Tuesday, March 30, 2010

Fotos texto da Tertulia em almoço debate do Bar do Alem sobre a ALQUIMIA DO PALáCIO E JARDINS DA REGALEIRA



Realizada no sábado 24 de Abril, as 12h, na Tertúlia do Bar do Além

Orador João Susano
e quem quer aderir ao facebook da Regaleira pode seguir para o link...
http://www.facebook.com/pages/Sintra-Portugal/Quinta-da-Regaleira/103738155478?v=wall

João Luis Susano foi durante seis anos guia na Quinta da Regaleira. A experiência do trabalho aí desenvolvido e o contacto diário com os conteúdos temáticos das Ciências Herméticas levou-o a interessar-se por outros lugares de profundo significado esotérico.



Tem guiado visitas a lugares como Alcobaça, Cós, Nazaré e à Baixa Pombalina de Lisboa, na óptica da História e da Tradição Mítica portuguesas.



Criou em 2009 as edições Arcano Zero, cuja linha editorial incide sobre os estes mesmos assuntos e outros conexos. Frequentou o Curso de Licenciatura em Antropologia da F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa

moderador Luis Nandin de Carvalho
Tema: Alquimia na Regaleira
texto de apoio sugerido por Joao Susano

Há já cerca de vinte anos que a Quinta da Regaleira é conhecida no panorama cultural português como “a Mansão Filosofal de Sintra”. Esta designação vem vinculando o Palácio e os seus jardins ao livro escrito por autor desconhecido que assinou com o pseudónimo Fulcanelli, (que significa o Fogo de Hely), publicado em França em 1930 com o título “Les Demeures Philosophales” e traduzido em português nas edições 70, no ano de 1989 com o título (a meu ver incorrecto) “As mansões filosofais”.



O assunto de que trata o livro é a Alquimia, arte multimilenar que todos julgavam definitivamente arrumada na gaveta das superstições e de que este livro veio dar a prova inequívoca da sua continuidade nos dias de hoje.



Mas o que tem a ver a Quinta da Regaleira com a Alquimia?



De que elementos dispomos para produzir um discurso de teor alquímico em torno desta propriedade?



O que sabemos nós acerca do seu encomendante, o Dr. Carvalho Monteiro, filantropo e homem das Ciências Naturais numa época em que estas estavam já imbuídas de um positivismo epistemológico, o mesmo positivismo que catalogara a Alquimia de pré-química infantil?

E o que tem tudo isto a ver com a Maçonaria, movimento de ideias liberais nascido em Inglaterra, com forte presença em Portugal no final do séc XIX e inícios do XX, ao qual se tem associado a Quinta mas cuja simbólica desconhece Nossa Senhora, precisamente a referência que domina nas imagens e inscrições da Capela da Quinta da Regaleira?  Aqui fica o convite a uma visita virtual a este lugar ímpar que é a Regaleira, e a vislumbrar por detrás das aparentes contradições a coerência do pensamento do Dr. Carvalho Monteiro.

Sunday, March 21, 2010

Excelente tertúlia sobre a TEORIA da DOUTRINA SECRETA da TEOSOFIA com Jose Anacleto!



AS TRÊS PROPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS

DA DOUTINA SECRETA
(HELENA BLAVATSKY)

Renascimentos

A Doutrina Secreta de Helena Blavatsky, a obra maior de Ciência e Filosofia Oculta à disposição do público, apresenta, no seu Proémio, uma síntese magnífica de tudo o que é essencial e causal para a compreensão dos Mistérios da Vida e do Ser, formulada nas suas três proposições fundamentais. Nelas, encontramos o ponto de partida e a fundamentação de qualquer temática (do Esoterismo ou, realmente, de tudo), incluindo, naturalmente, a deste artigo. E por este motivo, bem como por serem uma referência que importa nunca perder de vista, aqui as vamos reproduzir:

PRIMEIRA
Um Princípio omnipresente, Eterno, Ilimitado e Imutável, sobre o qual toda a especulação é impossível, dado que transcende o poder da concepção humana e não pode ser traduzido por qualquer expressão ou comparação humana. Está para além do alcance do pensamento; é, segundo a expressão do Mandukya-Upanishad, ‘impensável e indizível’.

