feitiçaria.\n\n«O espiritismo não aguarda a hora marcada para aparecimento de\nfantasmas. Não aceita qualquer efeito maravilhoso, quer dizer, tudo o que está\nfora das leis da Natureza». Não faz milagres nem prodígios e, procura explicar\npor força de uma lei, alguns efeitos importantes, que até à altura, eram\nconsiderados milagres ou prodígios.",1]
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Podemos até dizer que há uma alma vital, comum a todos os seres orgânicos; uma alma intelectual, nos animais e nos homens; e uma alma espírita nos homens.
A reencarnação:
A reencarnação é um dos pontos essenciais da nossa doutrina.
A alma, o espírito, está presa, durante a vida, ao corpo por um envoltório semimaterial ou perispírito.
Após a morte vai-se separando lentamente.
A reencarnação é necessária para o aperfeiçoamento.
Passamos todos por várias existências.
É possível simular fenómenos espíritas?
A maldade e a má fé podem tentar semelhanças com o Espiritismo, procurando confundi-lo com magia e feitiçaria.
«O espiritismo não aguarda a hora marcada para aparecimento de fantasmas. Não aceita qualquer efeito maravilhoso, quer dizer, tudo o que está fora das leis da Natureza». Não faz milagres nem prodígios e, procura explicar por força de uma lei, alguns efeitos importantes, que até à altura, eram considerados milagres ou prodígios.
\n\nDescobre a nova lei, com consequências morais, codifica essas\nconsequências e, assim surge uma doutrina filosófica. \n\nAllan Kardec foi o codificador.\n\nA Ciência Espírita interessa à mentalidade positivista, porque trabalha\nsobre bases positivas e racionais.\n\nMas os sábios não deram a conhecer ao mundo a força que aparece com as\nmesas giratórias. Porquê?\n\nSerá que essas mesas são uma charlatanice ?\n\nSe alguém paga para assistir a «falsos fenómenos», então assistiu a um\nacto de charlatanice\n\n O Espiritismo nada tem a\nver com isto.\n\nO que o Espiritismo quer é que todas as pessoas sejam completamente\nlivres para, de forma consciente, aprovar ou criticar os princípios do Espiritismo\n\n\nAs pessoas não devem\ngeneralizar acusações",1]
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Descobre a nova lei, com consequências morais, codifica essas consequências e, assim surge uma doutrina filosófica.
Allan Kardec foi o codificador.
A Ciência Espírita interessa à mentalidade positivista, porque trabalha sobre bases positivas e racionais.
Mas os sábios não deram a conhecer ao mundo a força que aparece com as mesas giratórias. Porquê?
Será que essas mesas são uma charlatanice ?
Se alguém paga para assistir a «falsos fenómenos», então assistiu a um acto de charlatanice
O Espiritismo nada tem a ver com isto.
O que o Espiritismo quer é que todas as pessoas sejam completamente livres para, de forma consciente, aprovar ou criticar os princípios do Espiritismo
As pessoas não devem generalizar acusações
até à\ncalúnia.\n\nHoje estas mesas não estão na moda, porque da experiência com elas, é\nque apareceu esta ciência esta doutrina, que interessou os que apreciam usar a\nRazão e o Pensamento.\n\n«A diferença entre os fenómenos das ciências exactas e a ciência espírita reside no facto de\nque os fenómenos espíritas não se produzem à vontade».\n\n«A Ciência e o Espiritismo completam-se reciprocamente: a Ciência sem o\nEspiritismo não tem possibilidade de explicar certos fenómenos só pelas leis da\nmatéria; ao Espiritismo, sem a Ciência faltariam apoio e comprovação».\n\nEntre os espíritas há muitos sábios, médicos de muitos países, homens\nda ciência, magistrados, professores, artistas, homens de letras,\neclesiásticos...\n\nNão lhes podemos negar a Luz...\n\nEnquanto as ciências se baseiam nas propriedades da matéria,\nmanipulável, e as forças materiais são agentes que produzem os seus fenómenos,\nos fenómenos espíritas são produzidos por inteligências independentes, com\nlivre arbítrio que não entram em laboratórios.\n\n",1]
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até à calúnia.
Hoje estas mesas não estão na moda, porque da experiência com elas, é que apareceu esta ciência esta doutrina, que interessou os que apreciam usar a Razão e o Pensamento.
«A diferença entre os fenómenos das ciências exactas e a ciência espírita reside no facto de que os fenómenos espíritas não se produzem à vontade».
«A Ciência e o Espiritismo completam-se reciprocamente: a Ciência sem o Espiritismo não tem possibilidade de explicar certos fenómenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência faltariam apoio e comprovação».
Entre os espíritas há muitos sábios, médicos de muitos países, homens da ciência, magistrados, professores, artistas, homens de letras, eclesiásticos...
Não lhes podemos negar a Luz...
Enquanto as ciências se baseiam nas propriedades da matéria, manipulável, e as forças materiais são agentes que produzem os seus fenómenos, os fenómenos espíritas são produzidos por inteligências independentes, com livre arbítrio que não entram em laboratórios.
Lembremos uma referência\nde Allan Kardec: «a nossa crença apoia-se sobre o raciocínio e os factos. Eu\npróprio só a adoptei depois de um exame sério. Tendo adquirido, nos estudos das\nciências exactas, o hábito das coisas positivas, aprofundei, investiguei esta\nnova ciência nos pormenores ocultos. Eu quis conhecer tudo, porque não aceito\numa ideia senão quando lhe conheço o porquê e o como».\n\nA mediunidade:\n\n«A mediunidade não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode\ntornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos espíritos; faltando,\nestes, já não há mediunidade», disse Allan Kardec\n\nMas o médium deve usar o raciocínio, porquê? \n\nPara examinar sensatamente as coisas, os problemas e as situações e dar-lhes a melhor, a mais oportuna e,\na mais sábia solução.\n\nSem este recurso doutrinário, a falta de entendimento espiritual irá\nsobrepor-se e, num médium não preparado, chegará à confusão de ideias, à\nmistificação inconsciente, à estagnação mental, ou mesmo à idolatria a \nmédios, levando à sujeição\naos falsos guias espirituais.\n\nVer com os olhos materiais é uma faculdade de todos os espíritas,\nporém, ver com os olhos iluminados da razão, é uma faculdade adquirida apenas\npor aqueles que muito se esforçaram",1]
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Lembremos uma referência de Allan Kardec: «a nossa crença apoia-se sobre o raciocínio e os factos. Eu próprio só a adoptei depois de um exame sério. Tendo adquirido, nos estudos das ciências exactas, o hábito das coisas positivas, aprofundei, investiguei esta nova ciência nos pormenores ocultos. Eu quis conhecer tudo, porque não aceito uma ideia senão quando lhe conheço o porquê e o como».
A mediunidade:
«A mediunidade não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos espíritos; faltando, estes, já não há mediunidade», disse Allan Kardec
Mas o médium deve usar o raciocínio, porquê?
Para examinar sensatamente as coisas, os problemas e as situações e dar-lhes a melhor, a mais oportuna e, a mais sábia solução.
Sem este recurso doutrinário, a falta de entendimento espiritual irá sobrepor-se e, num médium não preparado, chegará à confusão de ideias, à mistificação inconsciente, à estagnação mental, ou mesmo à idolatria a médios, levando à sujeição aos falsos guias espirituais.
Ver com os olhos materiais é uma faculdade de todos os espíritas, porém, ver com os olhos iluminados da razão, é uma faculdade adquirida apenas por aqueles que muito se esforçaram
\n\n Dos espíritas:\n\nTemos os espíritas experimentadores, que consideram o espiritismo uma\nciência de observação.\n\nHá os espíritas que compreendem a parte filosófica. Admiram a moral\nmas, não a praticam: são espíritas\nimperfeitos.\n\nOs espíritas designados verdadeiros espíritas ou espíritas cristãos,\nsão os que admiram a moral espírita e a praticam.\n\nHá, ainda, os espíritas exaltados, que se deslumbram no que respeita ao\nmundo invisível. Não reflectem. \n\nA mediunidade não surge por acaso nas pessoas, pois já se encontra instalada\nno organismo espiritual, antes mesmo do processo reencarnatório.\n\nAs faculdades mediúnicas podem ser encontradas na sociedade humana, em\nvárias religiões e povos, e, não conhecem rico ou pobre, boas ou más pessoas.\n\nO uso da mediunidade pode ser bom ou mau.\n\n",1]
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Dos espíritas:
Temos os espíritas experimentadores, que consideram o espiritismo uma ciência de observação.
Há os espíritas que compreendem a parte filosófica. Admiram a moral mas, não a praticam: são espíritas imperfeitos.
Os espíritas designados verdadeiros espíritas ou espíritas cristãos, são os que admiram a moral espírita e a praticam.
Há, ainda, os espíritas exaltados, que se deslumbram no que respeita ao mundo invisível. Não reflectem.
A mediunidade não surge por acaso nas pessoas, pois já se encontra instalada no organismo espiritual, antes mesmo do processo reencarnatório.
As faculdades mediúnicas podem ser encontradas na sociedade humana, em várias religiões e povos, e, não conhecem rico ou pobre, boas ou más pessoas.
O uso da mediunidade pode ser bom ou mau.
A força mediúnica é ferramenta nas mãos do médium, que fará dela o que\nlhe convier, de acordo com o seu\nlivre arbítrio, dirigindo-a para a estagnação ou para o progresso, a fantasia\nou o aprendizado, a viciação ou a disciplina.\n\nOs defeitos morais, acalentados pelo médium, desequilibram o seu campo\nmental, atraindo companhias espirituais irresponsáveis.\n\nOs bons espíritos não esperam por médiuns perfeitos mas, por médiuns\neducados, fraternos, e dispostos a trabalhar com alegria, mesmo com as\nincompreensões e provações.\n\nMas, o médium tem de estudar, porque não é infalível, nem tem\nprivilégios especiais dos espíritos superiores.\n\nDesenvolver a mediunidade, é, antes de tudo, desenvolver a inteligência\ne o coração no rumo do Supremo Bem, da Sabedoria Universal, na busca permanente\nda fraternidade sentida e praticada\n\nFaculdades Mediúnicas :\n\nAs faculdades mediúnicas são essencialmente\nestas: \n\nPsicofonia\n\n",1]
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A força mediúnica é ferramenta nas mãos do médium, que fará dela o que lhe convier, de acordo com o seu livre arbítrio, dirigindo-a para a estagnação ou para o progresso, a fantasia ou o aprendizado, a viciação ou a disciplina.
Os defeitos morais, acalentados pelo médium, desequilibram o seu campo mental, atraindo companhias espirituais irresponsáveis.
Os bons espíritos não esperam por médiuns perfeitos mas, por médiuns educados, fraternos, e dispostos a trabalhar com alegria, mesmo com as incompreensões e provações.
Mas, o médium tem de estudar, porque não é infalível, nem tem privilégios especiais dos espíritos superiores.
