Monday, December 02, 2013

MARIA FLAVIA DE MONSARAZ reinicia as atividades da Tertulia do Bar do Alem a 25 de Janeiro de 2014


Maria Flávia de Monsaraz no dia 25 de Janeiro de 2014
será oradora no almoço debate da Tertúlia do Bar do Alem
sobre o tema das previsões astrológicas para 2014
Moderador Luís Nandin de Carvalho
Inico as 12h, intervenção inicial ate as 13.15h, seguida de debate
almaço e continuação do debate
Local: Bar do Alem (sala de convívio do Alenquer Camping)
 
 
Reservas e informações exclusivamente pelo email: camping@dosdin.pt


Textos e vídeos de apoio
 

Tuesday, October 08, 2013

tertulia em almoço debate dia 9 de Novembro com Dr. Luis Portela sobre Espiritualidade e Ciencia

 
 
Tema da Tertúlia de dia 9 de Novembro: a controvérsia subjacente ao livro do Dr. Luis Portela sobre o positivismo e a metafisica, a Ciência e a Espiritualidade...40 participantes numa conferencia excecional presidida pelo presidente da CM de Alenquer animaram um interessante debate sobre temas de metafisica que começam a ganhar foros de comprovação cientifica e experimental.


Luís Portela

Luís Portela nasceu em 1951 no Porto, onde se licenciou em Medicina. Exerceu actividade clínica apenas durante três anos e foi durante seis docente universitário. Aos vinte e um anos iniciou a sua actividade empresarial e aos vinte e sete assumiu a presidência daquele que entretanto se tornou um dos maiores grupos farmacêuticos ibéricos - a Bial. Em 1994, criou a Fundação Bial, que além de conceder Bolsas de Investigação Científica, atribui um dos maiores prémios europeus na área da Saúde. Luís Portela é Comendador da Ordem do Mérito, de que mais tarde veio a receber a Grã-Cruz. É também Professor Honorário da Universidade de Cádiz, em Espanha. Em 1998, foi distinguido com o Prémio de Neurociências da Louisiana State University, nos EUA. Colabora regularmente na comunicação social, tendo publicado anteriormente, quatro livros: Para Além da Evolução Tecnológica, À Janela da Vida, Esvoaçando e Serenamente. Textos seus foram traduzidos e publicados em Inglaterra, no volume Spirit of Life.



Contributos para a controvérsia do Blogue de Rerum Natura, de Antonio Piedade, bioquimico:
Coisa interessante é que Luís Portela consegue escrever um livro que aparenta ser a favor do conhecimento científico e da importância que a ciência tem no desenvolvimento de uma humanidade mais livre. O problema é que o leitor menos atento pode iludir-se com a tentativa de Luís Portela em afirmar que algumas teorias, utopias e imaginações são passíveis de serem verificadas e validadas através do método científico. Mas ao mesmo tempo Luís Portela afirma que “embora não demonstradas científicamente, estas conjecturas [vidas passadas e futuras, por exemplo] fazem sentido”. O problema é que o “sentido” e as realidades mentais em que Luís Portela é livre de acreditar não são passíveis de serem verificadas, ou sequer experimentadas, pela ciência moderna. A ciência moderna tem como objecto de estudo o que é e não o que nós queremos, acreditamos ou desejamos que deva ser!


Apesar da abertura de espírito que o autor requere para uma mais proveitosa leitura deste livro, é no mínimo espantoso o facto de o médico e psicofisiologista de formação se esquecer de mencionar factos científicos que a biologia e as neurociências modernas têm disponibilizado a todos para explicar um sem número de ilusões neuronais e fisiológicas. Fenómenos que durante séculos foram domínio do desconhecido recheado de medos, das crenças baseadas em explicações erradas do funcionamento do corpo humano e das leis da natureza.
 
 
Mas para as crenças, legítimas de autor, ainda não há qualquer consenso de que possam sequer ser alvo de experimentação pelo método científico, como já se disse. Estou a referir-me concretamente aos casos da reincarnação, da telepatia, da psicocinese, da vida para além da morte entre outros aspectos de uma realidade muito espírita que Luís Portela defende, legítima e livremente, existir. Acredita que existe e quer que essa existência seja demonstrada e verificada cientificamente. O problema, e tal como o próprio autor refere, contradizendo-se, é que todas as tentativas para as provar experimentalmente não produziram resultados reprodutíveis e credíveis.

