Sunday, December 26, 2010

Matrizes, Profecias, Predições e Interrogações sobre o ano de 2011 na Tertúlia do Bar do Além, 11º ano do III milénio dia 29, em Janeiro


Texto de apoio
para almoço-debate com João Fernandes,
dia 29 de Janeiro as 12h, na Tertúlia do Bar do Além
(inscrições abertas para bar.do.alem@gmail.com)


(MISSÃO DE PORTUGAL)

- Mafalda, Matilde ou Mahaut Mulher, filha ou neta de Afonso Henriques (?)
e Madrinha da Nova Europa?

Antes de entrarmos neste tema, no que tem de desconhecido mas à vista de todos, talvez por isso não exista oculto, convinha uma sensibilidade prévia para visualizarmos a complexidade de Matrizes que regem o Universo, manifestadas em todos os Reinos da nossa Natureza.

Ao nível do planeta Terra, como dizem os Textos Sagrados dos principais Credos de Fé, toda a Construção é, basicamente, quaternária. Assim desde o Paraíso Celeste (Genesis 2,10) ao coração humano, dos pontos cardeais a 2 equinócios e 2 solstícios, tudo assenta num quadrado cíclico e evolutivo, como a criança-jovem-adulto-idoso.

Da simbologia dos 4 Evangelistas aos 4 Elementos (Terra, Água, Fogo e Ar), tudo já os Antigos o diziam na Esfinge: Homem, Águia, Touro e Leão. Esta Construção básica integra-se na Matriz Universal septenária e principal, numérica e cíclica, sendo exemplos os 7 Véus Celestes ou do Tabernáculo que retinha a Arca da
Santa Aliança, como os 7 dias do Tempo ou da semana, dos ciclos das Raças ou do ser humano, no ternário de 7: infância-7 anos-puberdade-14 anos-maturidade-21 anos.

Estas matrizes estáticas complementam-se com muitas outras, periódicas e oscilantes, como as solares e lunares, emergentes delas mesmas, onde o Sol obedece ao factor 11(4+7) e a Lua ao factor 28 (4x7). Assim os picos solares simples são de 11 em 11 anos e o ciclo lunar de 28 em 28 dias, completa-se aos 28 anos e fecha-se aos 60 anos no tempo terrestre contado, como o fazem os Orientais nos seus horóscopos lunares.

Certo é que só fazemos anos no mesmo dia após 28 anos, com uma reforma aos 60 anos, de vida ou trabalho, tanto o tempo que os Reis Filipes usurparam a Coroa de Portugal, caindo por isso o seu Império com as Filipinas, sequente ao Tratado de Paris de 1898, 700 anos depois da Ordem Teutónica ter sido fundada em Jerusalém.

Nascemos com o mínimo de 7 luas (normal 9) e assim se regem as marés como a Água do ventre materno. Temos 8 ossos principais e um peso assente em 2 pés de 28 ossos.

A matriz básica quaternária gera a matriz de base 10, sendo 4=10 (4+3+2+1=10), a qual expandida por si mesma forma a matriz astral de base 40 (4x10) que rege a Manifestação Astral principal da Terra. As divisões litúrgicas mundiais assim estão estruturadas, 40 dias antes ou depois dos 2 equinócios e solstícios, como o octógono de fecho das Catedrais, em tempo: 1 e 22 de Agosto, 1 e 11 de Novembro, 1 e 11 de Fevereiro, 1 e 22 de Maio. São os 40 anos no deserto, com Moisés, os 40 dias no deserto, com Cristo, tantos os dias que vão da Sua Ressurreição à Ascensão, das Cinzas do Mundo à Páscoa. É o imaginário infantil de Ali-Bábá e os 40 Ladrões, mas também a realidade médica da quarentena ou o período da Quaresma.

Para terminar esta introdução, facilitando o que irá ser dito sobre Portugal, esta matriz integrada gravita com a sua cambiante dual solar, Arcânica Maior de 22 Elementos (11x2), como já expressava o Livro de Thot ou o Tarot de 22 Cartas, mesmo as 22 letras hebraicas, regendo-se Portugal pelo Arcano Maior 17, daí o seu maior Pico, a Serra da Estrela. Nas Ilhas, o maior Pico não deve ter nome, pois é só Pico da mesma Estrela.

Finalmente, só para situar as matrizes principais integradas, há a englobante de 12 polaridades criativas (4x3), da célula à galáxia, da matéria à anti-matéria, do ADN quaternário que é decimal (uma molécula é constituída por 1 açúcar, com 5 carbonos e 4 bases, 1+5+4=10, ou seja 4=10), composto de Adenina, Guanina, Timina e Citosina, agregadas 2 a 2, como estão os equinócios e solstícios.

O genoma humano, a engenharia genética, obedece a todas estas Matrizes, sendo o ser humano uma estrutura Arcanica de 22 cromossomas, adicionado de polaridade X ou Y, uma vida a gerar em 23x2=46, ou seja de novo 4+6=10.

Tudo o que vos acabo de dizer é uma síntese do que mais desenvolvidamente publiquei em dois livros, editados pela Editora Hugin: Portugal Iluminado e O Despertar do Ser. Vamos entrar no nosso tema: A Missão de Portugal.

Portugal é o único país do Mundo com uma independência quaternária. Assim: a Batalha de São Mamede, ocorrida em Dia de São João Baptista ( 24 de Junho), no tempo de 1128, ano do Concílio de Troyes, com a Nova Ordem Templária, onde o europeísta São Bernardo de Clairvaux tentou, sem êxito, criar uma nova
Europa. Tal sonho jaz, em arquétipo, em Tarouca, na Serra da Barrosa, guardado pela Cavalaria Celeste, aguardando então o Santo Cirita já a semente da Casa-Mãe cisterciense. Os dois países que mais apoiaram o Concílio de Troyes foram Portugal e a Grã-Bretanha, para além da França.

A Batalha de Ourique, a 25 de Julho de 1139, Dia de Sant’Iago, hoje Dia do Exército de Portugal, cujas Armas têm duplamente escrito Por Portugal e São Jorge, data da independência mística do país, discutindo-se por isso o seu local, onde o mito da visão Crística faz ordenar o primeiro Grão-Mestre da Ordem do Templo. A raiz OUR é também escrita em OURÉM, LOURDES e LOURES, último lugar este da revolta de 4/5 de Outubro de 1910, ano da morte do Rei inglês Eduardo VII, o local de Lisboa contíguo à Rotunda, onde se implantou a estátua do Marquês de Pombal, nascido a 13 de Maio, destituído em 1777 e
falecendo a 11 de Novembro de 1782.

O Tratado de 4/5 de Outubro de 1143, independência em relação à vassalagem perante Afonso VII,  passando-se à esfera de Roma, com o Papa Lúcio II, redigida pelo Cardeal Guido de Vico. O Tratado ou Consagração definitiva do Reino, com o Papa Alexandre III, a 23 de Maio de 1179, a independência religiosa das nossas Arquidioceses, um litígio de 36 anos após 1143, sendo o principal Braga-Toledo, o qual também dizia respeito às tutelas das Ordens Religiosas e Militares.

Duas Batalhas e dois Tratados são o Quadrado de Portugal, traçado por Henriques e perdido por Henrique ao fim de 17 Reis, desaparecendo o 16º Rei, D. Sebastião.

Finda a Monarquia ao fim de mais outros 17 Reis ( ao todo 34=7, tantas as semanas do tempo liturgico), desaparecendo o 33º Rei, não sendo posto em trono o Infante Afonso Henriques, mas sim D. Manuel II, um casamento de esterilidade adivinhada.

Falta um Presidente da República (o actual) para atingirmos outro ciclo, com 17 Presidentes. A quadratura perfeita de nascimento de D. Afonso Henriques, em 1111, é similar à quadratura de missão de Mendes Cabeçadas, agora com a IV República que ainda é a III por erro histórico de Salazar em 1958:

Mendes Cabeçadas, Comandante do Adamastor, em 5 de Outubro de 1910, a I República.  Mendes Cabeçadas, da Junta de 28 de Maio de 1926, a II República, iniciada com o General Gomes da Costa e acabada com a inversão de Costa Gomes. Mendes Cabeçadas, da Junta de 10 de Abril de 1946, do que seria a III República, de novo falhada em 1958, com Humberto Delgado, assassinado 7 anos depois. Mendes Cabeçadas, ex CEMGFA(....)

A República Portuguesa nasce com o ano do Cometa que assustou o Mundo, começando a nova Europa com Halley de novo, após 1986. Mas a Exposição de Paris de 1910 trouxe a Mensagem da Ciência ao Mundo, sendo disso expressão o nome do cientista português Ventura Terra que lá esteve com Raul Lino.

 A República de 4/5 de Outubro de 1910, ano da morte do Rei Eduardo VII, sendo a mesma Matriz de 4/5
de Outubro de 1143, está ligada à Matriz mais pura da Terra : a cidade mítica da nova Jerusalém Celeste. Caiu a Jerusalém Terrestre a 4/5 de Outubro de 1187, às mãos de Saladino, uma matriz menor de 10 anos após a nossa independência religiosa de 1179.

Esta Matriz Espiritual é a mais solta e a mais repetida, posta à disposição dos governantes que a não cumprem, por ser a mais difícil de conduzir. Assim foi com Péricles, Alexandre, Aníbal, Júlio César e Augusto, Clóvis, Carlos Magno, Otão I e III, Carlos V, Napoleão, Hitler, a bipolaridade EUA-URSS, sonhos de um Planeta unido. Apenas Portugal, de 1415 até 1515, de D. Nuno Álvares Pereira a Afonso de
Albuquerque, teve 100 anos de globalização espiritual dos Povos, graças à raiz do primeiro europeísta do milénio: São Bernardo de Clairveaux.