Desenvolver a mediunidade, é, antes de tudo, desenvolver a inteligência e o coração no rumo do Supremo Bem, da Sabedoria Universal, na busca permanente da fraternidade sentida e praticada
Faculdades Mediúnicas :
As faculdades mediúnicas são essencialmente estas:
Psicofonia
Psicografia\n\nClarividência\n\nDesdobramento\n\nEfeitos físicos\n\nCirurgia espiritual e curadora\n\nTanto o médium que tem premonições como\naquele que é sonâmbulo, tem de ser tido em consideração. \n\nO grande inimigo do médium reside nele mesmo\ne, o médium tem alguns inimigos\ncomo : o personalismo, a ambição, a ignorância, a rebeldia.\n\nAquele que deseja esclarecer-se deve fugir\ndas trevas, e as trevas estarão na impureza do seu coração. \n\nDiscípulos de Kardec:\n\nGabriel Delanne e Léon Denis foram os\napóstolos de Allan Kardec. Delanne, na ciência e Denis, na Filosofia.\n\n",1]
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Psicografia
Clarividência
Desdobramento
Efeitos físicos
Cirurgia espiritual e curadora
Tanto o médium que tem premonições como aquele que é sonâmbulo, tem de ser tido em consideração.
O grande inimigo do médium reside nele mesmo e, o médium tem alguns inimigos como : o personalismo, a ambição, a ignorância, a rebeldia.
Aquele que deseja esclarecer-se deve fugir das trevas, e as trevas estarão na impureza do seu coração.
Discípulos de Kardec:
Gabriel Delanne e Léon Denis foram os apóstolos de Allan Kardec. Delanne, na ciência e Denis, na Filosofia.
\n\nDenis nasceu em 1846. Muito jovem, passou\npela crença católica e, pelo cepticismo materialista.\n\n \n\nPesquisou em leituras e provas. Queria\nencontrar a chave do mistério da vida.\n\n \n\nEncontrou um livro de Kardec.\n\nProcurou o grupo do Dr. Aguzoly, que se reunia no Hotel do Cisne, em\nTours, a quem se juntou.\n\nDificilmente surgiam mensagens ou fenómenos\ncom elevação espiritual, pois havia muita auto-sugestão.\n\nAs suas mais interessantes experiências\nespíritas surgiram junto de um\nsargento, com quem estava no exército, e dos seus companheiros, no mesmo hotel.",1]
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Denis nasceu em 1846. Muito jovem, passou pela crença católica e, pelo cepticismo materialista.
Pesquisou em leituras e provas. Queria encontrar a chave do mistério da vida.
Encontrou um livro de Kardec.
Procurou o grupo do Dr. Aguzoly, que se reunia no Hotel do Cisne, em Tours, a quem se juntou.
Dificilmente surgiam mensagens ou fenómenos com elevação espiritual, pois havia muita auto-sugestão.
As suas mais interessantes experiências espíritas surgiram junto de um sargento, com quem estava no exército, e dos seus companheiros, no mesmo hotel.
\n\nÉ ele quem nos conta um episódio que ele\npróprio vivenciou :\n\n«... numa tarde de verão, em plena luz do dia, quando estávamos\nreunidos , o capitão, eu e o Dr. Aguzoly,o consultório deste último, fomos\nsurpreendidos por uma materialização. Ouvimos três pancadas na parede e, logo\nnos surgiu uma forma humana. A parte superior do corpo era claramente\ndesenhada, mas, a parte inferior era uma massa compacta. Ficámos estarrecidos.\nE todos estávamos a ver o mesmo. Fraude,não seria possível, porque todas as\nportas estavam fechadas. Nada tínhamos feito no campo da mediunidade.\n\nSoubemos mais tarde , pelos espíritos, nossos guias, que se tinham\nservido de espíritos inferiores, para assegurar a nossa convicção no\nEspiritismo.»\n\nA partir da orientação de Denis , o\nEspiritismo desenvolveu-se com toda a segurança em Tours.\n\n Por volta de 1890, homens de altas posições na magistratura e\nnas armas, já conhecedores de Espiritismo se lhe juntaram.\n\nE o Espiritismo foi-se espalhando pelo Mundo.\n\n",1]
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É ele quem nos conta um episódio que ele próprio vivenciou :
«... numa tarde de verão, em plena luz do dia, quando estávamos reunidos , o capitão, eu e o Dr. Aguzoly,o consultório deste último, fomos surpreendidos por uma materialização. Ouvimos três pancadas na parede e, logo nos surgiu uma forma humana. A parte superior do corpo era claramente desenhada, mas, a parte inferior era uma massa compacta. Ficámos estarrecidos. E todos estávamos a ver o mesmo. Fraude,não seria possível, porque todas as portas estavam fechadas. Nada tínhamos feito no campo da mediunidade.
Soubemos mais tarde , pelos espíritos, nossos guias, que se tinham servido de espíritos inferiores, para assegurar a nossa convicção no Espiritismo.»
A partir da orientação de Denis , o Espiritismo desenvolveu-se com toda a segurança em Tours.
Por volta de 1890, homens de altas posições na magistratura e nas armas, já conhecedores de Espiritismo se lhe juntaram.
E o Espiritismo foi-se espalhando pelo Mundo.
Concluindo:\n\nAté agora, perguntámo-nos sobre o que é o Espiritismo,\naflorámos os conceitos de mediuns , nos seus diferentes tipos, a comunicação, o\nperispírito e a reeencarnação. \n\nEu disse, « aflorámos » Assim tinha de ser.\n\nVamos tentar falar um pouco mais sobre alguns destes pontos . Vão sentir que fica ainda muito por estudar.\n\nComecemos por perispírito :\n\nO Espírito está envolvido por uma substância,\ninvisível aos nossos olhos, que pode elevar o espírito na atmosfera e levá-lo\nonde ele quiser. É o envoltório do espírito. Este envoltório semi-material pode mudar quando passa\nde um mundo para outro. Pode ter a forma que o espírito quiser. Pode aparecer\nnum sonho, num estado de vigília, pode tornar-se visível.\n\nMas o espírito é uma chama, um clarão, uma\ncentelha etérea. Tem cor escura ou opaca; cor brilhante, como um rubi, de\nacordo com a pureza do espírito.\n\n",1]
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Concluindo:
Até agora, perguntámo-nos sobre o que é o Espiritismo, aflorámos os conceitos de mediuns , nos seus diferentes tipos, a comunicação, o perispírito e a reeencarnação.
Eu disse, « aflorámos » Assim tinha de ser.
Vamos tentar falar um pouco mais sobre alguns destes pontos . Vão sentir que fica ainda muito por estudar.
Comecemos por perispírito :
O Espírito está envolvido por uma substância, invisível aos nossos olhos, que pode elevar o espírito na atmosfera e levá-lo onde ele quiser. É o envoltório do espírito. Este envoltório semi-material pode mudar quando passa de um mundo para outro. Pode ter a forma que o espírito quiser. Pode aparecer num sonho, num estado de vigília, pode tornar-se visível.
Mas o espírito é uma chama, um clarão, uma centelha etérea. Tem cor escura ou opaca; cor brilhante, como um rubi, de acordo com a pureza do espírito.
O perispírito é retirado do fluido universal\ndo mundo onde se encontra. Melhor:\n\nO corpo é um acessório do Espírito. É o\nEspírito, o ser que pensa e sobrevive. Mas, o Espírito tem um outro invólucro ,\nsemi-material, que o liga ao corpo. O espírito despoja-se do corpo mas, não\ndeste invólucro fluídico, o perispírito.\n\nEntão o espírito é um ser com limites que apenas não é visível e palpável .É\npor isso que não se assemelha ao ser humano.\n\nEntão porque não há-de actuar sobre a\nmatéria?\n\nSó porque é vaporoso, fluídico? Então negamos\nque a electricidade, um imponderável, exerce acção química sobre a matéria\nponderável?\n\n \n\nMediuns e Comunicação\n\nUm medium serve de intermediário entre duas «\nhumanidades », a visível e a invisível. Assim, dois mundos , cujas organizações\ne leis são diferentes, entram em contacto. O médium é o agente indispensável\npara que se produzam manifestações do mundo invisível. Participa,\nsimultâneamente, pelo seu invólucro fluídico, da vida do Espaço e, pelo corpo\nfísico, da vida terrestre, é ele o intermediário obrigatório entre dois mundos.",1]
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O perispírito é retirado do fluido universal do mundo onde se encontra. Melhor:
O corpo é um acessório do Espírito. É o Espírito, o ser que pensa e sobrevive. Mas, o Espírito tem um outro invólucro , semi-material, que o liga ao corpo. O espírito despoja-se do corpo mas, não deste invólucro fluídico, o perispírito.
Então o espírito é um ser com limites que apenas não é visível e palpável .É por isso que não se assemelha ao ser humano.
Então porque não há-de actuar sobre a matéria?
Só porque é vaporoso, fluídico? Então negamos que a electricidade, um imponderável, exerce acção química sobre a matéria ponderável?
Mediuns e Comunicação
Um medium serve de intermediário entre duas « humanidades », a visível e a invisível. Assim, dois mundos , cujas organizações e leis são diferentes, entram em contacto. O médium é o agente indispensável para que se produzam manifestações do mundo invisível. Participa, simultâneamente, pelo seu invólucro fluídico, da vida do Espaço e, pelo corpo físico, da vida terrestre, é ele o intermediário obrigatório entre dois mundos.
\n\nPorém, é necessária uma lenta e laboriosa\niniciação para a busca dos bens superiores.\n\nApós a primeira fase de desenvolvimento das\nsuas faculdades, é fundamental que o médium obtenha a protecção de um espírito\nbom, que o guie, inspire, e preserve de qualquer perigo.\n\nA educação e aperfeiçoamento do médium é\nfundamental.\n\nFora das condições da elevação de pensamento,\nde moralidade e desinteresse, pode a mediunidade ser perigosa.\n\nO médium é um instrumento delicado,\nrepositório de forças que se renovam indefinidamente, e que é preciso utilizar\ncom moderação.\n\nA reencarnação :\n\nA alma que não alcançou a perfeição durante a\nvida corpórea procura depurar-se ,\nsofrendo a prova de uma nova existência. Pode passar por várias existências,\naté ser um espírito bem aventurado. Recordam-se de que muitos de nós passamos\npor um sítio ou por uma situação e somos levados a pensar que já tínhamos\npassado por ali ou já conhecíamos aquela situação? Eis o déjà vue.",1]
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Porém, é necessária uma lenta e laboriosa iniciação para a busca dos bens superiores.
Após a primeira fase de desenvolvimento das suas faculdades, é fundamental que o médium obtenha a protecção de um espírito bom, que o guie, inspire, e preserve de qualquer perigo.
A educação e aperfeiçoamento do médium é fundamental.
Fora das condições da elevação de pensamento, de moralidade e desinteresse, pode a mediunidade ser perigosa.
O médium é um instrumento delicado, repositório de forças que se renovam indefinidamente, e que é preciso utilizar com moderação.
A reencarnação :
A alma que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea procura depurar-se , sofrendo a prova de uma nova existência. Pode passar por várias existências, até ser um espírito bem aventurado. Recordam-se de que muitos de nós passamos por um sítio ou por uma situação e somos levados a pensar que já tínhamos passado por ali ou já conhecíamos aquela situação? Eis o déjà vue.