Um facto real é o de que este novo livro de Luís Portela é centralmente sobre espiritismo, dedicando-lhe vários capítulos com seja o intitulado “Corpo anímico”. Isto, apesar de noutros capítulos, diga-se em abono da verdade, serem dele libertos e dedicados a uma exposição, sugestões, indicações do autor, fruto da sua intensa e rica experiência pessoal, sobre a melhor conduta humana, sobre a defesa do ser sobre o ter, sobre a necessidade da aproximação do Homem a uma sensibilidade espiritual que estará actualmente muito deficitária, principalmente no mundo ocidental e desenvolvido, exactamente naquele em que a ciência moderna se desenvolveu.
 

Thursday, September 19, 2013

Misterios desvendados da HERALDICA, dia 19 de Outubro no Bar do Alem

Dia 19 de Outubro, sábado as 12h em Alenquer,
O Coronel José Manuel Pedroso da Silva
será o orador convidado da Tertúlia do Bar do Alem
Inscrições limitadas a lotação pelo mail bar.do.alem@gmail.com
 

Nota Biográfica

Filho e neto de militares, José Manuel Pedroso da Silva, nasceu em Lisboa, na freguesia de São Sebastião da Pedreira a 1 de Julho de 1947, tendo entrado aos 10 anos para o Instituto dos Pupilos do Exército onde concluiu o curso Geral de Indústria, a que somou o curso Técnico de Instrumentos de Precisão, frequentado na mesma instituição. Ambicionando mais do que uma carreira na classe dos sargentos, concorreria ao Instituto Superior Militar, onde concluiria o curso B, de Oficial Técnico de Manutenção de Material. Em 1991 foi aprovado no curso de Promoção a Oficial Superior do Instituto de Altos Estudos Militares. Paralelamente à carreira militar, a necessidade de ampliar os seus conhecimentos, algo que se poderia designar como uma sede de Saber, levou-o à frequência de vários cursos naquela que poderá ser designada como a trilogia de pesquisa fundamental: Biologia marinha na área da Malacologia; Língua, caligrafia e sigilografia chinesas; Simbologia, com destaque para a Heráldica. Poder-se-á então pensar que tal dispersão indiciava algum diletantismo, mas efectivamente tal dedução seria tão apressada quanto errada, já que, em cada área a que se dedicou, atingiu um patamar de conhecimento que ultrapassava o significativo.
 

Formação de um Heraldista 

Paralelamente às pesquisas na esfera quer da Sinologia, quer da Malacologia, desenvolveu capacidades plásticas na esfera do Desenho e da Pintura que muito úteis lhe viriam a ser aquando do seu interesse pela Heráldica. Assim, além do curso de pintura chinesa já referido, frequentou um curso de Desenho de Contorno vocacionado para a Flora, regido por Juanita Hull no Jardim Botânico em Lisboa, o curso de Ilustração Biológica, sob a orientação de Pedro Salgado, no Departamento de Zoologia e Antropologia da Faculdade de Ciências de Lisboa e o curso de Iniciação à Serigrafia, regido por Luís Ferreira, entre outros. Não descurou a formação na área da Estética e da Simbologia, tendo frequentado o curso de Temas de Estética e Teorias de Arte Contemporânea leccionado por David Lopes na Sociedade Nacional de Belas Artes e o curso de Simbólica dos Animais, no Centro Nacional de Cultura, com regência de Armando Santinho Cunha.
A busca de conhecimentos na esfera da Armaria levou-o a finalizar o curso de Heráldica do Instituto Português de Heráldica e posteriormente o de Genealogia e Heráldica do mesmo Instituto, tendo ainda completado o curso de Heráldica no Palácio da Fronteira ministrado por António Pedro Sameiro, bem como o curso de Heráldica do Centro Lusíada de Estudos Genealógicos e Heráldicos da Universidade Lusíada, regido por Miguel Metelo Seixas. Mas nada do que acima ficou expresso explica o trabalho desenvolvido por José Manuel Pedroso da Silva. Para compreender o que este heraldista fez é necessário entender a sua formação noutras áreas. Foi através do estudo de diversas ciências que congregou um conhecimento polivalente que, ao invés de se esgotar num estudo enriquecedor mas estéril, foi aplicado à Arte Heráldica.
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Entrada para o Gabinete de Heráldica do Exército e as primeiras armas criadas 