D. Manuel I destruiu todo este edifício, antes já ameaçado com o gestor dos Descobrimentos Fernão Gomes, um mercantilista feroz expulso por D. João II. Este Rei chamou cientistas e Cavaleiros estrangeiros, aqui destacando alemães e judeus, como antes destacaria árabes e genoveses, tudo numa raiz de talassocracia cretense, herdeira da civilização egípcia. Portugal mantêm a Estátua de Afonso de Albuquerque em frente ao Palácio de Belém, o nome da cidade do Médio Oriente, da Mensagem Crística. O desastre do reinado de D. Manuel I é a queda da Monarquia com D. Manuel II, duas Cortes de corrupção e insanidade espiritual.

A Inglaterra, país aliado de Portugal, vai herdar o testemunho desta missão, face à extinção formal da Ordem de Cristo em Portugal, mas até hoje traiu essa missão, talvez porque os seus Iniciados constituíssem o Império à sua glória. Esta missão já tinha vindo de Inglaterra, ao salvarmos o Trono de Ricardo II (1377-1399) e que recuava ao lendário Rei Artur de 460, selando-se este Pacto da Matriz Mundial do Santo Graal
com D. Filipa de Lencastre (1360-1415), filha de João Gand (Duque de Lencastre), descendente de Henrique II (1133-1189), o Rei “gémeo” de D. Afonso Henriques.

Tão forte é esta ligação mística da Nova Europa, selada por D. Filipa, tentada usurpar pelos Reis Filipes de Espanha, que esta Rainha morre com a expansão de 1415 e o seu marido, D. João I morre 300 anos depois do nascimento de Henrique II, como o Infante D. Henrique morre 1000 anos depois do nascimento do Rei Artur do mito da Távola Redonda, ou Round Table. Os Descobrimentos com os últimos Cavaleiros de D. João II, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral e Afonso de Albuquerque, todos ostracisados por D. Manuel I, morrendo Albuquerque ( 15/12/1515) 300 anos depois de João II de Inglaterra (1199-1216), filho de Henrique II.

Porque o Pacto da Matriz foi selado pela Rainha D. Filipa, inglesa, as CHAVES desta missão da Nova Europa, só estiveram na mão de 3 Rainhas inglesas: Isabel I, Victória e Isabel II. Falharam, podendo Isabel II ainda rectificar o erro. Os judeus que auxiliaram Portugal são expulsos com D. Manuel I, ignorando-se os avisos da Ordem de Cristo, rumando para os dois países do Elemento Água: Inglaterra e Holanda (ou Flandres), aonde a sua Comunidade já estava implantada, ignorando ainda hoje a Comunidade Judaica a nossa missão, não por intencionalidade decerto, mas porque a Matriz inversa assim o determina, uma luta de Energias que os Orientais já designavam de Tamas e Rajas, Segredo Essénio e do Templo de Petra guardado em Portugal.

O primeiro aviso desta missão, transmutada de Portugal, foi o nascimento de Isabel I, 100 anos após a morte de D. João I ( 14 de Agosto de 1433 ), violando os ingleses os nossos antigos Tratados, mesmo depois de Sir Francis Drake navegar com a ciência náutica portuguesa, até mesmo com a disponibilidade de D. António Prior do Crato. O segundo aviso a Victória, apesar da origem do nosso Hino actual, foi o renegociar do Tratado de Windsor a 4 de Outubro de 1899. O seu Jubileu, de 50 anos de Reinado, não incluiu nenhum Rei ou Chefe de Estado da Europa e do Mundo, apenas se restringia ao Império Britânico. Com Isabel II, como com Isabel I, é de novo D. João I que está o aviso da sua missão: chega a Portugal em 1957, 600 anos depois do nascimento deste  Rei, recebida, pelo Mar, no Cais das Colunas Místicas do Terreiro do Paço.

O grande mentor inglês da nova Ordem Mundial, Cecil John Rhodes (1853-1902), em aliança com o poder financeiro de judeus, no tempo da rainha Victória, decerto não conhecia a profecia da Ordem do Tosão de Ouro, instituída por D. João I quando casou a sua filha com o Duque da Borgonha. Trouxe má sorte à França, à Áustria, à Espanha e de novo à França, com Napoleão, julgando este que a Ordem “ Des Trois Tésons D’Or “ salvaria o seu Império. Mas o positivo de Rhodes é que o mito anglo-judaico do séc. XIX não deixa de ser Templário, como o ancestral do Rei Artur, e assim luta-se hoje à volta da “Round Table”, americo-anglo-judaica, mas sem a vertente de uma nova Jerusalém Celeste, porque a Matriz está contra o lema Templário: Não à nossa glória, Senhor. Alguns escritores já forçam de tal modo o erro que tentam fazer crer uma descendência europeia anglo-saxónica.

Em contrário também o Mundo foi avisado com a morte da Princesa Diana, tão Deusa grega como a Deusa Europa. Morreu no Túnel da Alma (palavra portuguesa), em França, com a união árabe no ventre. A sua morte ocorre a 31 de Agosto de 1997, contra o 13º pilar do Túnel. Madre Teresa de Calcutá, dos Balcãs, espera-a, e tem o seu funeral, também após o 7º Dia, em 12 de Setembro.

A profecia da Ordem do Tosão de Ouro foi selada, no mesmo ano de 1431, com a morte de dois Condestáveis: D. Nuno Álvares Pereira e Joana D’ Arc. Falta cumprir a União da Europa com o Islão, em conjunto com Israel. A Dama do Mundo, eleita em Londres em 2002, é da Turquia de Bizâncio.

Como reage esta Matriz no séc. XX ?:  A paz mundial até 1913 deriva de Ourique de 1139 ( números iguais). Áustria do Tosão de Ouro é causa próxima. Os Balcãs, em Serajevo, o rastilho. A plenitude da I Guerra é o afundamento do paquete “Lusitânia”. Termina a Guerra com a beatificação de D. Nuno Álvares Pereira em 1918. Os EUA ainda não entenderam que o Dia da sua Independência ( 4 de Julho ) é o Dia de Santa Isabel de Portugal, a Rainha que lavra a Ordem de Cristo por Bula Papal de João XXII de 1319 (o mesmo número de Ourique).

A paz mundial acaba de novo em 1939, 800 anos após Ourique, traçado-se depois o devir da Guerra, em estratégia, a bordo de um cruzador no Atlântico, entre Roosevelt-Churchill, a 14 de Agosto de 1941. Pearl Harbour é o tempo de 8 de Dezembro de 1941 ( ataque no dia anterior ), Dia da Padroeira de Portugal, cujo Padroeiro Secundário, Santo António, é elevado a Doutor da Igreja em 1945. Face às bombas atómicas de Hiroxima e Nagasaqui o Japão rende-se a 14 de Agosto de 1945.

São estas as “Torres de Nova York”, de 11 de Setembro de 2001, construídas por um arquitecto japonês. Em 1945 o ataque atómico chamava-se Projecto Manhattan. Ocorre o 11 de Setembro de 1973, no Chile, 28 anos depois de 1945 ( um ciclo da lua ) e de novo 28 depois de 1973 a tragédia de Manhattan.

A nova Guerra Fria de 1949 e as novas Guerras de África derivam da mesma matriz da Revolução Francesa, face às bombas atómicas de 1945, ano também do V Congresso Pan-Africano de N’ Krumah. De 14 de Julho de 1789, tomada da Bastilha, a 14 de Julho de 1949, lançamento da bomba atómica russa,
ão 160 anos, uma quadratura multiplicativa decimal (4x4x10).

O fim anunciado de uma paz mundial, de conflitos regionais e lutas por independências, surge com o maior eclipse solar do séc. XX, a 30 de Julho de 1973, com 380 segundos (3+8=11). É o fim do Império de Portugal terreno, com o decreto de Maio da ONU em Estocolmo e a independência da Guiné Portuguesa a 24 de Setembro, neste ano.

A restante matriz é o SEGREDO DE FÁTIMA, no que respeita à Mensagem Mariana e de Cristo-Rei Solar. Fátima, no triângulo Ourém-Tomar-Fátima, em 1917, é o ponto equidistante de 108 anos entre a Europa da França de 1809 e a nova Europa de 2025 se correctamente construída até 2014. Aqui importa recordar que Matriz Sagrada é esta.

Há muitos milhares de anos que as religiões do Oriente veneram este número. Os cristãos, na sua liturgia, o contam desde o Entrudo até ao Dia do Corpo de Deus. Encurtando 11 dias é o Domingo do Espírito Santo. Encurtando 11 anos a 2025 é 2014. Mas se 2004, em dia 1ºde Maio, se pretende um alargamento da Europa a 25 países é bom recordar que são 20x10 anos sobre a Coroação de Napoleão, em 1804. São 10x10 anos sobre a Entente Cordial de 1904 que em 2004 se deveria estender à Turquia, mesmo que não haja ainda adesão formal, uma forma de rectificar a Matriz de 1453, o fim da Idade Média, o fim de Constantinopla ( hoje Istambul ) e do Império Bizantino.

Isto Foi discutido a 12/13 de Dezembro de 2002, na Cimeira de Copenhaga, onde a sua Ilha de Gotland, não deixa de ser a ilha de Avallon do Rei Artur, a Ilha da Rosa Branca ou Graciosa dos Açores, a ilha imaginária de São Brandão ou a simbólica do túmulo da Princesa Diana.