\n\n \nPode, o espírito reencarnar noutros mundos, não só na Terra.\n\nComo repararam, todos os temas ficaram em\naberto...\n\nPermitam-me que faça um parênteses : \n\nLogo no início da nossa conversa apontámos os\nprincípios que orientam o Espiritismo.\n\nTodos entendemos que são os princípios\nfundamentais da Maçonaria.\n\nEspiritismo e Maçonaria:\n\nPois, assim é. Por muitas investigações que façamos não sabemos se Kardec\nfoi maçon, mas sabe-se que conviveu estreitamente com eles, ao ponto de fazer\numa sessão só para Maçons, interrogando os Espíritos sobre a cooperação que o Espiritismo poderia\nencontrar na Maçonaria.\n\nConfirme-se : Sociedade Espírita, 25 de\nFevereiro de 1864 Allan Kardec- Revista Espírita, abril 1864.",1]
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Pode, o espírito reencarnar noutros mundos, não só na Terra.
Como repararam, todos os temas ficaram em aberto...
Permitam-me que faça um parênteses :
Logo no início da nossa conversa apontámos os princípios que orientam o Espiritismo.
Todos entendemos que são os princípios fundamentais da Maçonaria.
Espiritismo e Maçonaria:
Pois, assim é. Por muitas investigações que façamos não sabemos se Kardec foi maçon, mas sabe-se que conviveu estreitamente com eles, ao ponto de fazer uma sessão só para Maçons, interrogando os Espíritos sobre a cooperação que o Espiritismo poderia encontrar na Maçonaria.
Confirme-se : Sociedade Espírita, 25 de Fevereiro de 1864 Allan Kardec- Revista Espírita, abril 1864.
\n\nPodemos, ainda, ler um extracto da mensagem\ndo espírito Jacques de Molay ao médium Bréguet, nesta mesma sessão. \n\n «Meu caro Irmão em doutrina(o\nEspírito dirige-se a um dos franco-maçons espíritas presentes), venho com\nfelicidade responder ao benévolo apelo que fazes aos Espíritos que amaram e fundaram\nas instituições franco-maçónicas. Para cimentar essa instituição generosa, duas\nvezes derramei o meu sangue; duas vezes as praças públicas desta cidade ficaram\ntintas de sangue do pobre Jacques Mola. Caros Irmão, seria preciso dá-lo uma\nterceira vez? Direi, feliz: não \n.Já vos foi dito :Quanto mais sangue, mais despotismo e mais carrascos!\nUma sociedadfe de Irmãos, de amigos, de homens cheios de boa-vontade, que só\ndesejam uma coisa: conhecer a verdade para fazer o Bem.Eu não havia ainda\ncomunicado nesta assembleia. Enquanto falastes de ciência espírita, de\nfilosofia espírita, cedi o lugar aos Espíritos que são mais aptos a dar-vos\nconselhos sobre esses vários pontos e esperava pacientemente, sabendo que\nchegaria a minha vez. Há tempo para tudo, como há um momento para cada um.\nAssim, creio que soou a hora e, é o momento oportuno. Assim, posso vir\ndizer-vos a minha opinião\n\ntocante ao Espiritismo e a Franco-Maçonaria.\n\nAs instituições maçónicas foram para a sociedade um encaminhamento para\na felicidade. Numa época em que toda a ideia liberal era considerada um crime,\nos homens necessitavam de uma força, que inteiramente submissa às leis, não\nfosse menos emancipada por suas crenças, por suas instituições e pela unidade\ndo seu ensino. Nessa época a religião ainda era, não a mãe consoladora, mas a\nforça despótica que, pela voz dos seus ministros, ordenava, feria, fazia tudo\ncurvar-se à sua vontade; era um assunto de pavor para quem quisesse, como livre\npensador, agir e dar aos homens sofredores alguma coragem e, ao infeliz, algum\nconsolo moral. Unidos pelo coração, pela fortuna e pela caridade, os nossos\ntemplos foram os únicos altares onde não se havia desconhecido o verdadeiro\nDeus, onde o homem ainda podia dizer-se homem, onde a criança podia esperar encontrar,\nmais tarde, um protector, e o abandonado, ",1]
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Podemos, ainda, ler um extracto da mensagem do espírito Jacques de Molay ao médium Bréguet, nesta mesma sessão.
«Meu caro Irmão em doutrina(o Espírito dirige-se a um dos franco-maçons espíritas presentes), venho com felicidade responder ao benévolo apelo que fazes aos Espíritos que amaram e fundaram as instituições franco-maçónicas. Para cimentar essa instituição generosa, duas vezes derramei o meu sangue; duas vezes as praças públicas desta cidade ficaram tintas de sangue do pobre Jacques Mola. Caros Irmão, seria preciso dá-lo uma terceira vez? Direi, feliz: não .Já vos foi dito :Quanto mais sangue, mais despotismo e mais carrascos! Uma sociedadfe de Irmãos, de amigos, de homens cheios de boa-vontade, que só desejam uma coisa: conhecer a verdade para fazer o Bem.Eu não havia ainda comunicado nesta assembleia. Enquanto falastes de ciência espírita, de filosofia espírita, cedi o lugar aos Espíritos que são mais aptos a dar-vos conselhos sobre esses vários pontos e esperava pacientemente, sabendo que chegaria a minha vez. Há tempo para tudo, como há um momento para cada um. Assim, creio que soou a hora e, é o momento oportuno. Assim, posso vir dizer-vos a minha opinião
tocante ao Espiritismo e a Franco-Maçonaria.
As instituições maçónicas foram para a sociedade um encaminhamento para a felicidade. Numa época em que toda a ideia liberal era considerada um crime, os homens necessitavam de uma força, que inteiramente submissa às leis, não fosse menos emancipada por suas crenças, por suas instituições e pela unidade do seu ensino. Nessa época a religião ainda era, não a mãe consoladora, mas a força despótica que, pela voz dos seus ministros, ordenava, feria, fazia tudo curvar-se à sua vontade; era um assunto de pavor para quem quisesse, como livre pensador, agir e dar aos homens sofredores alguma coragem e, ao infeliz, algum consolo moral. Unidos pelo coração, pela fortuna e pela caridade, os nossos templos foram os únicos altares onde não se havia desconhecido o verdadeiro Deus, onde o homem ainda podia dizer-se homem, onde a criança podia esperar encontrar, mais tarde, um protector, e o abandonado,
\n\nNo século dezanove, o Espiritismo vem, com o seu facho luminoso, dar a\nmão aos comendadores, aos rosacruzes e, com voz trovejante lhes diz: Vamos,\nmeus Irmãos, eu sou verdadeiramente a voz que se faz ouvir no Oriente e à qual\no Ocidente responde: Glória, honra, vitória aos filhos dos homens! Ainda alguns\ndias mais, e o Espiritismo terá transposto o muro que separa a maioria da\nparede do templo dos segredos; e, nesse dia, a sociedade verá florescer no seu\nseio a mais bela flor espírita que, deixando as suas pétalas cair, dará uma\nsemente regeneradora da verdadeira liberdade.\n\nO Espiritismo fez progressos, mas no dia em que tiver dado a mão à\nfranco-maçonaria, todas as dificuldades estarão vencidas, todo o obstáculo\nretirado, a verdade estará esclarecida\n\nE o progresso moral será realizado e, terá transposto os primeiros\ndegraus do trono, onde em breve deverá reinar.\n\nA vós, saudação fraterna e amizade».\n\n \n\nContudo, Léon Denis foi Maçon e as afinidades entre Maçonaria e\nEspiritismo cruzaram-se muitas vezes em assuntos de carácter interno de ambos\nos lados.",1]
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amigos.Vários séculos se passaram e cada um juntou algumas flores à coroa maçónica. Foram mártires, homens letrados, legisladores, que aumentaram a sua glória tornando-se seus defensores e conservadores.
No século dezanove, o Espiritismo vem, com o seu facho luminoso, dar a mão aos comendadores, aos rosacruzes e, com voz trovejante lhes diz: Vamos, meus Irmãos, eu sou verdadeiramente a voz que se faz ouvir no Oriente e à qual o Ocidente responde: Glória, honra, vitória aos filhos dos homens! Ainda alguns dias mais, e o Espiritismo terá transposto o muro que separa a maioria da parede do templo dos segredos; e, nesse dia, a sociedade verá florescer no seu seio a mais bela flor espírita que, deixando as suas pétalas cair, dará uma semente regeneradora da verdadeira liberdade.
O Espiritismo fez progressos, mas no dia em que tiver dado a mão à franco-maçonaria, todas as dificuldades estarão vencidas, todo o obstáculo retirado, a verdade estará esclarecida
E o progresso moral será realizado e, terá transposto os primeiros degraus do trono, onde em breve deverá reinar.
A vós, saudação fraterna e amizade».
Contudo, Léon Denis foi Maçon e as afinidades entre Maçonaria e Espiritismo cruzaram-se muitas vezes em assuntos de carácter interno de ambos os lados.
\n\n É possível confirmar esta afirmação em actas e textos , entre outros, do Congresso Espírita e\nEspiritualista Internacional de 1889, em Paris, realizado nas dependências do\nGrande Oriente de França.\n\nNota: A Loja Demófilos recebeu Denis. Fez diversas pranchas de\narquitectura e, apenas dois meses após a sua iniciação, foi eleito Orador\nadjunto. A qualidade das suas peças de arquitectura podem ser apreciadas nas\nactas dos trabalhos desta oficina.\n\nBibliografia : O Livro dos Médios; O Livro\ndos Espíritos; O Evangelho segundo o Espiritismo, A Génese.\n\n \n\n \n\nLisboa, 17 de Fevereiro de 2007\n\n \n\nMaria Matos",1]
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É possível confirmar esta afirmação em actas e textos , entre outros, do Congresso Espírita e Espiritualista Internacional de 1889, em Paris, realizado nas dependências do Grande Oriente de França.
Nota: A Loja Demófilos recebeu Denis. Fez diversas pranchas de arquitectura e, apenas dois meses após a sua iniciação, foi eleito Orador adjunto. A qualidade das suas peças de arquitectura podem ser apreciadas nas actas dos trabalhos desta oficina.
Bibliografia : O Livro dos Médios; O Livro dos Espíritos; O Evangelho segundo o Espiritismo, A Génese.
Lisboa, 17 de Fevereiro de 2007
Estudei durante décadas o tema que vamos abordar, mas isto não significa que saiba muito sobre o assunto.
Convido-vos, assim, a trabalharmos juntos, partilhando os nossos saberes.
Este texto - base esteve várias vezes para ser alterado em virtude de ter encontrado pessoas que, entretanto, me interrogavam sobre Espiritismo, de uma forma muito séria, sem saberem que eu estava interessada no tema.
Este facto não me surpreendia, uma vez que a minha mente recorria muitas vezes aos II:. do Plano Maior, pedindo-lhes ajuda nesse sentido.
Após responder às perguntas que me eram feitas, logo queriam saber quando é que eu tinha começado a interessar-me pelo Espiritismo.
Eu explicava-lhes resumidamente. Foi assim: uma velha empregada de família, que connosco viveu mais de cinquenta anos, estava preocupada com alguns factos que se passavam comigo.