Para que se possa compreender mais claramente estas ideias, deve o leitor adoptar como ponto de partida o seguinte postulado: há uma Realidade Absoluta, anterior a tudo o que é manifestado ou condicionado. Esta Causa Infinita e Eterna, vagamente formulada no “Inconsciente” e no “Incognoscível” da filosofia europeia em voga, é a Raiz sem Raiz de “tudo quanto foi, é e será”. É, naturalmente, desprovida de todo e qualquer atributo e permanece essencialmente sem nenhuma relação com o Ser manifestado e finito. É a “Asseidade”, mais propriamente que o Ser; é Sat, em sânscrito, e está fora do alcance de todo o pensamento ou especulação.

Esta Asseidade é simbolizada, na Doutrina Secreta, sob dois aspectos. Por um lado, o Espaço Abstracto Absoluto, representando a subjectividade pura, aquilo que nenhuma mente humana pode excluir de qualquer concepção nem, tampouco, consegue conceber como existente em si mesmo. Por outro lado, o Movimento Abstracto Absoluto, que representa a Consciência Incondicionada. Mesmo os nossos pensadores ocidentais mostraram que a consciência, considerada sem mutação, é inconcebível para nós, que o Movimento é o melhor símbolo dessa mutação e a sua característica essencial. Este último aspecto da Realidade Única é também simbolizado pelo termo “Grande Sopro”, símbolo bastante sugestivo para necessitar elucidação. Assim, o primeiro axioma fundamental da Doutrina Secreta é esta Única e Absoluta Asseidade metafísica, que a inteligência limitada representou na Trindade teológica.

SEGUNDA
A Eternidade do Universo, no total, como um plano sem limites; periodicamente o “cenário de Universos inumeráveis que se manifestam e desaparecem incessantemente”, chamados “Estrelas que se Manifestam” e “Centelhas de Eternidade”.

“A Eternidade do Peregrino” é como um abrir e fechar de olhos da Existência-em-si-Mesma, como diz o Livro de Dzyan. “O aparecimento e desaparecimento dos Mundos são como o fluxo e o refluxo periódicos das marés”.

Esta segunda asserção da Doutrina Secreta é a absoluta universalidade desta lei da periodicidade, de fluxo e de refluxo, de maré enchente e vazante, que a ciência física tem observado e registrado em todos os domínios da Natureza. Alternâncias como Dia e Noite, Vida e Morte, Sono e Vigília, são um facto tão comum, tão perfeitamente universal e sem excepção, que é fácil de compreender porque aí divisamos uma das Leis absolutamente fundamentais do Universo.

TERCEIRA
A identidade fundamental de todas as Almas com a Super-Alma Universal, sendo esta última, ela própria, um aspecto da Raiz Desconhecida; a peregrinação obrigatória de todas as Almas, centelhas daquela Super-Alma, através do Ciclo de Encarnação (ou da “Necessidade”), de acordo com a Lei Cíclica e Kármica, durante todo esse período. Por outras palavras: nenhuma Buddhi (Alma Divina) puramente espiritual pode ter uma existência independente e consciente antes que a centelha saída da pura Essência do Sexto Princípio Universal – isto é, da Super-Alma – tenha (1) passado através de cada forma elementar do mundo fenomenal deste Manvantara e (2) adquirido a individualidade, primeiro por impulso natural e depois à custa dos próprios esforços conscientemente dirigidos (e regulados pelo seu Karma), percorrendo assim todos os degraus da inteligência, desde o Manas mais baixo até ao mais elevado, do mineral e da planta até ao Arcanjo (Dhyâni-Buddha) mais santo. A doutrina axial da Filosofia Esotérica não admite privilégios, nem dons especiais, no homem, salvo os que o seu próprio Ego conquistou pelo esforço e mérito pessoais no decurso de uma longa série de metempsicoses e reencarnações 1.