A prestar serviço na Escola Militar de Electromecânica desde 1 de Abril de 1985, estagiaria no Gabinete de Heráldica do Exército, sob orientação de Jorge Guerreiro Vicente, entre 1990 e o final de 1992, apesar de manter funções naquela unidade. Seria transferido em 10 de Agosto de 1992 para o Batalhão do Serviço de Material, no Entroncamento, mas prosseguiria a colaboração com o Gabinete de Heráldica do Exército.
As primeiras armas que Pedroso da Silva criou, foram-no ainda com o Gabinete a ser dirigido por Guerreiro Vicente. Efectivamente, aquando do pedido de ordenação de armas para as Oficinas Gerais de Material de Engenharia, Pedroso da Silva estabeleceu uma proposta que Guerreiro Vicente aprovou, elaborando uma informação com aquela(1962). Tinham as armas a seguinte ordenação:
Esta ordenação era exemplar daquilo que viria a ser a marca das criações de Pedroso da Silva: escolheu para móvel central do campo um elemento do Reino Vegetal, o estramónio, de que não se conhecia, nem se conhece, qualquer outra utilização em heráldica, quer nacional, quer internacional: este conferia às armas uma característica erudita que se estendia também à escolha do semeado do campo de quinquefólios, numa elaborada alusão à Indústria, que era feita através da representação estilizada da flor de pau-ferro. Para timbre optou pela salamandra, que simbolizava o Génio que governa o Fogo, sendo este um elemento fundamental na criação e transformação dos materiais que servem de base da actividade do organismo armigerado. Este animal, da classe dos batráquios havia sido anteriormente proposto para timbre das armas da Escola Prática do Serviço de Material que o havia rejeitado. Pedroso da Silva entendeu recuperar este batráquio que considerava adequado às armas que estavam a ser ordenadas, o que mereceu a aprovação do comando da unidade. Esta escolha é também exemplar do desejo de Pedroso da Silva de não entrar em ruptura em relação ao trabalho que Guerreiro Vicente desenvolveu enquanto director do Gabinete de Heráldica do Exército, mas antes de lhe dar continuidade, sem, no entanto, se eximir de deixar uma marca própria. (3)

Chefia do Gabinete de Heráldica do Exército 

Embora Pedroso da Silva tenha tomado posse em 15 de Fevereiro de 1993 como director do Gabinete de Heráldica do Exército (1965), exercia na prática esta tarefa desde o princípio daquele ano, data da reforma do seu antecessor. Apesar desta nomeação manteria funções no Batalhão de Serviço de Material, onde exercia o cargo de director de Instrução. De acordo com o ofício que informava esta nomeação, a prestação de serviço de Pedroso da Silva na Direcção do Serviço Histórico-Militar de que o referido Gabinete dependia deveria «[...] resumir-se a 1 (um) dia por semana (2.ª ou 6.ª feira).» ficando esta situação de ser revista numa futura mudança de colocação deste oficial. Com a integração do Batalhão de Serviço de Material na Escola Prática do Serviço de Material datada de 1 de Setembro de 1993, viria ainda a desempenhar nesta unidade as funções de chefe da Secção de Operações, Informações e Segurança, ficando exclusivamente colocado na Direcção do Serviço Histórico-Militar apenas em 21 de Junho de 1994. Enquanto responsável pela Heráldica do Exército, entre a data da sua entrada para o Gabinete e o final do século XX, Pedroso da Silva produziu 37 armas para o Exército Português, tendo sido a primeira ordenação, já como responsável pela Heráldica do Exército, relativa ao escudo de armas do Comando de Logística, que espelhava, desde logo, o propósito de manter os padrões que os seus antecessores no cargo tinham estabelecido. Relativamente ao que havia sido produzido pelo organismo que então passava a reger, manteve a preocupação pela simplicidade e visibilidade. No campo, de azul, apenas uma figura, mas plena de significado, uma bolsa de prata simbolizando «[...] os recursos que a Nação coloca à disposição do Exército [...]»
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Tuesday, June 25, 2013

Mais de 60 almas celebraram ritualmente o solsticio de verao de 2013 na noite de 22 de Junho em Alenauer



 

 Notas e Observações

1) O texto ritual que agora aqui se reproduz, foi recriado pelo Secretário da Tertúlia do Bar do Além, Luís Nandin de Carvalho, e beneficiou já da inclusão de varias sugestões de alguns movimentos espirituais, masculinos e femininos, e tem por base recolhas feitas na Internet, elementos de tradição oral de diversas origens, e nas suas versões anteriores de 2009, 2010 e 2012 que se  acham também publicadas no blog da tertúlia:


 2) Este documento nada tem de secreto, nem tem a pretensão de constituir nenhum repositório de natureza histórica, nem de admitir constituir nenhum procedimento confessional para qualquer tipo de iniciação, ou de práticas de superstição visando a obtenção de resultados ocultos. Serve apenas o interesse de um conjunto de membros da Tertúlia do Bar do Além, em realizar um exercício prático de uma cerimónia "branca", mas simbólica, de celebração solsticial, dita de mid summer.

3) Os elementos constantes do ritual contêm pois, fatores de evocação do solstício de Verão de práticas ancestrais, imputáveis a remota origem celta, bem como de costumes de origem tradicional associadas à noite mais curta do ano (São João), prenúncio portanto do dia mais longo. Pode ser-lhes atribuído o significado profano a gosto de cada um, ou para os iniciados, aquele que a respetiva sensibilidade espiritual o permitir.