Um\ndia aconselhou-me a falar com uma senhora que teria sido visitada por uma sua\namiga. \n\nPara\nmim, a visita que fiz à tal senhora foi um total insucesso e, uma despesa\nconsiderável...\n\nAcreditei\nque Espiritismo seria algo de diferente, pois o meu coração o dizia.\n\nProcurei\ne encontrei. Encontrei um Centro Espírita, em cuja equipa acabei por trabalhar\ndurante muitos anos, numa aprendizagem continuada.\n\nComecemos,\nagora, o nosso trabalho em conjunto.\n\nPermitam-me\nque leia o poema de Fernando Pessoa, A Iniciação, e um outro texto em prosa,\ntambém dele, pedindo-vos toda a vossa atenção para as palavras-chave dos respectivos\nconteúdos.\n\nSe o\nnão fizerem hoje, seria muito bom que o fizessem logo que lhes aprouvesse.\n\nMas,\nnão deixem de o fazer.\n\n \n\n \n\n \n\n",1]
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Um dia aconselhou-me a falar com uma senhora que teria sido visitada por uma sua amiga.
Para mim, a visita que fiz à tal senhora foi um total insucesso e, uma despesa considerável...
Acreditei que Espiritismo seria algo de diferente, pois o meu coração o dizia.
Procurei e encontrei. Encontrei um Centro Espírita, em cuja equipa acabei por trabalhar durante muitos anos, numa aprendizagem continuada.
Comecemos, agora, o nosso trabalho em conjunto.
Permitam-me que leia o poema de Fernando Pessoa, A Iniciação, e um outro texto em prosa, também dele, pedindo-vos toda a vossa atenção para as palavras-chave dos respectivos conteúdos.
Se o não fizerem hoje, seria muito bom que o fizessem logo que lhes aprouvesse.
Mas, não deixem de o fazer.
\n\nINICIAÇÃO\n\n \n\nNão dormes sob os\nciprestes,\n\nPois não há sono no\nmundo.\n\n \n\n.................................................\n\n \n\nO corpo é a sombra das\nvestes\n\nQue encobrem teu ser\nprofundo.\n\n \n\n \n\nVem a noite, que é a\nmorte,\n\nE a sombra acabou sem\nser.\n\nVais na noite só recorte,\n\nIgual a ti sem querer.\n\n \n\n \n\n",1]
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INICIAÇÃO
Não dormes sob os ciprestes,
Pois não há sono no mundo.
.................................................
O corpo é a sombra das vestes
Que encobrem teu ser profundo.
Vem a noite, que é a morte,
E a sombra acabou sem ser.
Vais na noite só recorte,
Igual a ti sem querer.
\n\n \n\nMas na Estalagem do\nAssombro\n\nTiram-te os Anjos a capa.\n\nSegues sem capa no ombro\n\nCom o pouco que te tapa.\n\n \n\nEntão os Arcanjos da\nEstrada\n\nDespem-te e deixam-te nu.\n\nNão tens vestes, não tens\nnada:\n\nTens só teu corpo, que és\ntu.\n\n \n\nPor fim, na funda\ncaverna, \n\nOs Deuses despem-te mais.\n\nTeu corpo cessa, alma\nexterna,\n\nMas vês que são teus\niguais.\n\n \n\n",1]
);
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Mas na Estalagem do Assombro
Tiram-te os Anjos a capa.
Segues sem capa no ombro
Com o pouco que te tapa.
Então os Arcanjos da Estrada
Despem-te e deixam-te nu.
Não tens vestes, não tens nada:
Tens só teu corpo, que és tu.
Por fim, na funda caverna,
Os Deuses despem-te mais.
Teu corpo cessa, alma externa,
Mas vês que são teus iguais.
.....................................................\n\n \n\nA sombra das tuas vestes\n\nFicou entre nós na Sorte.\n\nNão ‘estás morto, entre\nciprestes.\n\n \n\n...........................................................\n\nNeófito, não há morte.\n\n(Revista «Presença» nº 35, maio 1932)\n\n \n\n \n\n \n\n \n\n \n\n ",1]
);
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.....................................................
A sombra das tuas vestes
Ficou entre nós na Sorte.
Não ‘estás morto, entre ciprestes.
...........................................................
Neófito, não há morte.
(Revista «Presença» nº 35, maio 1932)
\n\n \n\n \n\nO\ntexto em prosa de Fernando Pessoa, com data de 14 de janeiro de 1935, diz-nos:\n\n«Não\npertenço a Ordem Iniciática nenhuma. Creio na existência de Mundos superiores\nao nosso e de habitantes desses mundos, em experiências de diversos graus de\nespiritualidade, subtilizando-se até chegar a um Ente Supremo, que\npresumivelmente criou este mundo. Pode ser que haja outros Entes, igualmente\nSupremos, que hajam criado outros universos, e que esses universos coexistam\ncom o nosso interpenetradamente ou não. Por estas razões, e ainda outras, a\nordem externa do ocultismo, ou seja, a Maçonaria, evita,(excepto a Maçonaria\nanglo-saxónica) a expressão «Deus», dadas as suas implicações teológicas e\npopulares, e prefere dizer «Grande Arquitecto do Universo» que deixa em branco\no problema de, se Ele é Criador, ou simplesmente Governador do mundo. Dadas\nestas escalas de seres, não creio na comunicação directa com Deus, mas, segundo\na nossa afinação espiritual, poderemos ir comunicando com Seres cada vez mais\naltos».\n\n \n\n \n\n",1]
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O texto em prosa de Fernando Pessoa, com data de 14 de janeiro de 1935, diz-nos:
«Não pertenço a Ordem Iniciática nenhuma. Creio na existência de Mundos superiores ao nosso e de habitantes desses mundos, em experiências de diversos graus de espiritualidade, subtilizando-se até chegar a um Ente Supremo, que presumivelmente criou este mundo. Pode ser que haja outros Entes, igualmente Supremos, que hajam criado outros universos, e que esses universos coexistam com o nosso interpenetradamente ou não. Por estas razões, e ainda outras, a ordem externa do ocultismo, ou seja, a Maçonaria, evita,(excepto a Maçonaria anglo-saxónica) a expressão «Deus», dadas as suas implicações teológicas e populares, e prefere dizer «Grande Arquitecto do Universo» que deixa em branco o problema de, se Ele é Criador, ou simplesmente Governador do mundo. Dadas estas escalas de seres, não creio na comunicação directa com Deus, mas, segundo a nossa afinação espiritual, poderemos ir comunicando com Seres cada vez mais altos».
\n\n \n\nPassemos,\nentão, ao texto – base do nosso trabalho :\n\n \n\n \n\n \n\nEspiritismo\ne Espíritas\n\n \n\n \n\nAinda chegava até nós o grito libertador da\nRazão e, os nossos corações se embalavam na doce melodia da tolerância, quando\nJan Huss morreu, para vir reencarnar, em 1804, com o nome de Léon Déizard\nRivail, que virá a usar o pseudónimo de Allan Kardec. É ele quem virá propor\npara a Humanidade, uma segura directriz filosófica. \n\nSituou Jesus no seu devido lugar, como« o ser mais perfeito que Deus\nofereceu aos homens para lhes servir de modelo e guia, tornando-O o amigo e\nirmão mais sábio, que ensinou a técnica da felicidade, sem fugir, Ele mesmo, a\ndar o exemplo até ao sacrifício,( até hoje ninguém conseguiu provar que Jesus\nnão foi O crucificado); justo e simples, mestre e companheiro de todas as\npessoas.( MESTRE como era tratado pelos discípulos ).",1]
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Passemos, então, ao texto – base do nosso trabalho :
Espiritismo e Espíritas
Ainda chegava até nós o grito libertador da Razão e, os nossos corações se embalavam na doce melodia da tolerância, quando Jan Huss morreu, para vir reencarnar, em 1804, com o nome de Léon Déizard Rivail, que virá a usar o pseudónimo de Allan Kardec. É ele quem virá propor para a Humanidade, uma segura directriz filosófica.
Situou Jesus no seu devido lugar, como« o ser mais perfeito que Deus ofereceu aos homens para lhes servir de modelo e guia, tornando-O o amigo e irmão mais sábio, que ensinou a técnica da felicidade, sem fugir, Ele mesmo, a dar o exemplo até ao sacrifício,( até hoje ninguém conseguiu provar que Jesus não foi O crucificado); justo e simples, mestre e companheiro de todas as pessoas.( MESTRE como era tratado pelos discípulos ).
\n\nKardec apoiou-se na lei natural, que é o Amor, para indicar deveres e\nresponsabilidades iguais para todos os homens, pois são eles os construtores do\npróprio destino.\n\nEstudou os problemas causados pela exploração do homem pelo homem,\nsublinhando a igualdade de direitos e deveres, abolindo todo o privilégio em\nfunção de raça, religião, posição social ou económica.\n\nMais, ainda, deu à caridade o seu sentido fundamental, que é o de\nsocorrer de imediato quem precisa, dando-lhe, em seguida, a oportunidade de se\nintegrar na comunidade em que vive.\n\nFoi um pedagogo e um psicólogo. Aluno da\nEscola Piaget.\n\nFeita esta breve apresentação e, partindo da certeza de que este tema\ndeverá ser tratado de uma forma abreviada, pela delicadeza que o envolve e,\npela escassez de tempo, vamos, assim,« fazer uma simples iniciação».\n\nOs que aqui estamos seremos críticos e/ou cépticos mas, não\nindiferentes ao assunto. \n\nÉ exactamente por isso que aqui estamos.\n\n",1]
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Kardec apoiou-se na lei natural, que é o Amor, para indicar deveres e responsabilidades iguais para todos os homens, pois são eles os construtores do próprio destino.
Estudou os problemas causados pela exploração do homem pelo homem, sublinhando a igualdade de direitos e deveres, abolindo todo o privilégio em função de raça, religião, posição social ou económica.
Mais, ainda, deu à caridade o seu sentido fundamental, que é o de socorrer de imediato quem precisa, dando-lhe, em seguida, a oportunidade de se integrar na comunidade em que vive.
Foi um pedagogo e um psicólogo. Aluno da Escola Piaget.
Feita esta breve apresentação e, partindo da certeza de que este tema deverá ser tratado de uma forma abreviada, pela delicadeza que o envolve e, pela escassez de tempo, vamos, assim,« fazer uma simples iniciação».
Os que aqui estamos seremos críticos e/ou cépticos mas, não indiferentes ao assunto.
É exactamente por isso que aqui estamos.
Iniciamos o nosso encontro definindo\nEspiritismo.\n\n«Espiritismo é uma ciência de observação e uma doutrina filosófica».\n\nComo ciência, ocupa-se das relações que se podem estabelecer com os\nEspíritos; como filosofia, abrange todas as consequências morais que advêm dessas\nrelações.\n\nA doutrina Espírita é um conjunto de\nprincípios, que se relaciona com todas as áreas do conhecimento.\n\nAssim, a um espírita, para actuar com consciência e eficiência, é-lhe\nindispensável o conhecimento espírita e a sua integração noutros ramos do\nsaber.\n\nAtravés do aprimoramento individual, da auto-educação, temos um\ncompromisso com o aperfeiçoamento.\n\nNos seus aspectos científico e filosófico ,o espiritismo tem muito a\nver com a compreensão da sociedade, afim de que ela seja mais justa e amorosa.\n\nA política partidária nunca deverá ser levada para dentro dos Centros\nEspíritas porque ela deve ser exercida nos locais apropriados. \n\n",1]
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Iniciamos o nosso encontro definindo Espiritismo.