Apliquemos agora esta síntese notável à questão dos Renascimentos.
Poder-se-á pensar, superficialmente, que a primeira das proposições nada tem a ver com o tema do Renascimento e da Reencarnação. Na verdade, porém, é o seu ponto de partida incontornável.

Ser e Permanência
Com efeito, é preciso que haja um fundamento permanente de Ser. Só aquilo que É, permanentemente, pode viver, morrer, e renascer; só aquilo que É, permanentemente, pode expressar-se numa forma, ou conjunto de formas, abandoná-la(o) e incorporar-se num(a) outra(o). O processo reencarnativo ou de renascimentos implica a existência de uma dimensão de permanência, e de uma outra de impermanência. É a manifestação (ou a radiação ou reflexão2) daquilo que é permanente em formas impermanentes, que caracteriza a reencarnação. Se a forma onde se nasce ou encarna não tivesse fim, não haveria novos nascimentos, porque jamais se daria a morte; e se a fonte de onde emana essa projecção de vida ou ser não fosse permanente, não haveria novos e sucessivos nascimentos; no limite, se não houvesse ser, radical e necessário, não haveria nascimento, nem morte, nem nada.

Potencialidade e Acto
No entanto, esse Ser, é pura potencialidade – potencialidade de tudo, contudo, acto nenhum. É destituído de atributos, tanto positivos como negativos. Potencialidade absoluta de tudo, é, assim, actualidade de nada. Base de todas as manifestações, experiências e qualidades de ser, não tem em si mesmo nenhuma em particular. Para tanto precisa de passar pela relatividade, limitadora mas também definidora; sofrida mas também disciplinadora 3; dura, mas também despertadora dos poderes latentes.

É assim que temos a peregrinação obrigatória, necessária, pelo ciclo da Encarnação, conforme a Terceira daquelas Proposições. Através dela, a Mónada Divina, saindo da homogeneidade primordial, projecta-se no mundo fenomenal, objectivo, descendo os sucessivos graus de materialidade, adquirindo, nos chamados Reinos Elementais, a capacidade de ser forma; depois, no que costuma designar-se por Arco Ascendente, progredindo até à consciência individual (de eu individual), característica da etapa humana; e, a partir daí, ampliando essa consciência, na senda de um englobamento cada vez maior, até chegar a uma consciência universal – a re-união consciente com o Todo.

Este regresso autoconsciente (isto é, com a consciência de ser um Eu [divino e espiritual mas também inteligente]) ao Uno é a consumação de um longo e prodigioso processo evolutivo. No entanto, ao aludirmos a “evolução”, não pretendemos significar a ideia de que o maior seja produzido pelo menor (o que é uma impossibilidade já sustentada, inclusive, por Aristóteles), como o fazem certos postulados de evolucionismos mais ou menos científicos4 e mais ou menos materialistas.

Com efeito, o que o ciclo (re)encarnativo permite é a passagem da Potencialidade ao Acto. Tal implica o desdobramento da Consciência de Relação a partir da sempiterna Consciência Absoluta (que é a potencialidade de tudo mas actualidade ou efectividade de nada em particular): consciência de relação entre o espírito e a matéria, entre a subjectividade e a objectividade (levando à identidade individual e à auto-consciência), consciência de relação do Todo centrado num ponto (um Eu) e o Todo espargido pelo círculo, que é constituído por outras Unidades de Vida que são também, cada uma delas, o próprio centro do Todo.

A Lei da Periodicidade
A Encarnação implica a relação entre um nível de Permanência (Espírito) e um nível de Impermanência (as formas substanciais ou materiais), o que se coliga com a Segunda Proposição. Efectivamente, no Ser Eterno e Ilimitado, cósmico ou Humano, exsurgem Universos (ou formas encarnativas) inumeráveis que se manifestam e desaparecem incessantemente, e que são como um abrir e fechar de olhos da Existência-em-si-Mesma. E entre essa Permanência (a verdadeira Realidade) e a Impermanência (irrealidade ou aparente realidade) há uma constante sucessão cíclica, de acordo com uma das Leis absolutamente fundamentais do Universo – a Lei da Periodicidade.