 
Programa Indicativo

É exclusivo para uso dos membros da Tertúlia atempadamente e confirmadamente inscritos em 2013, na respetiva celebração atempadamente divulgada aos interessados.

- Dia 22 de Junho, sábado a partir das 20.00h, chegada dos participantes inscritos previamente, (maioritariamente vestidos de branco) receção no secretariado com entrega do ritual impresso, e de uma vela/tocha a cada um (pagamento prévio da inscrição de 22.50€ por pessoa).

- 20.30h início de jantar de barbecue volante (ágape) na esplanada da nogueira velha.

-22.00h Após o por do sol, e verificado o Sol posto,  haverá uma nota oral explicativa pelo Mestre-de-Cerimónias, revestido por uma túnica branca de inspiração templária, e dá-se a deslocação dos participantes em cortejo, de fila singular e silenciosa, para a ascensão à plataforma da cerimónia, “subindo a montanha”, seguindo o Mestre-de-cerimónias com o seu archote aceso, simbolicamente a partir do fogo do ano anterior.

- Às 22.15h disposição dos participantes em círculo, à volta da pira de madeiros, previamente arranjada, onde já se encontram silenciosos os quatro mestres celebrantes com as suas túnicas, ou balandraus negros.

- O Mestre Celebrante acompanhado de três Co-celebrantes assume a sua posição a Oriente ou nascente, (com uma mesa como altar dos perfumes) e os demais 3 nos outros pontos cardeais: Ocidente ou poente, Boreal ou Norte, e Sul ou Meio-dia, todos empunhando archotes apagados. Forma-se assim um pentagrama, com o Mestre-de-cerimónias, exterior ao quadrado dos pontos cardeais, inscrito no círculo dos participantes. Conjuga-se pois a geometria dos triângulos, do pentagrama, com a do quadrado e com a do círculo que os contém.

 O Mestre-de-cerimónias depois da explicação inicial, dirige a celebração com passos rituais, em esquadria, pontuados pelo bastão do archote e no sentido sinistorsum, pois no hemisfério norte, o périplo do Sol desenvolve-se da esquerda para a direita, face ao Norte magnético e os movimentos desenvolvem-se no sentido da busca do nascente.

RITUAL ABERTURA da Celebração do Solstício

(já na plataforma da cerimónia, onde está a pira de madeiros)

Notas:
1) Á chegados do cortejo dos participantes, conduzidos pelo Mestre-de-cerimónias, com o seu archote aceso, no fogo do ano anterior, estão portanto já presentes na plataforma, os 4 Mestres Celebrantes, com os archotes apagados, nos pontos cardeais, revestidos por túnicas negras, e formando um quadrado, sendo e emitida música adequada.  Anteriormente nas 3 sessões dos anos anteriores, foram emitidos  - Para o cortejo inicial, a Dança do Fogo, de Falla, a Alegria, do Cirque du Soleil, e "Ameno Dore Me", do grupo "ERA".

 2)-Durante as três viagens (de Aprendiz, de Companheiro e de Mestre): três faixas do CD "Sacrus Profanus", do grupo "Strella do Dia".

 3)-Para o cortejo de saída: "Ode an die Freude" (Ode à Alegria), último andamento da 9a.Sinfonia de Beethoven.

 O Mestre celebrante do oriente, está a nascente, com o archote apagado frente a um altar/mesa com 3 velas: vermelha, azul e verde, e 4 recipientes com sal, incenso, mirra e resina) O 2º Mestre celebrante do ocidente, a poente; O 3º Mestre celebrante a Norte, no Boreal; O 4º mestre celebrante a Sul, no Meio Dia.

 - Mestre-de-cerimónias (coloca-se entre o ocidente e o Meio Dia, constituindo o vértice da 5º ponta da estrela que compõe o pentagrama com o seu archote aceso).

 
PROCLAMAÇÃO INICIAL

Mestre de Cerimónias -Minhas Senhoras e Senhores, Meus Irmãos e meus Amigos, testemunhas e participantes!
- Eu proclamo ao Nascente, ao Norte ao Poente e no Sul, que neste final de um dos dias mais longos do Ano, e prenúncio da noite mais curta deste décimo terceiro ano do III Milénio, nos encontramos aqui, conscientes e livremente, para celebrar a Festa Solsticial de Verão, através de um Fogo de São João, ao fim de um ano de trabalhos e sementeiras, e em vésperas de colheitas, com o sentimento de partilha do dever cumprido.