Se Portugal for traído por qualquer país ou figura, como o fez a França e o General Gomes Freire de Andrade, então em 2007, 200 anos após se querer partir o país como no Tratado de Fontainebleau de 1807, forte sismo abalará a Europa, cuja advertência já foi feita em dia 1 de Novembro de 2002, a partir do vulcão Etna de Roma.

Este dia do novo Ano Celta, como o foi em 1755, obedece a uma Matriz que jamais será revelada ao Mundo, mas foi a maior punição ao Reinado de D. José I e ao mais negro membro da Franco Maçonaria Mundial: Marquês de Pombal. Foi um apogeu perdido ao 25º Rei, como apogeu tinha sido ao 11º Rei. O ano de 1755 são 300 anos após o nascimento de D. João II, com a mesma numerologia de 1557, ano da morte de D. João III, o Rei da Inquisição e o carrasco da Ordem de Cristo. Tão amaldiçoada está a estátua
de D. José I que nem o seu obreiro à inauguração assistiu. A sua bengala originou o roubo das jóias portuguesas, em exposição na Holanda, ocorrida a 1 de Dezembro de 2002. Se eu soubesse que Portugal tinha tal ideia tudo teria feito para evitar este roubo, mas os nossos diamantes trarão tanta desgraça, a quem com eles ficar, que melhor seria devolvê-los a Portugal. A “maldição” de um diamante não é só ficção.

Dizia-se que a loucura da sua filha ( D. Maria I ) teve nexo causal com as visões de ver o seu pai a arder em chamas, responsável por todos os autos-de-fé políticos do Conde de Oeiras, saídos do pseudo atentado do Rei em 1758, chacinando-se famílias ricas e nobres para o absolutismo do Marquês. Em 1958, 200 anos depois, o absolutismo de Oliveira Salazar, ao impedir verdadeiras eleições livres, iria provocar-lhe, 10 anos
depois, uma queda misteriosa cuja morte só ocorre 2 anos depois (1968-1970), o mesmo período de loucura de D. Maria I (1786-1788). Mas pior ficou o local da estátua do seu pai e toda a Baixa Pombalina quando violaram todo o Traçado Iniciático do Cais das Colunas, com o Metro do Terreiro do Paço, destruindo-se o equilíbrio das Águas.

Jamais mexa o ser humano no que está construído em geometria sagrada, como o Aqueduto das Águas Livres, do Brigadeiro Mendes da Maia, o nome do Cavaleiro Principal de D. Afonso Henriques. Jamais as Ordens Iniciáticas escolham líderes que nada percebem de Matrizes Celestes. Esta mesma maldição abateu-se até hoje sobre toda a Franco Maçonaria Portuguesa, iniciada numa raiz diferente da Matriz de Portugal, em 1802 (há 200 anos), sendo o 1ºGrão-Mestre um descendente do Marquês de Pombal : Sebastião José de Sampaio Mello e Castro Lusignan.

Bastar-se-á dizer que no séc. XIX existiram 17 (matriz portuguesa) polaridades de Maçonaria e 1 Grande Priorado na Ilha da Madeira, tal a desunião entre os seus Membros. Em 1991 outra sua dissidência cria uma nova esperança, a Franco Maçonaria Regular. Era seu Arquétipo Mestre Afonso Domingues. Hoje o seu Arquétipo é General Gomes Freire de Andrade, uma má decisão para quem é filho do homem que substituiu o Marquês de Pombal, na Áustria. A Matriz inglesa matá-lo-ia, não pelo que a História conta, mas por ele seguir Napoleão do Tratado de Fontainebleau. De tal modo o ano de 1758 e Napoleão afectaram a Europa que a Matriz de França reage com as Aparições Marianas de Lourdes, em 1858, um Santuário destinado a Iluminar a Justiça e a Força.

E estes exemplos servem para explicar o Primeiro Decreto de D. João IV sobre a Ciência Iniciática de Portugal, a Sala do Risco, a 13 de Maio, data de nascimento do Marquês de Pombal que ele não sentiu por não ser um Iniciado, mas Lisboa reconstruída teve a ajuda de Cavaleiros germânicos, como Carlos Mardel e de igual modo os Exércitos foram levantados pelo Conde De Lippe. Este 13 de Maio de D. João IV , que coloca Portugal sob a protecção da Virgem Maria, ou Notre Dame (1646) é também hoje o Dia do Comando de Instrução dos Exércitos de Portugal.

Tinha acordado a Matriz, acesa pelo Padre António Vieira. Este Rei e Vieira ( símbolo de Sant’Iago) deixaram a semente da Nova Jerusalém Celeste e foi por isso que a Matriz reagiu ao elevar aos Céus David Ben Gurion a 1 de Dezembro de 1973, ele que tinha nascido no ano do Mapa Cor-de-Rosa, 84 anos antes. O 1º Presidente de Israel, David, ao morrer, exactamente 333 anos depois de 1640, deixou-nos a Mensagem do Messias que virá de novo.

Portugal e Espanha erraram e erram por hegemonias da Península Ibérica. A não percepção da Matriz leva os dois países a construir Mafra e o Escorial, à mesma distância das suas capitais. O novo Templo do Mundo não será de pedra, mas de Fogo e Ar, expandido de Portugal pelo Triângulo Místico de OURÉM-
TOMAR-FÁTIMA, cuja CHAVE está no Atlântico.

José Saramago foi uma marioneta da Matriz ao escrever a Jangada de Pedra. Saibam a Inglaterra e Espanha respeitar o maior Pacto do Mundo feito entre o Duque de Lencastre e D. João I e entre D. João IV e Carlos II. Salvou Portugal a Monarquia inglesa, e esta a Monarquia portuguesa no reinado de D. João VI, mas Espanha não salvou a Monarquia portuguesa em 1580 ( por isso caiu a Sala do Convento de Cristo, em Tomar, onde Filipe II se fez aclamar Rei de Portugal ), aliás uma resposta justa à ambição primeira de D. Afonso V que hoje devia estar já eliminada face à Mensagem de estabilidade de 1666 ( a Guerra da Restauração é a mais grave violação da Matriz de Fátima, durando um tempo de 25 anos-1640-1665-Batalha dos Montes Claros), que não deixou de ser o ano do maior incêndio da Europa do séc. XVII (17) : a cidade de Londres.

Em 2002, o Secretário Geral da NATO na última Cimeira de Praga, sem culpa, mas agente inconsciente do poder da Matriz, esqueceu-se do Primeiro Ministro de Portugal, logo pedindo desculpa. Foi o dia do afundamento do petroleiro “Prestige” ao largo de Finisterra, o Cabo do Deus Lug, a Província de Lugo, a Torre Gémea de Sagres que os Romanos chamavam de Cabo Sacrum. Portugal e Espanha devem andar de mãos dadas, mas a Cabeça da Europa, como a nossa humana, tem 7 orifícios. Eram os Reinos de Portugal e dos Algarves que Afonso X, o Sábio, conhecia, por isso fez o Diploma de Badajoz, rectificado 30 anos depois, a 11 de Setembro de 1297, assinado no dia seguinte a 12, em Alcanises, os de Leão, Aragão, Castela, Navarra e Andaluzia.

Violar a Matriz do Tempo a 11 de Setembro ou de Alcanises é como atacar uma Porta Astral da Árvore da Vida. Esta reacção é complexa, e para ser rectificada custou ao actual Rei de Espanha um preço elevado: a vida do seu irmão. Mas para além de a nova Monarquia renascer com este preço, no mito de Caim e Abel, Rómulo e Rémulo ou Castor e Polux, e o seu nome ser João e Carlos, a esperança veio com os Primeiros Ministros de mesmo nome Soares, Mário e Adolfo.

Para apaziguar a Matriz, se ninguém a violar jamais, falta restituir a Portugal os restos mortais de D. Sancho II que estão em Toledo, uma luta real de irmãos, um mito de lealdade e um erro de D. Afonso III que veio a afectar todos os Reis de nome Afonso:

- D. Afonso IV pega em armas contra o pai por causa do irmão bastardo D.Afonso Sanches, envolvendo depois Castela nesta luta. É também o responsável pela tragédia de Inês de Castro.

- D. Afonso V, com a ideia de anexar Castela, perverte toda a sua descendência provocando que o seu irmão D. Fernando seja o pai de D. Manuel I.

- D. Afonso VI, Rei por morte prematura de seu irmão D. Teodósio, é outro seu irmão D. Pedro II a guiar Portugal. A Matriz de Alcanises, depois da sua prisão em Sintra, a Serra da Lua, dita-lhe a morte a 12 de Setembro de 1683. Era o 22º Rei, o Arcano MAT, o Louco e foi preso. Após mais 22/Reis/Presidentes é preso o Almirante Américo Tomás.

Se hoje houvesse Monarquia um D. Afonso VII seria sempre desaconselhável, sem estarem os restos mortais de D. Sancho II em Portugal ou o seu túmulo, em Alcobaça. Mas se alguém não acreditar em 1 de Dezembro, como uma das Matrizes, sem olhar a data como Monarquia ou República, bastará pensar neste dia. a Inquisição, no Rossio, hoje Teatro D. Maria II. O Teatro de Portugal precisa é de mudar a sua sede.
O Fogo de Edinburgo (8/12/2002, dia da Mãe), é da Mãe Gea-Eleusis-Terra, de aviso à Humanidade, gerado em noite de Trevas, varrendo toda a doença moral da Sociedade, sendo por isso o Dia 1º de Dezembro o Dia Mundial de Luta contra a SIDA( ....)

