um vulto excepcional da Cultura Portuguesa,
Jesué Pinharanda Gomes
(e membro da Tertúlia do Bar do Além, de Alenquer)
honrou a histórica figura de D. Nuno Alvares Pereira
canonização prevista para 26 de Abril no Vaticano, como Santo
Com sala cheia e atenta, tomou-se conhecimento de toda a problemática que ao longo de mais de cinco séculos permitiu a consagração pontifícia do Conde Santo, desde logo popularizado, e mais tarde reconhecido como Beato, para finalmente agora ser canonizado como Santo. O debate prosseguiu depois durante o almoço com envolvimento e vivo interesse de todos os participantes.
Foram reportados depoimentos históricos coevos em espacialo sermãod e Don Duarte eas c´ronicas de Fernão Lopes e Gomes Aenes de Azurara entre outros, a vida de D. Nuno, e a questão de tersido guerreiro de cruzada, mesmo na batalaha de Aljubarrota, pois se tratava não apenas da defesa e afirmaçao da idnependência de Portugal, mas como desde sempre sustentou João das Regras, da defesa da cristandade, pois Espanha seguia então Papa do cisma de Avinhão, e o Rei português manteve-se fiel ao Papa de Roma.
Foram também rememoradas as virtudes heroicas de D. Nuno, factos da sua vida de fundador da Ordem das Carmelitas em Portugal, e ainda do ultimo milagre relaizado e reconehcido em Roma jáem 2007 e na zona de Vila Franca de Xira. No final o orador exibiu uma estatueta prototipo da futura figuração do Santo, com um elmo e um escudo aos pés, segurando nas mãos um livro, e vestido de um hábito castanho, completamente diferente da habitual representação iconografica.
Fonte: Sapo
Santo Condestável
in: http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/2869206.html
Uma boa notícia: D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431) vai ser canonizado no próximo dia 26 de Abril pelo Papa Bento XVI, no Vaticano. O Condestável é uma das grandes referências da História de Portugal, política e militarmente falando. A ele devemos a vitória de Aljubarrota e a independência em relação a Castela. O Beato Nuno de Santa Maria foi o general, o homem e o líder que devia inspirar mais este País. Um homem que provou que a estratégia e a coragem são suficientes para enfrentar as adversidades.
Beatificado em 1918, D. Nuno viu o processo de canonização reaberto em 2004. No dia 26 de Abril, curiosamente um dia depois de uma data que muito diz aos militares portugueses e não só, o Condestável sobe mais um patamar e torna-se Santo de pleno direito, depois de reconhecida uma cura milagrosa numa senhora com uma lesão grave na córnea. O cardeal D. Saraiva Martins, Prefeito Emérito da Congregação para as Causas dos Santos, e D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, estão de parabéns por este autêntico feito.
in: http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/2869206.html
Uma boa notícia: D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431) vai ser canonizado no próximo dia 26 de Abril pelo Papa Bento XVI, no Vaticano. O Condestável é uma das grandes referências da História de Portugal, política e militarmente falando. A ele devemos a vitória de Aljubarrota e a independência em relação a Castela. O Beato Nuno de Santa Maria foi o general, o homem e o líder que devia inspirar mais este País. Um homem que provou que a estratégia e a coragem são suficientes para enfrentar as adversidades.
Beatificado em 1918, D. Nuno viu o processo de canonização reaberto em 2004. No dia 26 de Abril, curiosamente um dia depois de uma data que muito diz aos militares portugueses e não só, o Condestável sobe mais um patamar e torna-se Santo de pleno direito, depois de reconhecida uma cura milagrosa numa senhora com uma lesão grave na córnea. O cardeal D. Saraiva Martins, Prefeito Emérito da Congregação para as Causas dos Santos, e D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, estão de parabéns por este autêntico feito.
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Centro de Estudos Pinharanda Gomes
http://correiodaguarda.blogs.sapo.pt/13610.html
Entrevista com Pinharanda Gomes
in: http://dn.sapo.pt/2005/03/27/artes/o_maior_pecado_actual_homem_odio_e_m.html
Pinharanda Gomes Investigador e ensaísta
Pinharanda Gomes Investigador e ensaísta
"O maior pecado actual do homem é o ódio e matar"
Acaba de sair a segunda edição aumentada do seu 'Dicionário de Filosofia Portuguesa'. O filósofo é "um mendigo a bater à porta da sabedoria", diz Pinharanda
entrevista do DN
DN-José Carlos Carvalho preferências. Pinharanda Gomes junto à estátua de Camilo Castelo Branco, um clássico da literatura portuguesa que gosta sempre de revisitar
Defende o seu pensamento, frontal e polémico. Pinharanda Gomes, figura relevante da vida cultural portuguesa, espera que a humanidade "reencontre o paradigma inicial". Acha que Lisboa podia ter uma Faculdade de Filosofia e os cursos politécnicos também "deviam integrar um ano de filosofia, porque é na filosofia que se faz a iniciação às humanidades fundamentais". Na actividade profissional, gestor e filósofo deram-se bem. Lidou com agricultores e "os agricultores estão próximos dos filósofos".
Como é que um filósofo poderá explicar as "subversões" climatéricas a que estamos a assistir?A meteorologia aconselha que se comece de baixo para cima, mas como sou ignorante desses enigmas tenho de começar por cima.Vai dizer-me que são coisas de Deus? Há um espaço em que cada um de nós tem poder de exercício. Os fenómenos atmosféricos, por enquanto, não dependem do homem. O homem não estraga o clima? Mas os homens não têm poder sobre o cosmos. São fenómenos para além da sua capacidade de intervenção. Quando matam florestas e agravam a poluição, não influem no cosmos? O homem vai tendo acções que contribuem para que chova ou não, para que haja guerra ou paz. Não me recordo, por exemplo, de haver tantos incêndios como actualmente. E os grandes pulmões das cidades, como o do Parque de Monsanto, e mesmo os pequenos jardins, estão a ser destruídos. Não se podam as árvores, são decepadas.