O que é Permanente é o cenário, o pano de fundo, o espaço, a raiz, o Ser que permite e de onde irradia o que é impermanente. No entanto, como Ser-Consciência Absoluta, não está (directamente) envolvido na existência mortal, na Impermanência, e em todos os seus episódios e fenómenos. Testemunha silenciosa, Ser Imutável (que é Movimento Absoluto), a tudo assiste sem se envolver, sem se condicionar, sem se relativizar.

O simples fragmento (para usar a expressão do Bhagavad Gîta, 9: 4 e 10: 42), o simples raio, a simples possibilidade manifestada que, projectada do Permanente, permite a existência condicionada, a construção e a vitalização das formas materiais, e a consciência que nele há e se desenvolve, é a Alma. É esta que involui5 ou se contrai, e que se expande ou evolui.

Encarnação Humana
Temos, até agora, usado palavras e conceitos que, por analogia, são aplicáveis tanto à Encarnação Cósmica (ou Macrocósmica), como à Encarnação Humana, como à Encarnação nos Reinos precedentes ao Humano, por onde nós6 igualmente já passámos. “A doutrina da reencarnação aplica-se a cada átomo no universo”7.

Agora, contudo, tratemos mais especialmente da Encarnação Humana.

Para entendermos o processo encarnativo no Ser Humano, é necessário recordarmos a sua constituição septenária de princípios vivenciais e cognitivos.

Antes de tudo, é ele uma Unidade Divina Imortal, o Eu-Ser Absoluto. Em sânscrito, é o Âtman, mais propriamente o Âtman sem atributos, o Adhy-Âtman (Espírito Supremo ou Primordial), a Mónada no seu sentido radical.

No entanto, esta pura unidade, não poderia espoletar e aproveitar-se da dialéctica da manifestação encarnativa – a peregrinação pelos diferentes níveis de substancialidade – sem algo que lhe contraste, que seja um pólo oposto e complementar, que seja o seu mediador na existência objectiva. Esse “algo” é a Alma Espiritual, ou seja, o veículo do Espírito: Buddhi, em sânscrito, o princípio de determinação da consciência, de discernimento espiritual, de sabedoria íntima e unificadora. Esta é a Díade Monádica ou Espiritual, em que Âtman é positivo, e Buddhi é receptivo, feminino. Como, porém, da união de dois pólos opostos mas complementares, surge sempre um terceiro elemento, a Tríade completa-se com a Inteligência, o Manas Superior, a Mente Abstracta – o Filho do Homem. É através da Mente que o Homem Espiritual e o Homem Animal-Material, se encontram, se chocam, se contrastam. No que se refere aos mundos inferiores, e nas palavras de Helena Blavatsky, “Buddhi só percebe por intermédio do Manas Superior” 8.

Esta Tríade Superior (Âtma-Buddhi-Manas) é perene. Dura todo o ciclo de reencarnações – de centenas e centenas de existências. Ao final, a díade monádica recebe a quintessência, o aroma espiritual do Manas Superior, com a síntese de toda a qualidade desenvolvida na experiência. Tal fora armazenado, justamente, nos níveis de conjunção de Buddhi e Manas, de cuja substância se constitui o chamado Corpo causal. “Este ‘corpo’ [causal], que, na realidade, não é corpo algum, nem objectivo nem subjectivo, mas Buddhi, a Alma espiritual, é assim denominado por ser causa directa do estado de Suchupti, que conduz ao de Turîya, o mais alto estado de Samâdhi. Os yogîs, que praticam o Târaka-Râja-Yoga, dão-lhe o nome de Karanopudhi, ‘a base da Causa’, e, no sistema vedantino, corresponde ao Vijñanamaya e ao Ânandamaya-Kosha (sendo de se notar que este último princípio segue imediatamente o Âtman e é, portanto, o veículo do Espírito Universal). O Buddhi, por si só, não poderia ser chamado de ‘Corpo Causal’, porém chega a sê-lo em união com o Manas, o Ego ou entidade que se reencarna. [Assim, pois, chama-se Corpo Causal ao conjunto Buddhi-Manas, ou seja, o quinto e sexto princípios unidos, e é assim chamado porque recolhe dentro de si os resultados de todas as experiências, as quais, trabalhando como causas, moldam as vidas futuras.]”9.