Se a Europa se unir, não expurgando a praga do séc. XX e XXI, identificada nos EUA em 1980 ( 200 anos sobre a Casa Pia de mendigos, só mais tarde de órfãos) e 3 anos depois isolando-se o seu vírus em França, os 25 países de 2004 terão mais mendigos e desempregados que a proporção do relatório da ONU de 1 de Dezembro de 2002, ao que julgo lançado com o Presidente de Portugal na Grécia. Que a Round Table, através do Grupo Bildenberg, com a presença da Presidência Grega, faça, o mais rapidamente possível, agregando o G-8, uma reunião para uma estratégia de combate ao falhanço do sistema financeiro e económico mundiais.

A missão de Portugal não é, como nunca foi, de liderança mundial, sim um sopro vital aos novos rumos da História, deixando aos outros povos o devir, sempre acção-reacção do passado, porque o futuro é construído no presente face aos erros cometidos por governantes e governados.

As Matrizes do Mundo são um software programado ao qual só um engenheiro de sistemas tem acesso. Felizmente que o livre arbítrio é aparente, face à Lei Cósmica de o Universo não admitir o erro. Quanto maior é o erro mais violenta é a reacção ao mesmo, podendo mesmo intervir Energias de outros Planos que
tendo polaridades neutrais sobrecarregam todos os Elementos e os Ciclos da Natureza, ao nosso nível. Teria dito o Comandante do Titanic “ que nem Deus conseguiria afundar este barco”. Ninguém no nosso planeta deverá dizer que a sua capital é a Capital do Mundo.

Aconselho toda a leitura do Cap.12 do Profeta Daniel, designado O tempo do fim.


Apenas vos lerei um extracto desta matriz de 12 Capítulos:
“ Nesse tempo, aparecerá o poderoso anjo Miguel, que protege o teu povo. Haverá um tempo de angústia, como nunca houve desde que existem nações. Quando vier esse tempo, os habitantes do teu povo, cujos nomes estiverem escritos no livro de Deus, serão salvos...E agora, Daniel, fecha o livro e sela-o até ao tempo final...Felizes daqueles que permanecerem fiéis até que terminem os mil trezentos e trinta e cinco dias !...(1335).

Não entrarei em revelações quanto a Numerologia Sagrada, mesmo porque estas Chaves não obedecem ao nosso tempo calendarizado e podem-se manifestar mais de uma vez, em ciclos. O que vos vou dizer tem nexo com uma das Matrizes de Fátima:

- O novo caminho da Alemanha Federal foi levantado a 8 de Maio de 1949, Dia do Arcanjo São Miguel, criando-se a Alemanha de Leste a 7 de Outubro de 1949, tendo em vista a sua futura união. A matriz lunar reagiu à desunião e destruiu o Muro de Berlim após 28 anos: 1961 a 1989.

- De igual modo o Dia do Arcanjo São Miguel tinha sido ajustado ao Estado de Israel, criado a 6 de Maio de 1948, mas a teimosia israelo-árabe resulta em guerra 50 anos após Fátima: a Guerra dos 6 dias de 1967. Passados 28 anos (ciclo lunar) para uma paz de Abraão, assinada 2 anos antes, Itzhak Rabin é assassinado por um extremista judeu, em 1995.

- A estação de St. Michel (São Miguel), em Paris, foi,  o palco principal do extremismo islâmico, com 7 mortos e 84 feridos. A Matriz alastra no Mundo, do metro do Japão (12 mortos e 5000 intoxicações) ao edifício federal de Oklahoma, nos EUA (168 mortos e 500 feridos). Da Inglaterra partirá o surto da BSE. Para anular um erro, revelada que seja a ajuda, como hoje aqui o faço, são precisos 10 anos mínimos. Em
2003, os acordos do Campo de David, nos EUA, devem ser iniciados em Fátima e terminarem no Monte St. Michel, em França, até 2005.

- Tudo o que o mito de Fátima dizia sobre o perigo do comunismo mundial não era um perigo porque estava regulada a sua queda, se a doutrina não se adaptasse à espiritualidade do ser humano. Assim:  Os 74 anos que vão da Revolução Russa de 1917, ano de Fátima, até à queda formal da URSS em 1991, não deixa de ser um ciclo lunar de 60 anos de expansão desde 1922 (designação URSS) até à eleição de Mikhail ( ou Miguel ) Gorbachov em 1985, cujo encontro com Ronald Reagan se dá a 8 de Dezembro. Hoje Portugal tem a maior imigração vinda dos países da ex-URSS.

- A III Guerra Mundial foi salva por John Kennedy. Para isso nasceu em 1917 de Fátima, ano da Revolução Russa. A guerra anunciada dos EUA ao Iraque só poderá ser neutralizada com a intervenção de Portugal.(...) Tudo é trifásico e assenta na acção-repouso-reacção. O que provoca mais instabilidade é o erro intencional do ser humano que leva a que as Matrizes, muitas vezes com o braço armado da Natureza , reajam de forma violenta, em ciclos ou retardadamente, sendo conhecido o lema Deus escreve direito por linhas tortas.

Vejamos um exemplo tirado das Centúrias de Nostradamus. Dizia-se que o Mundo acabava em 1999. Este foi um ano curioso:

- 50 anos da NATO, 50 do Conselho da Europa , 50 anos da China, 50 anos da bomba atómica da Rússia, onde 50 Nações, 5 anos antes tinham criado uma ONU.

- Associava ele 1999 a Portugal porque o devir da Europa assenta na Matriz Lusa da Árvore da Vida, com 50 Portas, mas decerto ele desconhecia que Jorge Sampaio é o 50º Ocupante do Trono de Portugal e que António de Oliveira Guterres fazia 50 anos.

- Em 1999 a Bandeira de Portugal ( antípoda da Nova Zelândia ) é colocada no Topo do Mundo, por João Garcia. Portugal perdia todo o seu Império geográfico e começava outro. É este outro que se quer dar ao Mundo, nem que para isso tenham que rebentar todos os escândalos portugueses de uma sociedade doente,
com processos por julgar e outros propositadamente prescritos, com agressões à Natureza por sanar, com censuras de pensamento por eliminar, em suma toda uma corrupção Ética e Moral que nada tem a ver com política, religião ou estrato social, antes tudo atravessando, a nível mundial. Se olharmos a Matriz 17, da Estrela, o ciclo histórico português era assim com D. Sebastião/Cardeal D. Henrique, com D. Carlos I/D. Manuel II. Mas tudo pode ser remediado, pois os pilares sãos de Portugal e do Mundo estão ainda fortes para construir uma sã Nova Ordem Mundial, sem vanguardismos, tanto mais que falta um cimento filosófico-económico na diversidade dos Povos.(....)

João Manuel S. S. Fernandes (*)
(*) Coronel do Exército português, de 53 anos de idade, casado, natural de Lisboa, é autor de 2 livros publicados pela Editora Hugin, Portugal Iluminado e O Despertar do Ser , lançados nos finais dos anos 90.
Tem participado em vários programas de rádio e televisão sobre a análise dos tempos, sendo autor de uma ideia-projecto para Portugal, vinda a público nos OCS em Novembro de 1975, designada Batalhões de
Desenvolvimento, ajustada à época. Participou nas investigações associadas ao assassinato do General
Humberto Delgado, em 1976/1978, colocando depois a sua experiência profissional no Caso de Camarate, para além de a Editorial Notícias ter já publicado os Livros de Actas com as suas intervenções, complexas,
em Congressos sobre a Guerra Colonial, organizados pela Universidade Aberta.



Tuesday, December 14, 2010

BAR DO ALEM e ALENQUER CAMPING DESEJAM BOAS FESTAS 2010/2011 e APRESENTAM PROGRAMA DA TERTÚLIA

Boas Festas 2010/2011

PROGRAMA CONFIRMADO
1º semestre de 2011

Sábado, 12h, 29 de Janeiro: Joao Fernandes - Previsões e profecias para 2011
Sábado, 12h, 19 de Fevereiro: Pedro Rangel - O Rito Memphis Misraim
Sábado, 12h, 19 de Março: Carmen Lara - Imaginário Maçónico visto pelo profano
Sábado, 12h, 16 de Abril: Paulo Brandão - AMORC - Ordem Rosa Cruz
Sábado, 12h, 21 de Maio: Regina Mitra - Hipnose e regressão, mitos e verdades
Sábado,  20h, 25 de Junho- Cerimónia Ritual de celebração do solsticio de verão

Nota:Há possibilidade de alojamento em bungalows, caravanas, e com autocaravanas com preços espciais nos fins de semana para os participantes nas Tertúlias do Bar do Além,

Saturday, December 04, 2010

Presidente da CM de Alenquer preside à ultima tertúlia de 2010, e ao almoço debate do Bar do Além sobre Segredos do Vaticano

O Bar do Além retomou a sua decoração tradicional
de simbolismo cósmico e humanista 
Jorge Riso, Presidente da CM de Alenquer
ao lado do Orador Luis Rocha na Ultima Tertúlia de 2010
 Assistencia atenta e atomar notas com afinco...
No Bar do Além ouviram-se Misterios e Segredos do Vaticano

Presidente da CM de Alenquer, Jorge Riso, presidiu igualmente
ao almoço debate no Alenquer Camping a 4de Dezembro depois
da Tertúlia Cultural do Bar do Além
Presidente da CMA entrega medalha ao Luis Rocha
na presença do secretário e moderador da tertúlia)

Wednesday, December 01, 2010

Bar do Além renovou a sua decoração simbólica e exotérica a partir de 1 de Dezembro de 2010


 Por cima da lareira Merlin ilumina os que chegam ao Bar do Além
estando do lado direito os sofás do recanto de leitura Bookcrossing
Aspecto do balcão do Bar com a Mão do Homem que sustenta o Universo,
ao findo as portas dos céus, encimada por um quadro de Carlos Dugos
(O raio em forma de compasso, entre montanhas emesquadro, que transforma a pedra em homem)
na parede, ao fundo brazões dos Grão-Mestres da Ordem de Malta
ângulo do Bar,ao fundo um pano simbolo da abóbada celeste
Em cima do Balcão a Mão do Homem,
e na parede um espelho gótico evocativo dos Mestres construtores de catedrais,
tendo ao lado  um eclipse do Sol sob a Lua, evidenciado a vesica piscis.

recanto de leitura do Bar do Além,
com a estante do Bookcrossing para permuta gratuita de livros

Wednesday, November 24, 2010

Tertúlia do Bar do Além adere ao BOOKCROSSING e cria uma Droping Zone em Alenquer


Nós gostamos de Livros...
Perca Livros de propósito...e encontre Livros por acaso!