«Espiritismo é uma ciência de observação e uma doutrina filosófica».
Como ciência, ocupa-se das relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, abrange todas as consequências morais que advêm dessas relações.
A doutrina Espírita é um conjunto de princípios, que se relaciona com todas as áreas do conhecimento.
Assim, a um espírita, para actuar com consciência e eficiência, é-lhe indispensável o conhecimento espírita e a sua integração noutros ramos do saber.
Através do aprimoramento individual, da auto-educação, temos um compromisso com o aperfeiçoamento.
Nos seus aspectos científico e filosófico ,o espiritismo tem muito a ver com a compreensão da sociedade, afim de que ela seja mais justa e amorosa.
A política partidária nunca deverá ser levada para dentro dos Centros Espíritas porque ela deve ser exercida nos locais apropriados.
Diremos, então que espiritismo é a «ciência que trata da natureza, da\norigem e do destino dos Espíritos e das suas relações com o mundo corporal».\n\nO Espiritismo dirige-se aos que não crêem em\nnada e aos que duvidam. A todos que têm uma religião , cuja fé lhes basta, ele\nnão se impõe nem se propõem e, não forçará nenhuma convicção.\n\nA liberdade de consciência é uma consequência da liberdade de pensar,\nque é um dos atributos do Homem.\n\nÉ contrário aos princípios espíritas não aceitar e não cumprir este\natributo humano de respeito e tolerância.\n\nAos olhos de um espírita, todas as crenças honestas, que não violem as\nconsciências, são respeitadas.\n\nMas, será que os Espíritos realizam fenómenos, ou isso é fruto da\nimaginação?\n\nNão é norma dos espíritas sentirem-se mais inteligentes do que as\noutras pessoas, porém, devemos recordar que muitas pessoas se sentem superiores\naos espíritas por não acreditarem em factos que nós sabemos comprovados.\n\nOra, o espírita é alguém tolerante, que aceita com respeito e\namabilidade, a inteligência que se lhe opõe, pois acredita que o seu opositor a\nusa para se esclarecer.",1]
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Diremos, então que espiritismo é a «ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e das suas relações com o mundo corporal».
O Espiritismo dirige-se aos que não crêem em nada e aos que duvidam. A todos que têm uma religião , cuja fé lhes basta, ele não se impõe nem se propõem e, não forçará nenhuma convicção.
A liberdade de consciência é uma consequência da liberdade de pensar, que é um dos atributos do Homem.
É contrário aos princípios espíritas não aceitar e não cumprir este atributo humano de respeito e tolerância.
Aos olhos de um espírita, todas as crenças honestas, que não violem as consciências, são respeitadas.
Mas, será que os Espíritos realizam fenómenos, ou isso é fruto da imaginação?
Não é norma dos espíritas sentirem-se mais inteligentes do que as outras pessoas, porém, devemos recordar que muitas pessoas se sentem superiores aos espíritas por não acreditarem em factos que nós sabemos comprovados.
Ora, o espírita é alguém tolerante, que aceita com respeito e amabilidade, a inteligência que se lhe opõe, pois acredita que o seu opositor a usa para se esclarecer.
\n\nJamais um espírita força alguém a aceitar as suas convicções. Sempre\nque dele se aproxime alguém que deseja sinceramente instruir-se sobre o\nEspiritismo, responder-lhe-á no limite dos seus conhecimentos . Nunca se\nzangará por não ser capaz de levar as pessoas a aceitar as suas ideias.\n\nRespeita a opinião dos outro, se ela é sincera e, deseja que a sua seja\nrespeitada.\n\nNão fará o milagre de convencer quem quer que seja porque não faz\nmilagres.\n\nTambém o espírita não é um louco, ainda que, mesmo hoje, muita gente\ntenha convencionado isso.\n\nTemos, aliás, que afirmar que, sempre que se fala deste tema, ele aparece como assunto interessante e, há sempre quem deseje\npercebê-lo.\n\nReflectindo: será que se pode julgar o quer que seja, sem lhe apreciar\nrazões e fundamentos?\n\nCriticar, censurar, julgar, apreciar, são acções que devem ser feitas\nsem ideias preconcebidas. Caso contrário, o crítico arrisca-se a cometer erro\nsério, o que o irá pôr a ele próprio em questão.\n\n",1]
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Jamais um espírita força alguém a aceitar as suas convicções. Sempre que dele se aproxime alguém que deseja sinceramente instruir-se sobre o Espiritismo, responder-lhe-á no limite dos seus conhecimentos . Nunca se zangará por não ser capaz de levar as pessoas a aceitar as suas ideias.
Respeita a opinião dos outro, se ela é sincera e, deseja que a sua seja respeitada.
Não fará o milagre de convencer quem quer que seja porque não faz milagres.
Também o espírita não é um louco, ainda que, mesmo hoje, muita gente tenha convencionado isso.
Temos, aliás, que afirmar que, sempre que se fala deste tema, ele aparece como assunto interessante e, há sempre quem deseje percebê-lo.
Reflectindo: será que se pode julgar o quer que seja, sem lhe apreciar razões e fundamentos?
Criticar, censurar, julgar, apreciar, são acções que devem ser feitas sem ideias preconcebidas. Caso contrário, o crítico arrisca-se a cometer erro sério, o que o irá pôr a ele próprio em questão.
O Espiritismo é uma ciência recente em que há muito que aprender.\n\nEsta será a minha sincera e humilde justificação para não vos tirar\ntodas as dúvidas.\n\nSó posso dizer o que sei.\n\nSe o Espiritismo abrange todos os ramos da filosofia, da metafísica da\npsicologia e da moral, esta é a razão porque é difícil caminhar neste tema em\ntão pouco tempo.\n\nContinuemos a nossa iniciação: devemos distinguir entre espiritualismo\ne espiritismo?\n\nSim. Espiritualista é todo aquele cuja doutrina se opõe ao\nmaterialismo.\n\nAssim se consideram todas as religiões.\n\nElas crêem que em nós há mais do que matéria, mas, não acreditam nos\nEspíritos.\n\nHouve dissidências entre espíritas?\n\nSim. Como ciência, Porém, até hoje, ninguém provou categoricamente que\nos fenómenos espíritas não existem e, não podem mesmo existir.",1]
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O Espiritismo é uma ciência recente em que há muito que aprender.
Esta será a minha sincera e humilde justificação para não vos tirar todas as dúvidas.
Só posso dizer o que sei.
Se o Espiritismo abrange todos os ramos da filosofia, da metafísica da psicologia e da moral, esta é a razão porque é difícil caminhar neste tema em tão pouco tempo.
Continuemos a nossa iniciação: devemos distinguir entre espiritualismo e espiritismo?
Sim. Espiritualista é todo aquele cuja doutrina se opõe ao materialismo.
Assim se consideram todas as religiões.
Elas crêem que em nós há mais do que matéria, mas, não acreditam nos Espíritos.
Houve dissidências entre espíritas?
Sim. Como ciência, Porém, até hoje, ninguém provou categoricamente que os fenómenos espíritas não existem e, não podem mesmo existir.
\n\nAos que desejam instruir-se sobre esta matéria, direi que não é\npossível fazer um curso de Espiritismo como se faz um curso de física ou\nquímica.\n\nInstruir-se, pela teoria, ler e meditar os livros que abordam esta\nciência, será o passo seguro para aprender os princípios espíritas e as\nexplicações para os fenómenos espíritas.\n\nFalámos de espiritismo, isto é, da doutrina que se ocupa dos Espíritos.\nE o que são os Espíritos?\n\nSão seres inteligentes da Criação. Povoam o universo, fora do mundo\nmaterial. A alma, no instante da morte, volta a ser Espírito\n\nE os Espíritos podem ver tudo o que os rodeia, contudo, só vêm aquilo a\nque dão atenção. Não se ocupam do que lhes é indiferente.\n\nPodem influenciar os nossos pensamentos. Então os Espíritos podem\ncomunicar com o homem?\n\nClaro que sim. O homem é um espírito aprisionado num corpo.\n\nSe acreditamos na sobrevivência da alma, acreditamos, também, na\nsobrevivência dos afectos.",1]
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Aos que desejam instruir-se sobre esta matéria, direi que não é possível fazer um curso de Espiritismo como se faz um curso de física ou química.
Instruir-se, pela teoria, ler e meditar os livros que abordam esta ciência, será o passo seguro para aprender os princípios espíritas e as explicações para os fenómenos espíritas.
Falámos de espiritismo, isto é, da doutrina que se ocupa dos Espíritos. E o que são os Espíritos?
São seres inteligentes da Criação. Povoam o universo, fora do mundo material. A alma, no instante da morte, volta a ser Espírito
E os Espíritos podem ver tudo o que os rodeia, contudo, só vêm aquilo a que dão atenção. Não se ocupam do que lhes é indiferente.
Podem influenciar os nossos pensamentos. Então os Espíritos podem comunicar com o homem?
Claro que sim. O homem é um espírito aprisionado num corpo.
Se acreditamos na sobrevivência da alma, acreditamos, também, na sobrevivência dos afectos.
\n\nPorque não há - de um espírito, que já dominou um corpo, entrar em\nacordo com outro espírito ligado a um corpo, e utilizar-se desse corpo para\nexpressar o seu pensamento, tal como um mudo se serve de outra pessoa que fale\npara se fazer entender?\n\nEntão até onde vai a nossa crença no Espiritismo?\n\nVamos ler, observar e estudar a doutrina.\n\nO Espírita acredita em Deus, que define como inteligência suprema,\ncausa primária de todas as coisas. Esta definição é pobre,- o espírita sabe-o –\nporque não se pode definir o que está acima da linguagem dos homens.\n\nO Espírita acredita na existência da alma.\n\nSe a alma é o princípio da vida material orgânica, como os\nmaterialistas a entendem; ou se, como \nos panteístas a consideram, a alma universal seria Deus e cada ser um\nfragmento da divindade;. ou, ainda ,se a alma é como os espiritualistas a\nafirmam: um ser moral, independente da matéria, conservando a sua\nindividualidade depois da morte.\n\n«O espiritismo respeita estas definições, mas, propõe uma definição\nmais simples: a alma é o ser imaterial e individual que em nós reside e\nsobrevive ao corpo».",1]
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Porque não há - de um espírito, que já dominou um corpo, entrar em acordo com outro espírito ligado a um corpo, e utilizar-se desse corpo para expressar o seu pensamento, tal como um mudo se serve de outra pessoa que fale para se fazer entender?
Então até onde vai a nossa crença no Espiritismo?
Vamos ler, observar e estudar a doutrina.
O Espírita acredita em Deus, que define como inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Esta definição é pobre,- o espírita sabe-o – porque não se pode definir o que está acima da linguagem dos homens.
O Espírita acredita na existência da alma.
Se a alma é o princípio da vida material orgânica, como os materialistas a entendem; ou se, como os panteístas a consideram, a alma universal seria Deus e cada ser um fragmento da divindade;. ou, ainda ,se a alma é como os espiritualistas a afirmam: um ser moral, independente da matéria, conservando a sua individualidade depois da morte.
«O espiritismo respeita estas definições, mas, propõe uma definição mais simples: a alma é o ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo».