É preciso aprender e fazer pedagogia...Podar é uma técnica, decepar é um crime. Há, ainda, a poluição das águas. E aquilo a que se chama progresso tecnológico, ou seja cobrem-se as ruas com asfalto, dificultando o escoamento das águas e a infiltração que alimenta os mananciais subterrâneos. Lisboa assentava em estacas que desapareceram, pelo menos na Baixa. Existe o risco de um dia tudo isto cair. Por que é tão catastrófico?São visões catastróficas mas possíveis. É necessária uma vigilância permanente. As obras do homem nunca são seguras e definitivas.
Não acredita no homem perfeito...O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, mas cometeu o pecado original e entrou em queda. Com a relação de amor o mundo não ficou mais humanizado? Não direi que ficou mais humano. Ao cometer o pecado original, fosse qual fosse (nem sei o que foi e creio que ninguém saberá), o homem perdeu o carisma da imagem e semelhança de Deus e ainda o não reconquistou. Veio a ter a possibilidade de reconquistar a condição perdida através dos sacramentos, como é o caso do baptismo na igreja cristã, que nos liberta do pecado original mas deixa em aberto o pecado actual.
Qual é o pecado actual?O maior pecado actual do homem é o ódio e matar. Este ano, na pastoral da Igreja, reflecte-se sobre o quinto mandamento Não matarás. Os homens matam muito.Mata-se, inclusive, em nome de Deus...Exactamente. E matar não é só matar fisicamente, é também tentar matar a alma. Às vezes, a pior das mortes é a espiritual. A formação do homem por meio da educação do espírito é possível nos nossos dias? Possível, necessária e urgente. A queda do homem não acabou. Principiou e está documentada na alegoria de Adão e Eva, porém a humanidade continua a cair. E a regeneração só começará quando chegarmos ao fim da queda e dissermos Ai, meu Deus! Então surgirá o homem regenerado. Esperemos que a humanidade se reencontre com o seu paradigma inicial.
Está muito preso ao conceito grego da paideia? A paideia parece-me ser agora o que poderemos chamar de educação estabelecida. Prefiro hoje a iniciação, a que abre um caminho na selva. A pessoa deve procurar o melhor caminho, independentemente dos poderes constituídos, mesmo correndo o risco de caminhar à margem. Alguns pensadores, tanto da gnose cristã como da hebraica e pérsica, tinham essa quase certeza valia mais ser livre à margem do estabelecido do que cativo dentro do estabelecido. Sente-se cativo ou à margem? Sou um homem livre. Caminho como uma pessoa política e ideologicamente independente. Quero ser livre. Um rio corre entre margens. Eu sou a margem. Um rio tem duas margens. Está em ambas?Às vezes saltito. É a condição do homem pendular.
Quando a justiça escasseia, temos de saltar para a liberdade, quando a liberdade exagera, temos de saltar para a justiça. Sou um homem das margens. E defendo o meu pensamento.Com vocação para a portugalidade? Não me ponho à margem da sociedade portuguesa. Tenho procurado viver e pensar a Pátria. Se por algum mérito o meu nome ficar na história deste nosso tempo, creio que será pela minha dedicação a pensar a Pátria.
A política não o seduz? É para os políticos. Sou céptico quanto aos políticos. Também há políticos filósofos, mesmo em Portugal...Aliança complicada. O filósofo rejeita o poder. Quer a sabedoria. Acaba de surgir a segunda edição (aumentada) do seu Dicionário de Filosofia Portuguesa. Como filósofo já teve de corrigir uma ou outra ideia sua? Muitas vezes. Pode é ter acontecido que não tenha chegado a exprimir juízo, que o tenha deixado entre parêntesis. Tenho do filósofo a noção de que é alguém que tropeça. Não recebe a sabedoria à partida. Se recebesse a sabedoria à partida não seria filósofo mas apenas um sábio. Os homens são filósofos porque, não tendo a sabedoria, a procuram, querem e amam.
Muitas coisas na sua vida ficaram entre parêntesis? Muitas. Até o pecado. Vive atormentado com isso?O pecado inquieta-me. E o Diabo é inquietante. Diabólico é tudo aquilo que nos solicita para fora do nosso centro de consciência. O pior é o que fica no subconsciente? Os psicólogos é que sabem. O filósofo é apenas um homem que tenta abrir caminho através da sombra para chegar a uma clareira. De algum modo, o filósofo julga-se o centro do mundo? Se for verdadeiramente filósofo, não. Sente-se, como aliás vem nos diálogos platónicos, um mendigo a bater à porta da sabedoria. Procurando responder a todas as interrogações? Procurando respostas para as suas interrogações, para a sua modéstia e para as suas carências. O filósofo sente necessidade de bater às portas da liberdade em busca da verdade. Daí a trilogia do nosso mestre Álvaro Ribeiro: Filósofo é aquele que procura caminhar pela verdade e pela bondade até atingir a beleza, que é a harmonia.
Filósofos estão em vias de extinção? Podemos, até, admitir que as sociedades promovem os filósofos. Estou a incluir aí os sem-abrigo, que têm consciência do que são, os fala-sós, os solitários. Toda essa gente tem alguma coisa de filósofo.Assusta-o a clonagem? Pode clonar-se o corpo mas não a alma. Cada indivíduo é irrepetível.
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