O Bar do Além gosta de Livros, e dos seus autores. Várias foram já as sessões da Tertulia com autores de livros que animaram os nossos membros. Agora foi criado um ponto de largada e recepção de livros no sistema bookcrossing com efeitos a partir de 1 de Dezembro. Interessados podem contactar a responsável Helena Reynaud pelo mail camping@dosdin.pt ou pelo telefone 934289375.

(Bookshelf em bardialem)

Saturday, November 20, 2010

Como correu a Tertúlia com Teresa Mota e o Milagre das Rosas? julgue cada um pelas fotos e texto

 Dra Teresa Gomes Mota:
Milagre? Lenda? expediente?
O Milagre das Rosas, Isabel de Aragão e a Vila Presépio


Teresa Gomes Mota

Muito bom dia, começo por cumprimentar o Prof. Doutor Luís Nandim de Carvalho e a sua família pela oportunidade e privilégio de participar neste encontro da prestigiada Tertúlia do Bar do Além, e também pelas suas gentis palavras de apresentação.

A todos os presentes os meus agradecimentos pela presença e disponibilidade para ouvirem, durante os próximos minutos, uma pessoa que não é especialista de história, nem de esoterismo, nem de espiritualidade, nem de filosofia… Não professo nenhuma religião, nem partido político, nem quero converter ninguém…

O meu interesse pelo Milagre das Rosas começou na escola, na aula de história sobre o rei D. Dinis (1261 - 1325). E, à semelhança de muitos dos portugueses, manteve-se adormecido no meu subconsciente até há poucos anos, altura em que me comecei a interessar pela vida de Isabel de Aragão, o que conduziu a uma grande transformação na minha vida.

É um pouco dos conhecimentos que adquiri nesta fase, e que ficaram registados num livro que publiquei recentemente “Alma de Isabel - de Aragão ao Chiado”, que venho aqui partilhar convosco. E obviamente esperando que o vosso retorno, como especialistas em assuntos do Além, me alargue os horizontes.

É muito interessante estudar os dados históricos que sustentam a ligação que existe entre a Rainha Santa Isabel (1269?-1336) e vila de Alenquer que teve seu foral em 1212.

Vamos então recuar no tempo, para o século XIII, em que a princesa Isabel de Aragão, então com cerca de 12 anos, casava com o rei de Portugal, D. Dinis (19 anos de idade) e recebia deste em doação pronuptia uma série de vilas e castelos, entre os quais, não consta a vila de Alenquer.

Nesta época era comum as rainhas terem os seus bens e as suas rendas, com as quais sustentavam a sua Casa, e viviam uma vida relativamente independente.

Alenquer figura no primeiro testamento de D. Sancho I a favor de sua mulher D. Dulce de Aragão (1160-1198). Por morte prematura de D. Dulce aos 38 anos de idade, D. Sancho I, em novo testamento, deixa Alenquer à sua segunda filha, D. Sancha (1180-1229), que atribui o primeiro foral a esta vila em 1212. Em 1219 D. Sancha acolheu em Alenquer a primeira missão evangelizadora de frades franciscanos com destino a Marrocos (onde viriam a ser assassinados – ficando conhecidos como os “Mártires de Marrocos”) e pouco tempo depois, em 1222, cedeu o Paço Real para o estabelecimento do primeiro convento franciscano em Portugal - o Convento de S. Francisco de Alenquer. É também aqui que D. Sancha, que mais tarde viria a ser beatificada e conhecida como Rainha Santa Sancha, cria um albergue para doentes pobres e peregrinos.

Posteriormente Alenquer foi doada por D. Afonso III (1210-1279) em casamento a sua segunda mulher D. Beatriz de Gusmão e Castela (1242-1303), mãe de D. Dinis.

Em 1279, já como rainha regente, D. Beatriz, como ficou registado em carta, toma em sua guarda e defesa esta albergaria do Espírito Santo de Alenquer. E em 1290 inicia a construção da igreja do convento, obra que só será terminada depois da sua morte, em 1305 pelo seu filho D. Dinis.

Isabel de Aragão por sua vez também constrói em Alenquer a Igreja do Espírito Santo, nas margens do rio Alenquer, que foi recentemente (2007) reabilitada.
O Bar do Além atento
e a tomar notas hsitóricas da importância de São Francisco
e do Culto do Espirito Santo

Em 1321 concede o “Principio e fundamento da Casa do Spritto Santo”, primeiro compromisso desta confraria, uma das primeiras Confrarias do Espírito Santo em Portugal.

Todas estas circunstâncias ao longo de várias décadas desde o início da nacionalidade dão um cunho a Alenquer de uma Vila de Rainhas, tradição que se vai prolongar por outros reinados.

Mas porque estava D. Isabel em Alenquer e aí empreendia obras, uma vila que não lhe pertencia?

D. Isabel de Aragão veio para esta vila num exílio forçado, ordenado pelo seu marido, ficando impedida de viajar e privada de todas as suas rendas. Isto terá acontecido no final de 1320 sob acusação de favorecer o filho de ambos e pretendente ao trono, D. Afonso IV em luta contra o pai, D. Dinis. Não conhecemos as razões que presidiram à escolha de Alenquer para o exílio, para o convento de S. Francisco.

Foi um episódio seguramente humilhante para uma rainha, na altura com cerca de 51 anos de idade, mas que não despertou nela raiva ou revolta, antes tristeza pela interpretação dada por seu marido aos factos ocorridos.

Em Alenquer escreve a rainha uma carta dirigida ao seu querido irmão D. Jaime, Rei de Aragão, justificando e pedindo a sua intercessão para resolver o conflito:

“Que Deus vos recompense pelos bons sentimentos que tendes demonstrado ao rei, a mim e ao infante D. Afonso nosso filho, querendo tomar parte nas nossas dificuldades, compreendendo tão bem e procurando fazer valer os nossos direitos absolutos e a justiça da nossa atitude. Irmão, sabei que, vendo como as coisas se passam e o estado em que estão, e temendo o futuro, várias vezes pedi ao rei e supliquei a alguns do seu Conselho que tudo fizessem para impedir que não venha um dia pior ainda do que aqueles que já foram; e muitas vezes eu própria fiz tudo quanto pude para recuperar para o infante e para os outros os favores do rei, para que toda a gente viva, como deve ser, para serviço do rei. E Deus sabe que foi e será sempre o meu mais caro desejo, se entretanto estiver no meu poder e for essa a vontade de Deus. Mas tão numerosos têm sido sempre os perturbadores, que eu não pude fazer nada. E Deus sabe quanto desgosto tenho no meu coração, primeiramente por causa do rei, para o qual desejo a vida, a saúde e as honras como para mim mesma; e por causa do infante e da minha própria sorte, já que eu levo uma vida bem amarga (…)”

Este exílio terá gerado alguma contestação, nomeadamente pela impossibilidade legal de D. Dinis privar a mulher de rendas de propriedades que lhe tinham sido atribuídas antenupcial e portanto sob sua exclusiva e intocável jurisdição. Também a Alenquer terão chegado vários alcaides e outras personalidades a prestar lealdade à rainha e oferecer os seus préstimos para fazer frente a D. Dinis, o que segundo os seus cronistas Isabel terá firmemente recusado num sinal de submissão ao poder real do marido e talvez para “impedir que não venha um dia pior ainda do que aqueles que já foram”.

Porventura D. Dinis não a quisesse realmente castigar, talvez a sua intenção fosse apenas afastá-la do seu filho e da sua influência.

Na estadia de D. Isabel em Alenquer há então um paradoxo: por um lado exilada e privada das suas rendas, por outro empreendendo obras, nomeadamente da Albergaria e da Igreja do Divino Espírito Santo. Com que meios?

É neste contexto que se pode compreender uma das lendas do Milagre das Rosas: não tendo dinheiro para pagar aos operários D. Isabel dava-lhes rosas, que depois se transformavam em dobras (moedas) de ouro.

Claro que há quem explique este milagre, dizendo que D. Isabel escondia moedas nas rosas para pagar aos obreiros e assim iludir o rei, ou seja, apesar da real proibição, teria de alguma forma acesso aos seus bens ou às rendas das suas terras que lhe mantivessem fidelidade.

E se na realidade D. Isabel durante este período estava impedida de viajar, pode bem ter recebido e dirigido a sua Casa a partir de Alenquer, que por esta via tivesse conhecido uma maior movimentação e se tornasse mais conhecida. Mas é através da “Casa do Spritto Santo” e do culto do Espírito Santo que Alenquer vai ganhar grande projecção nacional.