\n\nPodemos até dizer que há uma alma vital, comum a todos os seres\norgânicos; uma alma intelectual, nos animais e nos homens; e uma alma espírita\nnos homens.\n\nA reencarnação:\n\nA reencarnação é um dos pontos essenciais da nossa doutrina.\n\nA alma, o espírito, está presa, durante a vida, ao corpo por um\nenvoltório semimaterial ou perispírito.\n\nApós a morte vai-se separando lentamente.\n\nA reencarnação é necessária para o\naperfeiçoamento.\n\nPassamos todos por várias existências.\n\nÉ possível simular fenómenos espíritas? \n\nA maldade e a má fé podem tentar semelhanças com o Espiritismo,\nprocurando confundi-lo com magia e feitiçaria.\n\n«O espiritismo não aguarda a hora marcada para aparecimento de\nfantasmas. Não aceita qualquer efeito maravilhoso, quer dizer, tudo o que está\nfora das leis da Natureza». Não faz milagres nem prodígios e, procura explicar\npor força de uma lei, alguns efeitos importantes, que até à altura, eram\nconsiderados milagres ou prodígios.",1]
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Podemos até dizer que há uma alma vital, comum a todos os seres orgânicos; uma alma intelectual, nos animais e nos homens; e uma alma espírita nos homens.
A reencarnação:
A reencarnação é um dos pontos essenciais da nossa doutrina.
A alma, o espírito, está presa, durante a vida, ao corpo por um envoltório semimaterial ou perispírito.
Após a morte vai-se separando lentamente.
A reencarnação é necessária para o aperfeiçoamento.
Passamos todos por várias existências.
É possível simular fenómenos espíritas?
A maldade e a má fé podem tentar semelhanças com o Espiritismo, procurando confundi-lo com magia e feitiçaria.
«O espiritismo não aguarda a hora marcada para aparecimento de fantasmas. Não aceita qualquer efeito maravilhoso, quer dizer, tudo o que está fora das leis da Natureza». Não faz milagres nem prodígios e, procura explicar por força de uma lei, alguns efeitos importantes, que até à altura, eram considerados milagres ou prodígios.
\n\nDescobre a nova lei, com consequências morais, codifica essas\nconsequências e, assim surge uma doutrina filosófica. \n\nAllan Kardec foi o codificador.\n\nA Ciência Espírita interessa à mentalidade positivista, porque trabalha\nsobre bases positivas e racionais.\n\nMas os sábios não deram a conhecer ao mundo a força que aparece com as\nmesas giratórias. Porquê?\n\nSerá que essas mesas são uma charlatanice ?\n\nSe alguém paga para assistir a «falsos fenómenos», então assistiu a um\nacto de charlatanice\n\n O Espiritismo nada tem a\nver com isto.\n\nO que o Espiritismo quer é que todas as pessoas sejam completamente\nlivres para, de forma consciente, aprovar ou criticar os princípios do Espiritismo\n\n\nAs pessoas não devem\ngeneralizar acusações",1]
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Descobre a nova lei, com consequências morais, codifica essas consequências e, assim surge uma doutrina filosófica.
Allan Kardec foi o codificador.
A Ciência Espírita interessa à mentalidade positivista, porque trabalha sobre bases positivas e racionais.
Mas os sábios não deram a conhecer ao mundo a força que aparece com as mesas giratórias. Porquê?
Será que essas mesas são uma charlatanice ?
Se alguém paga para assistir a «falsos fenómenos», então assistiu a um acto de charlatanice
O Espiritismo nada tem a ver com isto.
O que o Espiritismo quer é que todas as pessoas sejam completamente livres para, de forma consciente, aprovar ou criticar os princípios do Espiritismo
As pessoas não devem generalizar acusações
até à\ncalúnia.\n\nHoje estas mesas não estão na moda, porque da experiência com elas, é\nque apareceu esta ciência esta doutrina, que interessou os que apreciam usar a\nRazão e o Pensamento.\n\n«A diferença entre os fenómenos das ciências exactas e a ciência espírita reside no facto de\nque os fenómenos espíritas não se produzem à vontade».\n\n«A Ciência e o Espiritismo completam-se reciprocamente: a Ciência sem o\nEspiritismo não tem possibilidade de explicar certos fenómenos só pelas leis da\nmatéria; ao Espiritismo, sem a Ciência faltariam apoio e comprovação».\n\nEntre os espíritas há muitos sábios, médicos de muitos países, homens\nda ciência, magistrados, professores, artistas, homens de letras,\neclesiásticos...\n\nNão lhes podemos negar a Luz...\n\nEnquanto as ciências se baseiam nas propriedades da matéria,\nmanipulável, e as forças materiais são agentes que produzem os seus fenómenos,\nos fenómenos espíritas são produzidos por inteligências independentes, com\nlivre arbítrio que não entram em laboratórios.\n\n",1]
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até à calúnia.
Hoje estas mesas não estão na moda, porque da experiência com elas, é que apareceu esta ciência esta doutrina, que interessou os que apreciam usar a Razão e o Pensamento.
«A diferença entre os fenómenos das ciências exactas e a ciência espírita reside no facto de que os fenómenos espíritas não se produzem à vontade».
«A Ciência e o Espiritismo completam-se reciprocamente: a Ciência sem o Espiritismo não tem possibilidade de explicar certos fenómenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência faltariam apoio e comprovação».
Entre os espíritas há muitos sábios, médicos de muitos países, homens da ciência, magistrados, professores, artistas, homens de letras, eclesiásticos...
Não lhes podemos negar a Luz...
Enquanto as ciências se baseiam nas propriedades da matéria, manipulável, e as forças materiais são agentes que produzem os seus fenómenos, os fenómenos espíritas são produzidos por inteligências independentes, com livre arbítrio que não entram em laboratórios.
Lembremos uma referência\nde Allan Kardec: «a nossa crença apoia-se sobre o raciocínio e os factos. Eu\npróprio só a adoptei depois de um exame sério. Tendo adquirido, nos estudos das\nciências exactas, o hábito das coisas positivas, aprofundei, investiguei esta\nnova ciência nos pormenores ocultos. Eu quis conhecer tudo, porque não aceito\numa ideia senão quando lhe conheço o porquê e o como».\n\nA mediunidade:\n\n«A mediunidade não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode\ntornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos espíritos; faltando,\nestes, já não há mediunidade», disse Allan Kardec\n\nMas o médium deve usar o raciocínio, porquê? \n\nPara examinar sensatamente as coisas, os problemas e as situações e dar-lhes a melhor, a mais oportuna e,\na mais sábia solução.\n\nSem este recurso doutrinário, a falta de entendimento espiritual irá\nsobrepor-se e, num médium não preparado, chegará à confusão de ideias, à\nmistificação inconsciente, à estagnação mental, ou mesmo à idolatria a \nmédios, levando à sujeição\naos falsos guias espirituais.\n\nVer com os olhos materiais é uma faculdade de todos os espíritas,\nporém, ver com os olhos iluminados da razão, é uma faculdade adquirida apenas\npor aqueles que muito se esforçaram",1]
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Lembremos uma referência de Allan Kardec: «a nossa crença apoia-se sobre o raciocínio e os factos. Eu próprio só a adoptei depois de um exame sério. Tendo adquirido, nos estudos das ciências exactas, o hábito das coisas positivas, aprofundei, investiguei esta nova ciência nos pormenores ocultos. Eu quis conhecer tudo, porque não aceito uma ideia senão quando lhe conheço o porquê e o como».
A mediunidade:
«A mediunidade não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos espíritos; faltando, estes, já não há mediunidade», disse Allan Kardec
Mas o médium deve usar o raciocínio, porquê?
Para examinar sensatamente as coisas, os problemas e as situações e dar-lhes a melhor, a mais oportuna e, a mais sábia solução.
Sem este recurso doutrinário, a falta de entendimento espiritual irá sobrepor-se e, num médium não preparado, chegará à confusão de ideias, à mistificação inconsciente, à estagnação mental, ou mesmo à idolatria a médios, levando à sujeição aos falsos guias espirituais.
Ver com os olhos materiais é uma faculdade de todos os espíritas, porém, ver com os olhos iluminados da razão, é uma faculdade adquirida apenas por aqueles que muito se esforçaram
\n\n Dos espíritas:\n\nTemos os espíritas experimentadores, que consideram o espiritismo uma\nciência de observação.\n\nHá os espíritas que compreendem a parte filosófica. Admiram a moral\nmas, não a praticam: são espíritas\nimperfeitos.\n\nOs espíritas designados verdadeiros espíritas ou espíritas cristãos,\nsão os que admiram a moral espírita e a praticam.\n\nHá, ainda, os espíritas exaltados, que se deslumbram no que respeita ao\nmundo invisível. Não reflectem. \n\nA mediunidade não surge por acaso nas pessoas, pois já se encontra instalada\nno organismo espiritual, antes mesmo do processo reencarnatório.\n\nAs faculdades mediúnicas podem ser encontradas na sociedade humana, em\nvárias religiões e povos, e, não conhecem rico ou pobre, boas ou más pessoas.\n\nO uso da mediunidade pode ser bom ou mau.\n\n",1]
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Dos espíritas:
Temos os espíritas experimentadores, que consideram o espiritismo uma ciência de observação.
Há os espíritas que compreendem a parte filosófica. Admiram a moral mas, não a praticam: são espíritas imperfeitos.
Os espíritas designados verdadeiros espíritas ou espíritas cristãos, são os que admiram a moral espírita e a praticam.
Há, ainda, os espíritas exaltados, que se deslumbram no que respeita ao mundo invisível. Não reflectem.
A mediunidade não surge por acaso nas pessoas, pois já se encontra instalada no organismo espiritual, antes mesmo do processo reencarnatório.
As faculdades mediúnicas podem ser encontradas na sociedade humana, em várias religiões e povos, e, não conhecem rico ou pobre, boas ou más pessoas.
O uso da mediunidade pode ser bom ou mau.
A força mediúnica é ferramenta nas mãos do médium, que fará dela o que\nlhe convier, de acordo com o seu\nlivre arbítrio, dirigindo-a para a estagnação ou para o progresso, a fantasia\nou o aprendizado, a viciação ou a disciplina.\n\nOs defeitos morais, acalentados pelo médium, desequilibram o seu campo\nmental, atraindo companhias espirituais irresponsáveis.\n\nOs bons espíritos não esperam por médiuns perfeitos mas, por médiuns\neducados, fraternos, e dispostos a trabalhar com alegria, mesmo com as\nincompreensões e provações.\n\nMas, o médium tem de estudar, porque não é infalível, nem tem\nprivilégios especiais dos espíritos superiores.\n\nDesenvolver a mediunidade, é, antes de tudo, desenvolver a inteligência\ne o coração no rumo do Supremo Bem, da Sabedoria Universal, na busca permanente\nda fraternidade sentida e praticada\n\nFaculdades Mediúnicas :\n\nAs faculdades mediúnicas são essencialmente\nestas: \n\nPsicofonia\n\n",1]
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A força mediúnica é ferramenta nas mãos do médium, que fará dela o que lhe convier, de acordo com o seu livre arbítrio, dirigindo-a para a estagnação ou para o progresso, a fantasia ou o aprendizado, a viciação ou a disciplina.