“Ao reencarnar, o Ego Superior emite um Raio, que é o Ego Inferior”10. O último é apenas uma expressão parcial do primeiro. É somente uma sua manifestação limitada, tal como um raio solar o é da estrela de onde promana. Só à medida que o homem progride é que maiores potencialidades da sua natureza espiritual se vão expressar nos níveis inferiores.

Este derramar da vida e da consciência da Tríade Espiritual, mais propriamente do seu elemento menos elevado, a Mente (Manas) Superior, para formas encarnativas inferiores, representa uma limitação, um enclausuramento, um sacrifício. “A crucifixão do Christos simboliza o auto-sacrifício do Manas Superior”11.

O mencionado raio, essa porção da Mente Superior (aquela natureza mental que é capaz de lidar com o geral e arquetípico) que se projecta para a encarnação, para níveis inferiores, constitui o que se chama Manas (Mente) Inferior; e vai-se ligar à natureza passional, emocional ou dos desejos, que a atrai: Kâma, em sânscrito.

Forma assim a natureza psíquica de uma encarnação, o conglomerado Kâma-Manas – Desejo e Mente (Inferior). É esta natureza psíquica o cerne e o carácter de cada personalidade encarnativa ou Eu Inferior.

Somam-se-lhe três princípios mais objectivos, que completam o Quaternário Inferior ou Forma Encarnativa: o Corpo Astral, que é o molde ou padrão karmicamente condicionado, a partir do qual se constrói (decalca ou duplica) o Corpo Físico (o último, isto é, o mais denso, o mais material dos Princípios). O Corpo Físico é animado e mantido em coerência pelo Princípio da Vitalidade (Prâna), que lhe aflui por intermédio do Corpo Astral (ou Linga-Sharîra).

Recapitulando, há, pois, a considerar:
a) A Unidade Divina Imortal, o Âtman Supremo ou Âtman sem atributos (nirguna), a Essência Monádica, a Centelha da Eternidade, o Eu Divino.

Não podendo, em si mesma, estar implicada na dialéctica da manifestação e da involução-evolução, este Espírito Puro desdobra-se numa Tríade Perene, por meio da qual pode receber impressões da existência múltipla.

b) Esta Tríade Superior ou Tríade Espiritual, o Eu Superior, consiste em:

1. Âtman ou Espírito

2. Buddhi, Alma Espiritual ou Intuição

3. Manas ou Mente Superior

O Manas, em cada encarnação, projecta de si mesmo um raio, um “fragmento”, que vai coligar-se ao:

c) Quaternário Inferior ou Eu Inferior

4. Kâma-Manas

5. Prâna ou Força Vital

6. Linga-Sharîra ou Corpo Astral

7. Corpo Físico

A Vida Antes e Depois da Morte
O Quaternário Inferior, enquanto forma agregada, dissolve-se nos períodos post-mortem. Assim, os três princípios inferiores (Corpo Físico, Corpo Astral e Prâna) são descartados pelo ser humano, ao sobrevir a morte física.

No momento da última pulsação, toda a existência que então cessou é revista pelo ser humano. Se tal visão integral num curto espaço do nosso tempo é possível, tal se deve ao facto de, nesse momento, a personalidade se tornar una com o Eu Espiritual. É por este motivo também, que a vida, no plano físico, que se deixou para trás, é avaliada imparcialmente, compreendendo-se a justiça kármica subjacente à cadeia de causas e efeitos.

Restam, pois, quatro princípios: o Kâma-Manas, o Manas Superior, o Buddhi e o Âtman. E dá-se, então, o ingresso no Kâma-loka, o local (subjectivo) do Kâma.