Trata-se de uma das primeiras Confrarias do Espírito Santo em Portugal, e embora a nível documental as confrarias mais antigas sejam as de Santa Maria de Sintra e a de Benavente (1237), assim como as festividades associadas, é nesta altura com Isabel de Aragão que o Culto do Espírito Santo terá provavelmente tido grande visibilidade e difusão a partir de Alenquer.

Estas confrarias do Espírito Santo, criadas provavelmente por devotos ligados ao franciscanismo espiritual que nessa altura circulavam pela Europa e chegavam a Portugal, integram-se na tipologia de instituições de caridade e de socorro mútuo formadas por leigos e tendo por orago o Divino Espírito Santo.

A Confraria de Alenquer, teve grande notoriedade. No tempo de Damião de Góis, natural de Alenquer e um ilustre confrade, só entre 1520 e 1577 entraram 1052 novos confrades.

Para compreender o Culto do espírito Santo precisamos de recuar à teoria das três idades de Joaquim de Fiori, um abade calabrês cisterciense que viveu no século XII (1135-1202?). Uma teoria complexa mas que resumidamente se explica do seguinte modo: depois de uma primeira idade sobre os auspícios do Pai, de dependência servil, seguiu-se a era do Filho, iniciada com Jesus Cristo, e estaria para vir uma 3ª idade (que chegou a ser prevista para 1260), a idade do Espírito Santo, (com a revelação próxima do Evangelho Eterno e a entronização do Papa Angélico). Este reinado final de Cristo na Terra, com a duração de mil anos (Apocalipse de S. João) uma era de liberdade, da iluminação de cada um, do diálogo íntimo com Deus, onde não mais seria necessária a intermediação dirigida pela Igreja para aceder ao Divino, pois isso passaria a ser feito directamente por cada ser. Uma idade de Paz, amor fraternal e espiritualidade suprema, verdadeira e derradeira Idade de Ouro do ciclo histórico da Humanidade na terra. Uma visão heterodoxa, que muitos anticorpos terá criado e que foi condenada pela Igreja em 1215.

Estas ideias de Joaquim de Fiori foram largamente difundidas pelos franciscanos através da Europa (incluindo a Corte de Aragão). Ora em Alenquer, como vimos, foi edificado o primeiro convento franciscano em Portugal, pelo que é possível que estas ideias tenham entrado aqui muito cedo.

A ordem de S. Francisco era uma ordem de pregadores, missionários e viajantes, que se propunham viver fora do claustro e levar a palavra e o exemplo de Cristo ao povo e aos infiéis. Outra originalidade desta ordem foi a criação de uma ordem laica, a Ordem Terceira.

Os franciscanos representam o estímulo renovador, a tendência à observação da Natureza e as aspirações à liberdade individual. Desde o início do século XIII que se propaga entre os franciscanos a heresia dos irmãos espirituais, com estrita observância do voto de pobreza, adeptos fervorosos do joaquimismo e crentes que estava eminente o advento da Idade do Espírito Santo.

(mesa da sala 1- a mesa da oradora)

E reconhecemos facilmente nos portugueses estas raízes franciscanas no serviço aos seus semelhantes, sobretudo pobres e humildes, no apreço pela liberdade, no fascínio pelos grandes ideais que nos levaram a embarcar em pequenas caravelas e enfrentar os mares. Rumo aos desígnios da expansão planetária, da evangelização dos povos, da preparação do império prometido (V Império) que há-de de ser português, como anunciado pelo Padre António Vieira, Camões ou Fernando Pessoa: império e nova idade não de mera abundância de bens materiais, mas da superabundância dos bens do espírito.

Mas voltando a Alenquer, é a partir daqui que o Culto do Espírito Santo ganha grande fôlego e notoriedade com o impulso real e se difunde para o resto do país, provavelmente através dos franciscanos e da ordem de Cristo, atingindo o seu auge nos séculos XV e XVI. (Jaime Cortesão conta, no final do século XVI, 75 vilas e cidades onde existiam templos da sua invocação, 80 hospitais e albergues com as respectivas capelas, cerca de 1 milhar de igrejas, conventos e ermidas que possuíam confrarias do Espírito Santo nas quais se realizavam procissões, festas e romarias); o culto embarca e celebra-se nas caravelas, chega aos Açores, à Madeira, ao Brasil, e também a África e ao Oriente. Mais tarde, pela acção dos emigrantes açorianos é introduzido nos EUA e Canadá onde ainda hoje é celebrado.

Uma forma de culto laica, oficiada por um mordomo, em algumas confrarias por uma mulher, com coroação de crianças, com foliões, com abundante bodo comunitário (pão, carne e vinho), celebrada entre a Páscoa e o Domingo de Pentecostes. As festas no Pentecostes têm uma origem anterior à era cristã, a festa das colheitas, a celebração da abundância e que como tantas outras celebrações populares foi adaptada ao cristianismo.

Sem querer desviar-me do tema que me trouxe aqui, lembrar-vos apenas que a difusão do Culto teve o seu auge nos séculos XV e XVI, tendo em Alenquer estas festas particular brilho e tal fama que atraía gente de vários pontos do país.

Em virtude de alegados excessos e extravagâncias, começam depois a ser alvo de diversas limitações e proibições de vários aspectos do culto, e também a integração das confrarias ou irmandades nas Misericórdias, são factores apontados para a progressiva extinção do culto na maioria das localidades.

Mas ele resistiu e permanece bem vivo ainda e com a sua componente de rito espiritual de raiz popular sobretudo nos Açores, mas também na Madeira, no Brasil, nos EUA, Canadá...

Em Alenquer onde as festividades eram célebres e atraíam pessoas de vários pontos do país, o culto do Espírito Santo extinguiu-se há cerca de 200 anos; foi novamente celebrado uma única vez no ano de 1945, e depois de forma regular desde 2007, ano da recuperação da Igreja do Espírito Santo.



Depois desta descrição do contexto, ou “cenário” em que surge o “Milagre das Rosas”, passemos aos factos de que dispomos actualmente:

A primeira referência histórica ao milagre das rosas a que temos acesso é um retábulo quatrocentista (conservado no Museu Nacional de Arte da Catalunha?) e uma descrição incluída na Crónica dos Frades Menores (Frei Marcos de Lisboa, 1562) sendo que nesta versão inicial são moedas que se transformam em rosas.

“Levava uma vez a

Rainha Santa

moedas no regaço

para dar aos pobres(…)

Encontrando-a el-

Rei lhe perguntou o

que levava, (…) ela

disse, levo aqui

rosas. E rosas viu el-Rei não sendo

tempo delas”

Em meados do século XVI já a lenda do Milagre das Rosas estava largamente difundida e ilustrada. “Rainha Santa Isabel” (Museu Machado de Castro em Coimbra), Iluminura da “Geneologia dos Reis de Portugal” de Simão Bening sobre desenho de António de Holand. Do século XVII dois trabalhos anónimos, uma pintura a óleo (átrio do Instituto de Odivelas) e um retábulo (mosteiro de Lorvão). Depois disso e até aos dias de hoje sucedem-se inúmeras referências na escrita, música, pintura, escultura, filmes, teatro, etc.

As versões do milagre são várias, rosas transformadas em moedas, ou o milagre inverso de moedas transformadas em rosas, ou, mais comum nos dias de hoje, o pão para os pobres que se transforma em rosas.

Nesta versão mais popular, ocorrida numa altura de más colheitas, em que a fome alastrava pela Europa, D. Isabel recorrendo às reservas de trigo guardadas nos celeiros da sua Casa, mandava fazer pão que distribuía aos pobres. D. Dinis preocupado com o gastar dessas reservas opunha-se a esta prática e num dia do mês de Janeiro, em Coimbra, surpreende a rainha. Quando a rainha mostra o que leva no regaço, os Pães tinham-se transformado em rosas.

atenção pelas palavras da oradora e pelos slides projectados

Antes de passar à próxima fase gostaria de ter acesso às vossas mentes para saber que expectativas trazem em relação a este tema. O que sabem sobre o Milagre das Rosas, ou, ainda mais importante, o que intuem sobre ele. O que gostariam de saber, ou talvez, de ouvir alguém dizer em voz alta sobre algo que pressentem dentro de vós.

E é esta tarefa (impossível?) que me trouxe hoje a Alenquer.

Uma questão que naturalmente se põe é se realmente o milagre existiu, ou algum episódio que esteja na base desta lenda, ou se esta lenda foi criada já depois da morte da rainha. São então várias as hipóteses:

• Não se tratou realmente de um milagre mas de um artifício, um truque para iludir o rei

Já vos falei na versão das moedas dentro das rosas como um expediente para pagar aos operários na construção da Igreja do Espírito Santo em Alenquer.

Mas que explicação poderíamos encontrar para a versão mais popular do milagre, em que o Pão se transforma em rosas?

As rosas são uma flor conhecida desde a antiguidade existindo na época medieval espécies arbustivas ou de trepar, que florescem apenas uma vez por ano. Só a partir do século XVIII começaram a chegar rosas da China com floração contínua. Daí que haver rosas no Inverno era muito pouco plausível na época de Isabel de Aragão. No entanto…

Há notícia de que o cavaleiro Robert de Brie no regresso das cruzadas (entre 1254 e 1276) trouxe para França uma variedade de rosas vinda de Damasco – Pérsia (Damascena bifera, quatro estações) que florescia todo o ano. É possível que tivesse chegado a Portugal e florescesse nos jardins das rainhas…

Então seria uma possibilidade o seguinte: a Rainha levava um avental cheio de pão para distribuir aos pobres, e atrás vinha uma aia com um avental cheio de rosas (Damascenas?) colhidas em Janeiro no jardim. Quando o rei se aproxima trocam-se rapidamente os aventais e… “São rosas, senhor, são rosas”.