Os defeitos morais, acalentados pelo médium, desequilibram o seu campo mental, atraindo companhias espirituais irresponsáveis.
Os bons espíritos não esperam por médiuns perfeitos mas, por médiuns educados, fraternos, e dispostos a trabalhar com alegria, mesmo com as incompreensões e provações.
Mas, o médium tem de estudar, porque não é infalível, nem tem privilégios especiais dos espíritos superiores.
Desenvolver a mediunidade, é, antes de tudo, desenvolver a inteligência e o coração no rumo do Supremo Bem, da Sabedoria Universal, na busca permanente da fraternidade sentida e praticada
Faculdades Mediúnicas :
As faculdades mediúnicas são essencialmente estas:
Psicofonia
Psicografia\n\nClarividência\n\nDesdobramento\n\nEfeitos físicos\n\nCirurgia espiritual e curadora\n\nTanto o médium que tem premonições como\naquele que é sonâmbulo, tem de ser tido em consideração. \n\nO grande inimigo do médium reside nele mesmo\ne, o médium tem alguns inimigos\ncomo : o personalismo, a ambição, a ignorância, a rebeldia.\n\nAquele que deseja esclarecer-se deve fugir\ndas trevas, e as trevas estarão na impureza do seu coração. \n\nDiscípulos de Kardec:\n\nGabriel Delanne e Léon Denis foram os\napóstolos de Allan Kardec. Delanne, na ciência e Denis, na Filosofia.\n\n",1]
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Psicografia
Clarividência
Desdobramento
Efeitos físicos
Cirurgia espiritual e curadora
Tanto o médium que tem premonições como aquele que é sonâmbulo, tem de ser tido em consideração.
O grande inimigo do médium reside nele mesmo e, o médium tem alguns inimigos como : o personalismo, a ambição, a ignorância, a rebeldia.
Aquele que deseja esclarecer-se deve fugir das trevas, e as trevas estarão na impureza do seu coração.
Discípulos de Kardec:
Gabriel Delanne e Léon Denis foram os apóstolos de Allan Kardec. Delanne, na ciência e Denis, na Filosofia.
\n\nDenis nasceu em 1846. Muito jovem, passou\npela crença católica e, pelo cepticismo materialista.\n\n \n\nPesquisou em leituras e provas. Queria\nencontrar a chave do mistério da vida.\n\n \n\nEncontrou um livro de Kardec.\n\nProcurou o grupo do Dr. Aguzoly, que se reunia no Hotel do Cisne, em\nTours, a quem se juntou.\n\nDificilmente surgiam mensagens ou fenómenos\ncom elevação espiritual, pois havia muita auto-sugestão.\n\nAs suas mais interessantes experiências\nespíritas surgiram junto de um\nsargento, com quem estava no exército, e dos seus companheiros, no mesmo hotel.",1]
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Denis nasceu em 1846. Muito jovem, passou pela crença católica e, pelo cepticismo materialista.
Pesquisou em leituras e provas. Queria encontrar a chave do mistério da vida.
Encontrou um livro de Kardec.
Procurou o grupo do Dr. Aguzoly, que se reunia no Hotel do Cisne, em Tours, a quem se juntou.
Dificilmente surgiam mensagens ou fenómenos com elevação espiritual, pois havia muita auto-sugestão.
As suas mais interessantes experiências espíritas surgiram junto de um sargento, com quem estava no exército, e dos seus companheiros, no mesmo hotel.
\n\nÉ ele quem nos conta um episódio que ele\npróprio vivenciou :\n\n«... numa tarde de verão, em plena luz do dia, quando estávamos\nreunidos , o capitão, eu e o Dr. Aguzoly,o consultório deste último, fomos\nsurpreendidos por uma materialização. Ouvimos três pancadas na parede e, logo\nnos surgiu uma forma humana. A parte superior do corpo era claramente\ndesenhada, mas, a parte inferior era uma massa compacta. Ficámos estarrecidos.\nE todos estávamos a ver o mesmo. Fraude,não seria possível, porque todas as\nportas estavam fechadas. Nada tínhamos feito no campo da mediunidade.\n\nSoubemos mais tarde , pelos espíritos, nossos guias, que se tinham\nservido de espíritos inferiores, para assegurar a nossa convicção no\nEspiritismo.»\n\nA partir da orientação de Denis , o\nEspiritismo desenvolveu-se com toda a segurança em Tours.\n\n Por volta de 1890, homens de altas posições na magistratura e\nnas armas, já conhecedores de Espiritismo se lhe juntaram.\n\nE o Espiritismo foi-se espalhando pelo Mundo.\n\n",1]
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É ele quem nos conta um episódio que ele próprio vivenciou :
«... numa tarde de verão, em plena luz do dia, quando estávamos reunidos , o capitão, eu e o Dr. Aguzoly,o consultório deste último, fomos surpreendidos por uma materialização. Ouvimos três pancadas na parede e, logo nos surgiu uma forma humana. A parte superior do corpo era claramente desenhada, mas, a parte inferior era uma massa compacta. Ficámos estarrecidos. E todos estávamos a ver o mesmo. Fraude,não seria possível, porque todas as portas estavam fechadas. Nada tínhamos feito no campo da mediunidade.
Soubemos mais tarde , pelos espíritos, nossos guias, que se tinham servido de espíritos inferiores, para assegurar a nossa convicção no Espiritismo.»
A partir da orientação de Denis , o Espiritismo desenvolveu-se com toda a segurança em Tours.
Por volta de 1890, homens de altas posições na magistratura e nas armas, já conhecedores de Espiritismo se lhe juntaram.
E o Espiritismo foi-se espalhando pelo Mundo.
Concluindo:\n\nAté agora, perguntámo-nos sobre o que é o Espiritismo,\naflorámos os conceitos de mediuns , nos seus diferentes tipos, a comunicação, o\nperispírito e a reeencarnação. \n\nEu disse, « aflorámos » Assim tinha de ser.\n\nVamos tentar falar um pouco mais sobre alguns destes pontos . Vão sentir que fica ainda muito por estudar.\n\nComecemos por perispírito :\n\nO Espírito está envolvido por uma substância,\ninvisível aos nossos olhos, que pode elevar o espírito na atmosfera e levá-lo\nonde ele quiser. É o envoltório do espírito. Este envoltório semi-material pode mudar quando passa\nde um mundo para outro. Pode ter a forma que o espírito quiser. Pode aparecer\nnum sonho, num estado de vigília, pode tornar-se visível.\n\nMas o espírito é uma chama, um clarão, uma\ncentelha etérea. Tem cor escura ou opaca; cor brilhante, como um rubi, de\nacordo com a pureza do espírito.\n\n",1]
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Concluindo:
Até agora, perguntámo-nos sobre o que é o Espiritismo, aflorámos os conceitos de mediuns , nos seus diferentes tipos, a comunicação, o perispírito e a reeencarnação.
Eu disse, « aflorámos » Assim tinha de ser.
Vamos tentar falar um pouco mais sobre alguns destes pontos . Vão sentir que fica ainda muito por estudar.
Comecemos por perispírito :
O Espírito está envolvido por uma substância, invisível aos nossos olhos, que pode elevar o espírito na atmosfera e levá-lo onde ele quiser. É o envoltório do espírito. Este envoltório semi-material pode mudar quando passa de um mundo para outro. Pode ter a forma que o espírito quiser. Pode aparecer num sonho, num estado de vigília, pode tornar-se visível.
Mas o espírito é uma chama, um clarão, uma centelha etérea. Tem cor escura ou opaca; cor brilhante, como um rubi, de acordo com a pureza do espírito.
O perispírito é retirado do fluido universal\ndo mundo onde se encontra. Melhor:\n\nO corpo é um acessório do Espírito. É o\nEspírito, o ser que pensa e sobrevive. Mas, o Espírito tem um outro invólucro ,\nsemi-material, que o liga ao corpo. O espírito despoja-se do corpo mas, não\ndeste invólucro fluídico, o perispírito.\n\nEntão o espírito é um ser com limites que apenas não é visível e palpável .É\npor isso que não se assemelha ao ser humano.\n\nEntão porque não há-de actuar sobre a\nmatéria?\n\nSó porque é vaporoso, fluídico? Então negamos\nque a electricidade, um imponderável, exerce acção química sobre a matéria\nponderável?\n\n \n\nMediuns e Comunicação\n\nUm medium serve de intermediário entre duas «\nhumanidades », a visível e a invisível. Assim, dois mundos , cujas organizações\ne leis são diferentes, entram em contacto. O médium é o agente indispensável\npara que se produzam manifestações do mundo invisível. Participa,\nsimultâneamente, pelo seu invólucro fluídico, da vida do Espaço e, pelo corpo\nfísico, da vida terrestre, é ele o intermediário obrigatório entre dois mundos.",1]
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O perispírito é retirado do fluido universal do mundo onde se encontra. Melhor:
O corpo é um acessório do Espírito. É o Espírito, o ser que pensa e sobrevive. Mas, o Espírito tem um outro invólucro , semi-material, que o liga ao corpo. O espírito despoja-se do corpo mas, não deste invólucro fluídico, o perispírito.
Então o espírito é um ser com limites que apenas não é visível e palpável .É por isso que não se assemelha ao ser humano.
Então porque não há-de actuar sobre a matéria?
Só porque é vaporoso, fluídico? Então negamos que a electricidade, um imponderável, exerce acção química sobre a matéria ponderável?
Mediuns e Comunicação
Um medium serve de intermediário entre duas « humanidades », a visível e a invisível. Assim, dois mundos , cujas organizações e leis são diferentes, entram em contacto. O médium é o agente indispensável para que se produzam manifestações do mundo invisível. Participa, simultâneamente, pelo seu invólucro fluídico, da vida do Espaço e, pelo corpo físico, da vida terrestre, é ele o intermediário obrigatório entre dois mundos.
\n\nPorém, é necessária uma lenta e laboriosa\niniciação para a busca dos bens superiores.\n\nApós a primeira fase de desenvolvimento das\nsuas faculdades, é fundamental que o médium obtenha a protecção de um espírito\nbom, que o guie, inspire, e preserve de qualquer perigo.\n\nA educação e aperfeiçoamento do médium é\nfundamental.\n\nFora das condições da elevação de pensamento,\nde moralidade e desinteresse, pode a mediunidade ser perigosa.\n\nO médium é um instrumento delicado,\nrepositório de forças que se renovam indefinidamente, e que é preciso utilizar\ncom moderação.\n\nA reencarnação :\n\nA alma que não alcançou a perfeição durante a\nvida corpórea procura depurar-se ,\nsofrendo a prova de uma nova existência. Pode passar por várias existências,\naté ser um espírito bem aventurado. Recordam-se de que muitos de nós passamos\npor um sítio ou por uma situação e somos levados a pensar que já tínhamos\npassado por ali ou já conhecíamos aquela situação? Eis o déjà vue.",1]
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Porém, é necessária uma lenta e laboriosa iniciação para a busca dos bens superiores.
Após a primeira fase de desenvolvimento das suas faculdades, é fundamental que o médium obtenha a protecção de um espírito bom, que o guie, inspire, e preserve de qualquer perigo.
A educação e aperfeiçoamento do médium é fundamental.