 - Convido-vos pois a cada um, que queira tomar a sua vela/tocha em ambas as mãos, sempre em silêncio, e que será oportunamente alumiada, com transmissão do fogo do meu archote, para que participem neste grande círculo, por detrás dos celebrantes situados nos quatro pontos cardeais, formando um quadrado, neste pentagrama, e a distância cautelar, a fim de se evitarem incidentes.

NOTA: Os archotes dos celebrantes são sucessivamente acesos pelo Mestre-de-cerimónias, e depois os dos participantes e testemunhas.
 

I FASE DO RITUAL – FORMAÇÃO DO ANEL de FOGO

(Pausa para os participantes munidos de velas recomporem e formarem o Circulo, e que de seguida são acesas através do archote do Mestre de Cerimónias, (e dos celebrantes) uma a uma, sem que os participantes saiam dos seus lugares, formando assim um anel de fogo)


Mestre-de-cerimónias - Logo que sejam solicitados, agora que todas as testemunhas têm a chama dos seus espíritos identificadas pelo fogo que receberam, e integraram o anel de fogo da união, vamos participar ativamente em 3 fases sucessivas ao meu exemplo, e a seu tempo, quando for anunciado:

 1) Aproximarem-se do grande fogo no final, para a ele se associarem, com a vossa chama, integrando-se assim no anel de fogo exterior de São João.

2) De seguida participarem neste círculo que será transformado numa roda da vida, que girará três vezes, num simbolismo de três viagens, que cada um interpretará para si, como melhor entender!

3) Formarem integrarem uma cadeia de união, de fidelidade e solidariedade.

Agradecemos a todos a vossa presença e a vossa participação interessada!

 
II FASE DO RITUAL PROCLAMAÇÃO

 - Mestre-de-cerimónias - Proclamo agora aos quatro pontos cardeais, que com a transmissão das chamas será formado o anel de fogo interior, do círculo das testemunhas, e participantes da Festa Solsticial do Verão e do Fogo de São João deste décimo terceiro ano do terceiro milénio!

- Mestre Celebrante do Oriente - Como foi formada esta pira da Fogueira?

- Mestre Celebrante do Sul – Foi com mãos humildes que recolheram da Mãe Terra os madeiros necessários à sua formação.

-Mestre Celebrante do Ocidente - Que dimensões tem a Fogueira do Fogo de São João?

-Mestre Celebrante do Norte – tem por teto o Universo, por solo toda a Terra, o Norte, o Ocidente, o Sul e o Oriente, como paredes limitadoras, fazendo-se a entrada pelo portal onde está o Mestre-de-cerimónias, e ainda tem: Três côvados de base, Quatro côvados de altura, - Cinco côvados de diagonal

-Mestre Celebrante do Oriente - Quem a protege?

-Mestre celebrante do Norte - Uma Imensa abóbada Celeste, cheia de estrelas!

-Mestre Celebrante do Oriente - Está portanto sob proteção dos Espíritos Celestes?

 - Mestre Celebrante do Sul -Assim é, eles são os nossos verdadeiros Protetores!

- Mestre Celebrante do Ocidente - Quem a guarda?

- Mestre Celebrante do Norte - Cinco Grandes Archotes colocados à distância justa, e que figuram assim, as Cinco Pontas Sagradas da Estrela SIRIUS.

- Mestre Celebrante do Oriente - Porquê?

- Mestre Celebrante do Sul - Para que as Leis Celestes se reflitam sobre a Terra, nas Leis dos homens, afim que aquilo que está em Baixo seja como aquilo que está em Cima.

- Mestre Celebrante do Ocidente - Que assim seja, é por isso que o traçado desta Cerimónia, e segundo a Palavra transmitida, é como a abóbada celeste em todas as suas partes.

- Mestre Celebrante do Ocidente - Assim é, pois do Nascente ao Poente e do Norte ao Sul, a fim que a Humanidade receba a Paz, e que a glória dos pensamentos dos Homens permaneça em Harmonia e elevem os seus espíritos.


III FASE do RITUAL e ANELD E FOGO e ILUMINAÇÃO DAS VELAS do ALTAR

 
- Mestre Celebrante do Oriente - Que o Céu se reflita então sobre a Terra, e que assim, no horizonte do Oriente, sejamos iluminados pelo Fogo de São João.

Mestre de Cerimonias dirige-se em esquadria, no sentido idêntico ao périplo da luz solar, dextorsun saúda o Oriente cruzando o seu bastão com o archote do Oriente, e retoma pausadamente o seu lugar, e neste momento alumia o archote do Oriente ou NAcsente

Mestre Celebrante do Oriente - Mestre-de-cerimónias, saúda também os pontos cardeais como o sol percorre o arco da abóbada celeste, sucessivamente, o Sul ou Meio Dia, o Norte e o Ocidente ou poente.

- Mestre Celebrante do Norte - Que o Oriente e o Ocidente se unam, e que assim, a Boreal, no horizonte Norte, seja saudado o segundo Archote!