Aqui, o Manas vai por sua vez separar-se do Kâma-Rûpa, que é deixado para trás, num processo de desagregação. De facto, neste estado intermédio, dá-se a grande “luta” entre as tendências inferiores (mortais), representadas por Kâma, e as tendências elevadas, sementes de espiritualidade (susceptíveis de serem assimiladas na Tríade Superior), que se identificam com a Díade Superior (assim, o Manas é disputado entre Âtma-Buddhi e Kâma). A gestação de tais sementes no Kâma-Loka é necessária para formar a substância adequada (o aroma espiritual da personalidade) ao mundo do Ego Espiritual.

Após uma segunda revisão da vida passada, dá-se a entrada no Devachan, que significa, etimologicamente, “o Paraíso dos Deuses” (outra designação ainda é Sukhavati, palavra igualmente sânscrita, que significa “Terra Feliz”). Trata-se, pois, de renascer no mundo do Eu Superior.

“‘Quem vai para o Devachan?’ O Ego pessoal 12, é claro, mas beatificado, purificado, sagrado. Cada Ego – a combinação do sexto e do sétimo princípios – que, depois do período de gestação inconsciente, renasce no Devachan, é necessariamente tão puro e inocente quanto um bebé recém-nascido. (…) E, enquanto o (mau) karma fica de lado por algum tempo para segui-lo na sua futura encarnação terrestre, ele traz consigo para este Devachan o karma das suas boas acções, palavras e pensamentos. (…) Portanto, todos aqueles que não caíram no lodo do pecado e da bestialidade irrecuperáveis – vão para o Devachan. Eles terão de pagar pelos seus pecados, voluntários e involuntários, mais tarde. Enquanto isso, eles são recompensados; recebem os efeitos das causas que produziram.

Naturalmente, trata-se de um estado; um estado, digamos assim, de intenso egoísmo13, durante o qual o Ego colhe a recompensa do seu altruísmo na terra. Ele está completamente envolvido na bênção de todas as suas afeições, preferências e pensamentos pessoais terrestres, e colhe o fruto das suas acções meritórias. Nenhuma dor, nenhuma aflição, e nem mesmo a sombra de uma tristeza surgem para escurecer o horizonte iluminado da sua pura felicidade; (…) Já que a percepção consciente da personalidade do indivíduo na terra é apenas um sonho passageiro, esta percepção também será a de um sonho no Devachan – só que cem vezes mais intensa. Isso é tão verdade, de facto, que o Ego feliz é incapaz de ver através do véu das maldades, aflições e angústias a que os que ele amou na terra podem estar sujeitos. Ele vive naquele doce sonho com os que ama – quer tenham ido antes ou ainda permaneçam na terra; ele tem-nos perto de si, tão felizes, tão abençoados e tão inocentes como o próprio sonhador desencarnado.

(…) Há muita diversidade nos estados do Devachan14. Há tantas variedades de bem-aventurança como, na terra, há tonalidades de percepção e de capacidade de apreciar tal recompensa15. É um paraíso feito de ideias, produzido em cada caso pelo próprio Ego, e preenchido por ele com o cenário movimentado pelos factos e povoado pelas pessoas que ele esperaria encontrar nesta esfera de bem-aventurança compensatória.

(…) É uma ‘dimensão espiritual’ apenas em contraste com a nossa própria e grosseira ‘dimensão material’ e, como já foi dito, são estes graus de espiritualidade que constituem e determinam a grande ‘diversidade’ de condições dentro dos limites do Devachan. Uma mãe de uma tribo selvagem não é menos feliz que uma mãe de um palácio real, com o seu filho perdido de volta aos braços. (…) Os prazeres experimentados por um indígena pele-vermelha nos seus ‘felizes campos de caça’ naquela Terra dos Sonhos não são menos intensos que o êxtase sentido pelo connoisseur [conhecedor] que passa longas eras enlevados pela delícia de escutar sinfonias divinas tocadas por coros e orquestras angelicais imaginários” 16.

Quando a vivência no Devachan está a cessar, por se esgotar o Karma que o possibilitou, há ainda uma terceira revisão da última encarnação. Então, o homem volta-se de novo para os mundos objectivos, os mundos inferiores, a cujo “apelo” responde. Começa, pois, o processo conducente a nova reencarnação.