Fora das condições da elevação de pensamento, de moralidade e desinteresse, pode a mediunidade ser perigosa.
O médium é um instrumento delicado, repositório de forças que se renovam indefinidamente, e que é preciso utilizar com moderação.
A reencarnação :
A alma que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea procura depurar-se , sofrendo a prova de uma nova existência. Pode passar por várias existências, até ser um espírito bem aventurado. Recordam-se de que muitos de nós passamos por um sítio ou por uma situação e somos levados a pensar que já tínhamos passado por ali ou já conhecíamos aquela situação? Eis o déjà vue.
\n\n \nPode, o espírito reencarnar noutros mundos, não só na Terra.\n\nComo repararam, todos os temas ficaram em\naberto...\n\nPermitam-me que faça um parênteses : \n\nLogo no início da nossa conversa apontámos os\nprincípios que orientam o Espiritismo.\n\nTodos entendemos que são os princípios\nfundamentais da Maçonaria.\n\nEspiritismo e Maçonaria:\n\nPois, assim é. Por muitas investigações que façamos não sabemos se Kardec\nfoi maçon, mas sabe-se que conviveu estreitamente com eles, ao ponto de fazer\numa sessão só para Maçons, interrogando os Espíritos sobre a cooperação que o Espiritismo poderia\nencontrar na Maçonaria.\n\nConfirme-se : Sociedade Espírita, 25 de\nFevereiro de 1864 Allan Kardec- Revista Espírita, abril 1864.",1]
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Pode, o espírito reencarnar noutros mundos, não só na Terra.
Como repararam, todos os temas ficaram em aberto...
Permitam-me que faça um parênteses :
Logo no início da nossa conversa apontámos os princípios que orientam o Espiritismo.
Todos entendemos que são os princípios fundamentais da Maçonaria.
Espiritismo e Maçonaria:
Pois, assim é. Por muitas investigações que façamos não sabemos se Kardec foi maçon, mas sabe-se que conviveu estreitamente com eles, ao ponto de fazer uma sessão só para Maçons, interrogando os Espíritos sobre a cooperação que o Espiritismo poderia encontrar na Maçonaria.
Confirme-se : Sociedade Espírita, 25 de Fevereiro de 1864 Allan Kardec- Revista Espírita, abril 1864.
\n\nPodemos, ainda, ler um extracto da mensagem\ndo espírito Jacques de Molay ao médium Bréguet, nesta mesma sessão. \n\n «Meu caro Irmão em doutrina(o\nEspírito dirige-se a um dos franco-maçons espíritas presentes), venho com\nfelicidade responder ao benévolo apelo que fazes aos Espíritos que amaram e fundaram\nas instituições franco-maçónicas. Para cimentar essa instituição generosa, duas\nvezes derramei o meu sangue; duas vezes as praças públicas desta cidade ficaram\ntintas de sangue do pobre Jacques Mola. Caros Irmão, seria preciso dá-lo uma\nterceira vez? Direi, feliz: não \n.Já vos foi dito :Quanto mais sangue, mais despotismo e mais carrascos!\nUma sociedadfe de Irmãos, de amigos, de homens cheios de boa-vontade, que só\ndesejam uma coisa: conhecer a verdade para fazer o Bem.Eu não havia ainda\ncomunicado nesta assembleia. Enquanto falastes de ciência espírita, de\nfilosofia espírita, cedi o lugar aos Espíritos que são mais aptos a dar-vos\nconselhos sobre esses vários pontos e esperava pacientemente, sabendo que\nchegaria a minha vez. Há tempo para tudo, como há um momento para cada um.\nAssim, creio que soou a hora e, é o momento oportuno. Assim, posso vir\ndizer-vos a minha opinião\n\ntocante ao Espiritismo e a Franco-Maçonaria.\n\nAs instituições maçónicas foram para a sociedade um encaminhamento para\na felicidade. Numa época em que toda a ideia liberal era considerada um crime,\nos homens necessitavam de uma força, que inteiramente submissa às leis, não\nfosse menos emancipada por suas crenças, por suas instituições e pela unidade\ndo seu ensino. Nessa época a religião ainda era, não a mãe consoladora, mas a\nforça despótica que, pela voz dos seus ministros, ordenava, feria, fazia tudo\ncurvar-se à sua vontade; era um assunto de pavor para quem quisesse, como livre\npensador, agir e dar aos homens sofredores alguma coragem e, ao infeliz, algum\nconsolo moral. Unidos pelo coração, pela fortuna e pela caridade, os nossos\ntemplos foram os únicos altares onde não se havia desconhecido o verdadeiro\nDeus, onde o homem ainda podia dizer-se homem, onde a criança podia esperar encontrar,\nmais tarde, um protector, e o abandonado, ",1]
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Podemos, ainda, ler um extracto da mensagem do espírito Jacques de Molay ao médium Bréguet, nesta mesma sessão.
«Meu caro Irmão em doutrina(o Espírito dirige-se a um dos franco-maçons espíritas presentes), venho com felicidade responder ao benévolo apelo que fazes aos Espíritos que amaram e fundaram as instituições franco-maçónicas. Para cimentar essa instituição generosa, duas vezes derramei o meu sangue; duas vezes as praças públicas desta cidade ficaram tintas de sangue do pobre Jacques Mola. Caros Irmão, seria preciso dá-lo uma terceira vez? Direi, feliz: não .Já vos foi dito :Quanto mais sangue, mais despotismo e mais carrascos! Uma sociedadfe de Irmãos, de amigos, de homens cheios de boa-vontade, que só desejam uma coisa: conhecer a verdade para fazer o Bem.Eu não havia ainda comunicado nesta assembleia. Enquanto falastes de ciência espírita, de filosofia espírita, cedi o lugar aos Espíritos que são mais aptos a dar-vos conselhos sobre esses vários pontos e esperava pacientemente, sabendo que chegaria a minha vez. Há tempo para tudo, como há um momento para cada um. Assim, creio que soou a hora e, é o momento oportuno. Assim, posso vir dizer-vos a minha opinião
tocante ao Espiritismo e a Franco-Maçonaria.
As instituições maçónicas foram para a sociedade um encaminhamento para a felicidade. Numa época em que toda a ideia liberal era considerada um crime, os homens necessitavam de uma força, que inteiramente submissa às leis, não fosse menos emancipada por suas crenças, por suas instituições e pela unidade do seu ensino. Nessa época a religião ainda era, não a mãe consoladora, mas a força despótica que, pela voz dos seus ministros, ordenava, feria, fazia tudo curvar-se à sua vontade; era um assunto de pavor para quem quisesse, como livre pensador, agir e dar aos homens sofredores alguma coragem e, ao infeliz, algum consolo moral. Unidos pelo coração, pela fortuna e pela caridade, os nossos templos foram os únicos altares onde não se havia desconhecido o verdadeiro Deus, onde o homem ainda podia dizer-se homem, onde a criança podia esperar encontrar, mais tarde, um protector, e o abandonado,
\n\nNo século dezanove, o Espiritismo vem, com o seu facho luminoso, dar a\nmão aos comendadores, aos rosacruzes e, com voz trovejante lhes diz: Vamos,\nmeus Irmãos, eu sou verdadeiramente a voz que se faz ouvir no Oriente e à qual\no Ocidente responde: Glória, honra, vitória aos filhos dos homens! Ainda alguns\ndias mais, e o Espiritismo terá transposto o muro que separa a maioria da\nparede do templo dos segredos; e, nesse dia, a sociedade verá florescer no seu\nseio a mais bela flor espírita que, deixando as suas pétalas cair, dará uma\nsemente regeneradora da verdadeira liberdade.\n\nO Espiritismo fez progressos, mas no dia em que tiver dado a mão à\nfranco-maçonaria, todas as dificuldades estarão vencidas, todo o obstáculo\nretirado, a verdade estará esclarecida\n\nE o progresso moral será realizado e, terá transposto os primeiros\ndegraus do trono, onde em breve deverá reinar.\n\nA vós, saudação fraterna e amizade».\n\n \n\nContudo, Léon Denis foi Maçon e as afinidades entre Maçonaria e\nEspiritismo cruzaram-se muitas vezes em assuntos de carácter interno de ambos\nos lados.",1]
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amigos.Vários séculos se passaram e cada um juntou algumas flores à coroa maçónica. Foram mártires, homens letrados, legisladores, que aumentaram a sua glória tornando-se seus defensores e conservadores.
No século dezanove, o Espiritismo vem, com o seu facho luminoso, dar a mão aos comendadores, aos rosacruzes e, com voz trovejante lhes diz: Vamos, meus Irmãos, eu sou verdadeiramente a voz que se faz ouvir no Oriente e à qual o Ocidente responde: Glória, honra, vitória aos filhos dos homens! Ainda alguns dias mais, e o Espiritismo terá transposto o muro que separa a maioria da parede do templo dos segredos; e, nesse dia, a sociedade verá florescer no seu seio a mais bela flor espírita que, deixando as suas pétalas cair, dará uma semente regeneradora da verdadeira liberdade.
O Espiritismo fez progressos, mas no dia em que tiver dado a mão à franco-maçonaria, todas as dificuldades estarão vencidas, todo o obstáculo retirado, a verdade estará esclarecida
E o progresso moral será realizado e, terá transposto os primeiros degraus do trono, onde em breve deverá reinar.
A vós, saudação fraterna e amizade».
Contudo, Léon Denis foi Maçon e as afinidades entre Maçonaria e Espiritismo cruzaram-se muitas vezes em assuntos de carácter interno de ambos os lados.
\n\n É possível confirmar esta afirmação em actas e textos , entre outros, do Congresso Espírita e\nEspiritualista Internacional de 1889, em Paris, realizado nas dependências do\nGrande Oriente de França.\n\nNota: A Loja Demófilos recebeu Denis. Fez diversas pranchas de\narquitectura e, apenas dois meses após a sua iniciação, foi eleito Orador\nadjunto. A qualidade das suas peças de arquitectura podem ser apreciadas nas\nactas dos trabalhos desta oficina.\n\nBibliografia : O Livro dos Médios; O Livro\ndos Espíritos; O Evangelho segundo o Espiritismo, A Génese.\n\n \n\n \n\nLisboa, 17 de Fevereiro de 2007\n\n \n\nMaria Matos",1]
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É possível confirmar esta afirmação em actas e textos , entre outros, do Congresso Espírita e Espiritualista Internacional de 1889, em Paris, realizado nas dependências do Grande Oriente de França.
Nota: A Loja Demófilos recebeu Denis. Fez diversas pranchas de arquitectura e, apenas dois meses após a sua iniciação, foi eleito Orador adjunto. A qualidade das suas peças de arquitectura podem ser apreciadas nas actas dos trabalhos desta oficina.
Bibliografia : O Livro dos Médios; O Livro dos Espíritos; O Evangelho segundo o Espiritismo, A Génese.
Lisboa, 17 de Fevereiro de 2007
1 comment:
Óptimo artigo! Sempre tive especial interesse sobre estes assuntos.
Se me permite e peço desculpa pela ousadia, gostaria de deixar aqui o convite, não só aos autores do blog, mas também a todos os que apreciem este género de assuntos, a se registarem e assim tornarem-se parte da comunidade PortugalParanormal.
O link é www.portugalparanormal.comMuito obrigado e boa continuação!
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