-Mestre de Cerimónias alumia o Norte, alumia o respetivo archote, e proclama a execução de saudação e retoma o seu lugar, e depois de chamado, pelo Celebrante do Oriente, dirige-se para Sul.

-Mestre Celebrante do Oriente – Mestre-de-cerimónias saúda agora o horizonte Sul ao Meio dia! Mestre-de-cerimónias, cumpre a ordem, alumia o archote do Sul, e proclama a sua execução, regressando ao seu lugar, sempre em silêncio e com passo em esquadria.

Mestre Celebrante do Oriente – Mestre-de-cerimónias, a fim que tudo seja perfeito do Ocidente ao Oriente, que o Céu e a Terra se unam, e que seja saudado o último Archote, no horizonte a Ocidente no Poente!

Mestre de Cerimonias dirige-se ao Poente, alumia o archote do Ocidente, e proclama o resultado da saudação dos 4 pontos cardeais, retoma o seu lugar, em silêncio e com passos de esquadria e pausadamente.

Mestre Celebrante do Oriente - Que o Globo Terrestre do Ocidente e o Oriente de Norte ao Sul se unam agora, e que assim, no horizonte, do nascente ao poente, e do norte ao sul, fique completa e visível a Estrela Sirius de cinco pontas, no firmamento celeste. Que os nossos archotes consagrados acendam o fogo dos lumes das testemunhas com o do Mestre de Cerimónias.
 
Mestre de Cerimónias - com o seu archote dirige-se ao Oriente e percorrendo o circulo pelo Norte Ocidente e Sul, com a ajuda dos respetivos celebrantes e seus archotes ilumina e ateia os lumes (velas) das testemunhas e participantes). No final proclama estar formado o ANEL DE FOGO

Mestre Celebrante do Oriente – É chegado o momento de invocarmos os votos propiciatórios das três vela no altar - Que o Mestre-de-cerimónias acenda e consagre a vela vermelha!

Mestre-de-cerimónias – Anuncio-vos que esta vela vermelha fica acesa em recordação de todos os mortos ancestrais, das famílias que nos precederam nesta terra, e sem os quais não seríamos quem somos!

Mestre Celebrante do Oriente - Que o Mestre-de-cerimónias acenda e consagre a Vela Azul!

 - Mestre Cerimónias - Anuncio-vos que esta vela Azul fica acesa em testemunho e fidelidade a todos os familiares e amigos ausentes que não podem estar aqui connosco nesta noite, mas que partilham a nossa fé no eterno retorno à Luz.

Mestre Celebrante do Oriente - Que o Mestre de Cerimonias acenda a Vela Verde!

- Mestre Cerimónias - Anuncio-vos que esta vela verde fica acesa na esperança que todas as crianças que vierem a nascer, possam perpetuar os nossos valores sob o fogo do Sol!

Mestre-de-cerimónias regressa ao seu lugar, em esquadria e pausadamente.

Mestre Celebrante do Oriente – Proponho que este simbolismo seja reconhecido por todos, e nos recorde o permanente combate diário da Luz sobre as Trevas!

Mestre Celebrante do Norte - Que esta nossa Noite não seja senão, - de Luz!

Mestre Celebrante do Oriente - No Início dos Tempos era a Lógica, e a Lógica estava perto de Deus Criador, e a Lógica era o Criador. Estava no Início próximo do Criador.

- Tudo foi feito por Ele, e nada do que foi criado foi feito sem Ele. Ele era a Vida, e a Vida era a Luz dos Homens. E a Luz iluminava as Trevas, e as Trevas não a ocultavam.

Mestre Celebrante do Norte - Que todos aqui presentes, e que nos circundam com as suas chamas, , sejam animados como nós assim estamos, de sentimentos fraternos, de união, de paz e de amor por todos os seres.

Mestre Celebrante do Sul - Que estes Lumes e Archotes Misteriosos que vão inflamar-se em breve neste Fogo, nos recordem que a Chama Espiritual que nos foi transmitida, nunca fique jamais extinta em cada um de nós!

Mestre Celebrante do Ocidente - Que os Archotes nos iluminem na realização da nossa Obra comum.

Mestre Celebrante do Oriente – Demos nós celebrantes, um passo, com o pé direito, em direção à fogueira! - Mestre-de-cerimónias, acompanha-nos para acendermos a fogueira com o fogo de São João - Que estas cinco chamas nos inflamem de solidariedade no trabalho, pois que as Leis da Harmonia que regulam o Universo nos dão um tão admirável exemplo.
 
(dirigem-se os cinco À boca da fogueira virada a Norte, e contribuem para atear o fogo)

Mestre Celebrante do Norte - Que a beleza da Luz nos acompanhe!