• Uma lenda: o milagre não existiu, ou quando muito existiu um episódio base que mais tarde foi transformado pela tradição oral em milagre.

A descrição do milagre das rosas não consta da biografia anónima sobre a rainha, o documento mais antigo que dispomos sobre a sua vida. Esta Relação ou Lenda da Rainha Santa, como é conhecida, foi escrita talvez por um contemporâneo (Frei Salvado Martins, Bispo de Lamego, seu confessor) e faz parte da Monarchia Lusitana (vol VI) publicada no século XVI. Nesta “Lenda” existe uma listagem bastante circunstanciada e detalhada dos milagres da rainha, com testemunhos, pelo que seria de esperar que, a ter existido, o milagre figurasse aqui. Como já vimos não existe nenhuma referência histórica contemporânea da rainha ao milagre das rosas, e também não consta dos autos de beatificação da rainha.

Outro dado interessante: existem outros milagres semelhantes e anteriores no tempo como nos recorda Lima de Freitas:

- Santa Isabel de Hungria e da Turíngia, tia Avó de Isabel de Aragão, e a quem é dedicado o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha mandado construir pela Rainha Santa em Coimbra. Morreu muito jovem, com o hábito da Ordem Terceira de S. Francisco.

- Santa Roseline, ou Rosa de Viterbo (1263-1329), francesa, também franciscana (filha de Arnaldo de Vilanova que frequentava a corte de Aragão e com quem Isabel de Aragão poderá ter estado em contacto). O seu corpo incorrupto foi depositado em urna de vidro.

É pois possível, provável, que tenha sido uma lenda criada e difundida pelos franciscanos.

E que interesse poderia haver na criação de semelhante lenda?

A Rosa tem um valor simbólico muito forte, é símbolo de renascimento, de amor, do coração, é considerada a flor de Portugal, símbolo feminino, de útero, de Graal, o lótus do ocidente, emblema rosicruciano e tantos outros…

Ver rosas em lugar de pão é, como afirma Gilbert Durand, ver com os olhos da alma. A transmutação de alimento do corpo (pão ou dinheiro) em alimento para o espírito (rosas) vem apoiar a teoria da terceira idade, a passagem para uma nova era. E a fixação desta lenda na rainha de Portugal, grande impulsionadora do Culto do Espírito Santo, vai encontrar eco nos que atribuem um papel importante a Portugal nesta Missão.

Apoiando esta tese da missão espiritual de Portugal no Mundo encontramos a nível artístico os painéis de S. Vicente (investidura de Portugal pelo Espírito Santo) e importantes figuras como Padre António Vieira, Camões, Fernando Pessoa, Agostinho da Silva, entre muitos, muitos outros.

E em Portugal tudo isto nasce em Alenquer, que pode assim ser considerado o berço desta terceira idade, de espiritualidade, de paz e de fraternidade universal. Depois de Jerusalém (onde teve início a era de Cristo), Alenquer (a quem se atribuem muitas semelhanças com Jerusalém) poderá ser a Vila presépio da Nova Era.

(E lembro que o presépio foi inventado por S. Francisco em 1223)

• O milagre existiu mesmo

Os milagres estão associados à realização ou acontecimento de algo reconhecidamente muito improvável, e que não tenha uma explicação do seu mecanismo à luz dos conhecimentos da época em que se realizam. Ou seja, algo impossível de suceder, mas que efectivamente (há testemunhos de que) aconteceu e que constitui de certa forma uma prova de que Deus existe. Estes milagres são assim uma via de aprofundamento da Fé para os crentes e instrumento de conversão à Fé para os não crentes.

Desde Jesus Cristo e dos seus milagres praticados em vida, e depois da sua morte, que a realização de milagres (e muito particularmente na cura de doenças – a chamada missão curandeira de Cristo) ficou associada à santidade de quem os pratica. Constitui inclusivamente um dos requisitos para a canonização pela Igreja Católica.

Mas a evolução científica permite-nos hoje o uso de técnicas absolutamente banais, como por exemplo, o telefone, ou um antibiótico, que seriam há dois séculos atrás consideradas milagres. E o mesmo poderemos imaginar que vá acontecer no futuro ao evoluirmos da física Newtoniana muito condicionada pelos conceitos de tempo e espaço. Hoje ao admitirmos os novos conceitos da física quântica, começamos a levantar um véu sobre muitos outros fenómenos até aqui desconhecidos e inclusivamente a possibilidade de os manipularmos.

Então nesta época de divinização da ciência, deixo-vos a pergunta: existem milagres ou apenas uma falta de conhecimento? Em que milagres estamos dispostos a acreditar?

Visitei a Igreja do Espírito Santo de Alenquer em Outubro.

Estava um dia chuvoso, cheguei a meio da tarde e o acaso levou-me directamente à igreja. Estava vazia. Quando abri os olhos depois das minha orações, verifiquei que o sol entrava pela janela do topo, o que, estando virada a Norte e num dia de Outono chuvoso era bastante improvável que acontecesse. A luz reflectia-se na parede lateral e encandeava os meus olhos. Foram momentos mágicos.


 
 (sala 2)
Mas sentia um peso no peito.


Fui depois ao convento de S. Francisco. Fortemente abalado pelo terramoto de 1755, da estrutura original medieval conserva-se a frontaria da Igreja.

Visitei o claustro, muito bonito e cuidado, a sala do capítulo, não pude deixar de reparar nas rosas nos capitéis das colunas. Não havia ninguém para me guiar na visita, escapou-me o relógio de sol oferecido por Damião de Góis, ou a capela de D. Sancha.

No piso superior existe um lar de idosos da Misericórdia, o que está dentro da vocação original do convento com a sua albergaria. Passei por entre duas filas de cadeiras onde estavam sentados, frente a frente, talvez 30 homens idosos. Da cozinha ouvia-se a azáfama e sentia-se o cheiro agradável da refeição em preparação. À medida que ia andando e cumprimentando, dos residentes, de olhar parado, poucas respostas obtive. Bem vestidos e alimentados, confortáveis, tranquilos… Tal como na maioria dos lares de idosos, pressenti uma grande pobreza, a um outro nível, não a falta de alimento para o corpo, mas para a Alma. O peso no meu peito acentuou-se.

Voltei à borda do rio para fotografar a Igreja do Espírito Santo. A água passava barrenta. Uma mensagem de uma pessoa amiga lembrava-me o dia em que estávamos, 10-10-10, dia muito especial de abertura de portal energético, de como era importante libertar tudo o que não presta, deixar ir, criar espaço em nós para que outras coisas possam entrar.

Assim fiz, deixei ir com o rio Alenquer as mágoas, tristezas, decepções, culpas, apegos indefinidos.

O que aconteceu depois é difícil de vos explicar, foi como que uma abertura do meu coração, uma luz irradiando directamente do meu peito. Um estado de maravilhoso bem-estar que me acompanhou alguns dias.

Pouco tempo depois quando preparava esta palestra e procurava na internet imagens do Milagre das Rosas, a primeira que me apareceu foi esta pintura do Mestre Lima de Freitas (acrílico sobre madeira - 1987), de que passei a ter uma diferente e mais profunda compreensão.

(aspecto do almoço debate)
Para terminar diria que, tenha ou não existido, o significado do Milagre das Rosas mexe com os portugueses (para não dizer com o ser humano) de tal forma, que a lenda perdura há muitos séculos e a sua simbologia permanece bem viva na nossa cultura, como se de todos os milagres, este fosse O Milagre em que estamos dispostos a acreditar.

O Milagre das Rosas, que se associa ao culto do Espírito Santo de inspiração franciscana e cuja celebração se iniciou em Alenquer há quase sete séculos, esta Vila Presépio que ostenta 14 rosas no seu brasão, fala-nos de transformação, de renascimento, anuncia o despertar, o elevar da consciência.

Anuncia-nos o novo tempo em que em vez de assistirmos passivamente à realização de milagres (em que já não acreditamos), operamos o milagre em nós.

É um dos mitos fundamentais que nos orienta o caminho, nos indica uma saída iluminando-nos para a nossa verdadeira essência, se tivermos a vontade e a coragem de abrir os olhos da alma, o coração.

Ver Rosas em vez de pão é o Milagre que espera ser realizado em nós.



Monday, November 15, 2010

Luis Miguel Rocha na tertúlia do Bar do Além com Segredos e Misterios do Vaticano dia 4 de Dezembro

Luis Miguel Rocha é um escritor plolémico que consta ter tido em mãos o diario do Papa João Paulo I. É também um investigador, e acedeu a participar como orador na última tertúlia da primeira década do ano 2000 do III milénio sobre o tema Mistrerios e Segredos do Vaticano, onde poderá igualmente disponibilizar e autografar alguns livros da sua autoria e que se acham esgotados. O seu livro em refer~encia vendeu 500.000 exemplares. O contrato com a editora americana envolveu meio milhão de dólares. Entrou recentemente para a lista dos 30 mais vendidos do "The New York Times".

Como habitualmente, a entrada na tertúlia e ao seu almoço debate é reservada prioritáriamente aos membros da Tertúlia e aos seus convidados, que se podem inscrever exclusimente pelo e-mail:

(Luis Miguel Rocha)
http://www.luismiguelrocha.com/
Extracto de entrevista publicada no jornal I por André Rito em 26 de Agosto de 2009


Considera-se um conspirador?