Mestre Celebrante do Sul - Que a harmonia da Alegria esteja nos corações!

Mestre Celebrante do Ocidente – Que a justiça reine entre os Homens

Mestre Celebrante do Oriente - Que a força da Paz, da Fidelidade, da Fraternidade e da Solidariedade reine para Sempre! E convido todos juntos, que queiram proclamar em alegria, comigo por três vezes três!

Todos: Vivat, Vivat, semper Vivat

Todos: Vivat, Vivat, semper Vivat

Todos: Vivat, Vivat, semper Vivat

 
IV FASE DO RITUAL

Atear da fogueira com os perfumes

 (Logo que as chamas se ateiem na grande fogueira):

 

- Mestre Celebrante do Oriente – Mestre-de-cerimónias, que seja lançado o incenso, a resina e a mirra.

 - Mestre-de-cerimónias assim procede (deita os perfumes pausadamente de cada um dos recipientes) e anuncia

- Deito ao fogo o incenso para perfumar a elevação dos nossos espíritos

- Deito ao fogo a mirra para agradar aos espíritos dos que nos precederem

- Deito ao fogo a resina para consagrar este momento à sabedoria e à justiça

– Mestre Celebrante do Oriente - Como desde os séculos dos séculos, desde o tempo dos santuários, o Fogo Sagrado flua perante o Senhor da Eternidade, vos digo:

- Que este Fogo, e estes perfumes olorosos purifiquem e envolvam todo o nosso ser!

- Que as nossas inteligências se desenvolvam, e que os espíritos dominem sem cessar, em nós, os impulsos materiais inferiores.

- Que as nossas alegrias sejam apenas as do SER e do ESPIRITO!

- Que a todos nós seja possível sermos tão felizes cá em Baixo, como tal seja possível ao Homem desejar lá em Cima.

Mestre de Cerimónias -Que o Fogo receba também o Sal, símbolo da amizade duradoura, e da imortalidade! (deita o sal grosso na Fogueira).

- Mestre Celebrante do Oriente - Que as chamas dancem alto, e reaqueçam os nossos corações, que as centelhas irrompam, e tragam luz às nossas almas. Que as crepitações nos despertem, Que os nossos votos e desejos se realizem, Que o fumo suba alto Em direção ao criador, No céu estrelado.

- Que as bênçãos celestes recaiam sobre todos nós!

- Mestre Celebrante do Oriente - Guardemos um minuto de silêncio para contemplarmos as chamas interiores e exteriores que nos animam.
 

V FASE DO RITUAL ANEL DE FOGO EXTERIOR


Mestre-de-cerimónias - Que agora se aproximem todos os celebrantes e testemunhas e juntem a sua chama, à de todos nós! Que depois do círculo de fogo interior que formamos pelo anel de fogo, realizemos agora o circulo de fogo exterior.

 - Que cada um venha dos seus pontos cardeais juntar o seu lume ao grande Fogo de São João, antes da bênção da evocação final concedida, para que os desejos e os votos de todas as almas sejam admitidos.

- Que se aproximem todos os participantes e testemunhas, que juntem pois a sua chama à de todos nós e que nesse momento formulem um desejo, ou um voto, ou uma promessa que esperam, seja cumprido. 
 
(Os celebrantes um a um, à exceção do Mestre de Cerimónias colocam ordeiramente os seus archotes na Fogueira, incluindo os celebrantes que apagam os seus archotes, sendo o último o Celebrante do Oriente, que além do seu archote apaga a vela vermelha, a azul e a verde, do altar)

 Mestre-de-cerimónias: - Guardemos agora mais um minuto de silêncio inspirador, para contemplarmos as chamas interiores e exteriores que nos animam.

Mestre Celebrante do Oriente - Que estas brasas, antes de desaparecerem, deixem nos nossos corações o Fogo do seu poder e da sua Força (curta pausa)


VI FASE DO RITUAL

Mestre-de-cerimónias (sempre com o archote aceso): Formemos agora a Cadeia Viva, da Roda da Vida! - Conduz a formação em circulo, de Uma Cadeia Longa (de mãos dadas) que, liderada pelo Celebrante do Oriente, como uma roda, dará três voltas sinistorsum, na busca da luz do Oriente, com epicentro na Fogueira, e com início pelo Oriente, e retorna a este lugar, depois de passar pelos outros pontos cardeais. O celebrantes já de archotes apagados tomam parte nesta cadeia de união, mantendo-se apenas imutável no altar o Mestre celebrante do Oriente.

Mestre-de-cerimónias: (que não integra a cadeia e que circulará no seu interior) - vamos todos agora iniciar as nossas três viagens da Roda da Vida!

No início da 1ª volta, o Mestre-de-cerimónias acompanha o movimento do circulo e proclama:

- Com passos pequenos, esta primeira viagem recorda-nos a fase de aprendizagem das nossas vidas. Relembra-nos a infância, hesitantes no caminho a prosseguir, em que a mão do nosso guia próximo é o conforto mínimo e em quem se pode confiar o sentido da nossa marcha pelo mundo.

No início da 2ª volta o Mestre-de-cerimónias proclama:

-Com passos mais largos, esta segunda viagem representa a nossa idade ativa do companheirismo, já podemos pelo pouco saber adquirido confiar nas mãos dos que nos precedem, ou que nos seguem em companhia, e por isso, mais confiantes, já pouco hesitámos nos nossos passos.

No início da 3ª volta, O Mestre-de-cerimónias proclama:

- Já sabemos orientar-nos ! Com passos livres, esta terceira e última viagem simboliza o grau de maturidade e mestria que podemos alcançar, os nossos passos são mais rápidos, e acham-se mais soltos e lestos, já podemos auxiliar aprendizes e companheiros, pois só se transmite o que antes se adquire!


VII FASE DO RITUAL Cadeia de união da fidelidade e Evocação Final:

Mestre-de-cerimónias - Terminada a terceira volta, a cadeia fica estática, no seu ponto de partida, referenciado ao Oriente, mantendo-se todos numa nova cadeia de união - agora, com as mãos esquerdas assentes no ombro direito da testemunha da esquerda, e com a mão direita sobre o próprio coração, em sinal de fidelidade e comunhão,  constituindo-se assim, uma corrente solidária e purificadora de energia positiva!

 - Meus Irmãos e meus Amigos, congratulemo-nos pela cerimónia ritual que cumprimos com rigor, ritual e lealmente.

-Que o símbolo das chamas que fizemos reviver, nos conduza por cada um dos dias vindouros para a Perfeição do nosso Trabalho.

-Fiquemos fortalecidos nos nossos corações pelo Amor do nosso próximo, e pelo sentimento de fidelidade no cumprimento dos nossos deveres de consciência, e dos valores espirituais universais , como nós nos devotamos ao serviço da Verdade.

 -Que as nossas futuras Festas de celebração dos Solstícios e do Fogo de São João, sejam cada vez mais afirmadas pela vossa união, e pela vontade de sermos úteis aos nossos semelhantes

- Que elas sejam para sempre um espaço de Paz, de Harmonia, de Tolerância e solidariedade fraternas, e que a Cadeia Espiritual consagrada perante o Universo neste Solstício,  e pelas  nossas mãos e corações unidos seja, a partir de agora, tão forte entre nós, que nada possa, nunca, a quebrar.

(PAUSA de Poucos instantes)

Mestre Celebrante do Oriente - Rompamos a Cadeia de União ao meu exemplo! (e exemplifica) - Acompanhem-me ao meu ritmo: desfazem a cadeia e soltam as mãos, levantam os 2 braços ao céu, e depois deixam-nos cair ao longo do corpo com uma palmada seca. Todos ao mesmo tempo ao meu exemplo!

 (depois de desfeita a cadeia, nova curta pausa, mantendo-se a formação do círculo) 
                                            
Mestre Celebrante do Oriente - A que momentos devem os fogos de São João estar findos no Solstício de verão?

Mestre Celebrante do Ocidente - É Meia-noite! O momento chegou!

Mestre Celebrante do Oriente - Porque assim é, antes de nos separarmos com ordem e harmonia, que ressoe uma última vez na noite do Solstício de Verão do XIII ano do III Milénio, o nosso triplo sinal de alegria, em honra e homenagem aos que nos precederam, aos que nos vão suceder e a todos os ausentes!

-Todos, e três vezes três!

Vivat, Vivat, semper Vivat

Todos : Vivat, Vivat, semper Vivat

Todos: Vivat, Vivat, semper Vivat (final)

 Mestre de Cerimónias – chegou o momento do último minuto de silêncio desta consagração ritual e que vamos honrar no encerramento, enviando para as estrelas do Céu a expressão das nossas centelhas luminosas em evocação dos espíritos que já se libertaram.
 
 
(segue-se 1 minuto de fogo de artificio)

 Mestre de Cerimónias: empunha o seu archote aceso, e sob a música de uma ode à alegria (de Beethoven, ou do Cirq du Soleil ou da dança do Fogo de Falla) conduz o cortejo dos Mestre Celebrantes, e Testemunhas participantes, para em coluna individual, abandonarem em silêncio a plataforma da cerimónia, e descerem para regressaram em fila e à esplanada da Nogueira Velha, do ágape, onde se generalizam a partilha dos comentários sobre a celebração realizada.