Não. Trata-se sim de uma história de conspiração. A religião não é para aqui chamada. Falo apenas de pessoas que por acaso pertencem a uma instituição que é o Vaticano.

Com base em factos reais?
Nisso procuro ser muito rigoroso. O leitor do thriller é muito exigente e gosta de verificar os factos. Se, por exemplo, estiver nalguma cidade citada no livro, gosta de ir ver, confirmar com os próprios olhos. Aliás, tenho uma equipa permanente em Roma a investigar factos ligados ao Vaticano.

Foi assim que arranjou a tal cópia do diário de João Paulo I que lhe inspirou o livro?
Tenho fontes privilegiadas. Se não existissem eu nunca teria publicado estes livros. Quem me passou o diário já não está entre nós. Hoje tenho jornalistas experientes a trabalhar comigo.

Não deixa de ser irónico, visto ter tido uma educação católica e ter trabalhado na Igreja.
Não sou inimigo da Igreja. Tenho imensos amigos padres e bispos. Se não tivesse, os meus livros não existiam. Apenas não lido muito bem com a hierarquia católica, sobretudo do topo. Por outro lado, se o Vaticano não fosse tão fechado, eu não teria matéria para os meus livros.

-Fotos da Tertulia no Bar do Alem, em Alenquer, dia 4de Dezembro.
http://bardoalem.blogspot.com/2010/12/presidente-da-cm-de-alenquer-preside.html


Mais links de informação:
http://causamonarquica.com/2009/12/18/entrevista-com-o-realista-luis-miguel-rocha/
http://www.infoescola.com/livros/o-ultimo-papa/
http://www.livroseleituras.com/index.php?option=com_content&view=article&id=823:luis-miguel-rocha-q&catid=64:escritores&Itemid=75

Wednesday, November 10, 2010

Convite aos nossos membros e leitores: MYGUIDE 1ª rede social portuguesa Cultura e Turismo


A Tertúlia do Bar do Além já faz parte da comunidade virtual do portal Myguide

e convidamos...

FESTA DE LANÇAMENTO MYGUIDE

A PRIMEIRA REDE SOCIAL PORTUGUESA DE VIAGENS, LAZER E CULTURA

MUII (ANTIGA KAPITAL) » 18 NOV. » 22.00H

Na noite de 18 de Novembro, a comunidade MyGuide.pt lança-se ao mundo com uma Mostra de Talentos nacionais. A festa de lançamento do http://www.myguide.pt/ será o espelho da interacção que se pretende para esta comunidade. Nos três pisos da discoteca MUII (antiga Kapital), entre as 22h e as 01h30, decorrerão live acts de música, performance, dança, artes plásticas, vídeo, DJs, assim como uma mostra de gastronomia.

Venha viver a comunidade MyGuide por uma noite. Solicite o seu convite em http://www.myguide.pt/
Atenção: O acesso à festa é exclusivo a membros registados no MyGuide. Se ainda não é membro faça já o seu registo. E procure  o espaço virtual da Tertúlia do Bar do Além!


Wednesday, November 03, 2010

colaboraçao de Antonio Loureiro, membro da Tertúlia do Bar do ALém, no Brasil, Minas Gerais sobre O Espirito Santo

JOAQUIM DE FIORE E O

IMPÉRIO DO DIVINO



As idéias do V Império permaneceram adormecidas por mil anos até que nascesse Joachino dei Fiore (1132-1202), na Itália, abade cisterciense, filósofo, místico, defensor do milenarismo e da idade do Espírito Santo.

Na sua interpretação do texto sagrado, existiriam três idades na história, sendo o três o número do progresso, no desenvolvimento do mundo. A primeira, a de Deus Pai, a mosaica, do poder absoluto, inspirando o temor sagrado. A segunda, a de Deus Filho, com a revelação do Novo Testamento e a fundação da Igreja de Cristo, indo do nascimento de Jesus à Idade Média. A terceira, a do advento do Império do Divino Espírito Santo, um tempo de amor e igualdade universais, em que as leis evangélicas seriam definitivamente compreendidas e aceitas. Nesta era não mais existirão Igrejas ditando Leis e disciplinando a Fé, pois tudo será da inspiração divina.

Fiore achava que a segunda idade estava no fim, a ser marcado por um cataclisma. A História estaria evoluindo através dessas idades até a apoteose do Juízo Final.Este tempo ainda por vir seria a fase final da História, com o aumento da espiritualidade no mundo. As igrejas seriam substituídas pelo corpo místico, contemplativo e igualitário, em que os pobres reinariam.

Algumas doutrinas de Fiore sobre a Santíssima Trindade foram condenadas, outras tiveram expansão entre os cistercienses florianos e os franciscanos joaquimitas, que nelas incluiram a ressurreição de São Francisco e a morte do anticristo Frederico II da Sicília. Como entre essas idéias estava a substituição dos Novo e Velho Testamento pelos livros de Fiore, constituindo a Eterna Revelação, o papa Alexandre IV, em 1256, condenou todas as suas obras, também refutadas por Tomás de Aquino, na Summa Teológica.

OS APÓSTOLOS RECEBENDO A LUZ DO

ESPÍRITO SANTO

Contudo o joaquimismo continua latente no Cristianismo Católico e Evangélico. Sendo suas idéias as introdutoras da noção de progresso nas concepções religiosas.

Em Portugal tiveram ampla difusão, com a criação do culto do Espírito Santo, apoiado pela rainha Santa Izabel, esposa de Dom Diniz, mais tarde fundindo-se ao sebastianismo e ao V Império do padre Antonio Vieira.

Santa Izabel era filha de Pedro III de Aragão e de Constança, filha de Manfredo da Sicilia, filho de Frederico II, duas vezes excomungado por pretender terras dos Estados Pontifícios. Portanto Santa Izabel era bisneta de Frederico II da Sicília.

Seu marido D. Dinis (1261-1325) foi aclamado rei, em 1279. Foi o rei da época em que os Templários foram perseguidos pelo rei frances Felipe, o Belo, e pelos papas de Avinhão, especialmente Clemente V. Qundo subiu ao trono, Portugal estava em atrito com a Igreja Católica, normalizando-se a situação ao assinar um tratado, com o papa Nicolau III, de Roma, em oposição ao de Avinhão. Salvou os templários portugueses da perseguição originada, na França, e os incluiu na Ordem de Cristo.

Nos Açores, nas comunidades açorianas do Brasil e em algumas outras localidades portuguesas o culto do Império do Divino Espirito Santo, representa um remanescente das doutrinas de Joaquim de Fiore, introduzidas, em Portugal, no tempo de Santa Izabel, talvez trazidas do Aragão. Os centros iniciais deste culto seriam Tomar, a capital Templária de Portugal, e a cidade de Alenquer, que, para os espiritualistas franciscanos, seria a capital desse V Império, o do Espírito Santo..

Deixando de lado a esquematização das festa e das sociedades que as organizavam, a presença das idéias de Fiore neste culto ainda são patentes, nos Açores, e em outros locais, entre as quais citamos:

1. Fé – Deve-se ter no Divino e nos seus sete dons. O Divino Espírito Santo está presente em todo o lado, tudo sabe e tudo vê, não havendo para ele segredos. As ofensas ao divino são punidas severamente (Diz-se: o Divino Espírito Santo é vingativo), não ficando impunes as promessas não cumpridas. Os Sete Dons do Espírito Santo são: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor, as fontes de toda a virtude, devendo guiar os irmãos.

2. Esperança — Os seus devotos esperam a chegada de um tempo novo onde todos os homens serão irmãos e o Espírito Santo será a fonte de todo o saber e de toda a ordem.

3. Igualitarismo — Todos os irmãos são iguais e todos podem ser mordomos, coroados e imperadores, merecendo igual respeito e obediência quando investidos dessas autoridades. É a expressão prática do igualitarismo joaquimita.

4. Solidariedade e a Caridade — Na distribuição das ofertas e das pensões devem ser privilegiados os mais pobres, para que todos possam igualmente festejar o Divino Espírito Santo. Todas as ofensas devem ser perdoadas, para se ser digno de receber o Divino Espírito Santo.

5. Autonomia em face à Igreja — O culto do Divino Espírito Santo não depende da organização formal da igreja, nem necessita da participação formal do clero. Não existem intermediários entre os devotos e o Divino. É clara a influência do pensamento joaquimita, preferindo a igreja mística à igreja formal.

A festa so Espírito Santo corresponde à de Pentecostes, oriunda do Judaísmo e adotada pelo Cristianismo. Logo depois da Ascensão de Jesus, encontravam-se os apóstolos reunidos com a Mãe de Deus, sendo o dia da festa de Pentecostes. Os apóstolos tinham medo de sair para pregar. Repentinamente escutou-se um forte vento e línguas de fogo pousaram sobre cada um deles. Cheios do Espírito Santo, passaram a falar em línguas desconhecidas. Nesses dias estavam muitos estrangeiros em Jerusalém, que vinham de todas as partes do mundo para celebrar a festa judaica. Cada um ouvia os apóstolos falarem em sua própria língua e compreendiam perfeitamente o que eles falavam. Todos eles, a partir desse dia, não tiveram mais medo e saíram a pregar pelo Mundo os ensinamentos de Jesus. O Espírito Santo lhes concedera forças para a grande missão de levar a Palavra a todas as nações e batizar todos os homens, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

A coincidência da festa do Espírito Santo chegar a Portugal através de Tomar deve-se ao fato daquela cidade abrigar a maior fortaleza e a sede da Ordem Templária, naquele país. Através dela foi efetuada a conquista aos mouros das terras do Ribatejo e do Alentejo.