De acordo com os padrões kármicos de cada indivíduo, os veículos inferiores são reconstituídos para uma nova encarnação, para uma nova personalidade. Esta obedece às tendências e predisposições (mentais, psíquicas, astrais e físicas) cultivadas na(s) vida(s) anteriores, que determinam a qualidade da substância da nova personalidade encarnativa. Tais predisposições e tendências constituem os Skandhas do ensinamento budista, que são os exércitos do Karma17. No que toca ao Corpo Físico, ele é formado por “dentro”, a partir do molde astral onde esses condicionalismos kármicos ou os Skandhas estão impressos.

A renovação constante
Entretanto, cada renascimento significa uma nova oportunidade. Cada renascimento, cada novo renascimento, significa um novo afluxo de vida: “em nenhum momento está contida tanta energia como no momento inicial”, que é sempre uma idade de ouro. A periodicidade, a renovação constante é omnipresente na Natureza e impulsiona o processo de evolução. Assim, o homem reencarnante, embora tenha karmicamente atraídos, para os novos veículos do Quaternário, átomos-vida que já haviam integrado as correspondentes formas em existências precedentes, rodeia-se também de essência akáshica pura – de substância primordial não “contaminada” por vícios anteriores.

A Importância do Mental
Afirmámos, há pouco, que em cada encarnação manifestamos somente uma gama limitada das potencialidades do Homem Espiritual, particularmente do Manas Superior. As imperfeições e a pouca qualidade da substância dos corpos e dos princípios inferiores não permite mais do que isso, não constituindo veículo adequado para “a manifestação dos Filhos de Deus”18. De resto, usando novamente as palavras de Helena Blavatsky, “O Manas superior não pode guiar directamente o homem: tem que actuar por intermédio do Manas Inferior”19. Entretanto, acrescenta ela pouco depois: “Devemos sempre ter presente que o Manas Inferior, na sua essência, é idêntico ao Manas Superior, com o qual poderá unificar-se repelindo os impulsos kâmicos”.

Quando os impulsos kâmicos (ou seja, dos desejos e emoções egoístas e personalísticos) são dominados e rejeitados, dá-se a sublimação de todos os níveis do Quaternário. De facto, a terminologia corrente de “os pecados da carne” não nos deve induzir em erro. O Corpo Físico, em si mesmo, não é propriamente bom nem mau. Ele faz e torna-se aquilo que as nossas decisões determinam, conforme vão predominando o desejo egoísta (ou egocêntrico) e o correspondente pensamento míope, ou os anseios nobres, as aspirações espirituais, os pensamentos lúcidos, os ideais altruístas, a criatividade superior. No que respeita ao Corpo Astral, ele adquire as qualidades decorrentes das nossas acções psíquicas e físicas.

O nosso grande instrumento de trabalho é, pois, o Mental. É aí que se decide a que tipo de impulsos – superiores ou inferiores – respondemos e aos quais aderimos20. E é aí que se constrói e amplia o Antahkarana, o órgão mental interno, a ponte estendida entre o Quaternário Inferior e a Tríade Superior, entre a natureza mortal e a natureza perene.

O alargamento e consolidação dessa ponte permite em simultâneo manifestar mais amplamente o Eu Superior e permite a recolha mais abundante das qualidades com a quintessência das experiências e lições obtidas no (através do) Eu Inferior, nos planos de maior materialidade. Estes são os que maior contraste oferecem com o Eu Espiritual e que mais agudamente estimulam o despertar das capacidades ou aptidões e o desenvolvimento da consciência de relação, com todos os seus melhores atributos ou virtudes: a Vontade, o Amor, a Sabedoria, a Harmonia, a Justiça, a Consagração, a Ordem Correcta, etc., etc.

Aptidões e Qualidades
Cabe aqui notar que “fisicamente, o homem comum não tem recordação das vidas anteriores, uma vez que já não dispõe dos mesmos instrumentos (nomeadamente o cérebro físico) dessas outras vidas. Contudo, em cada nascimento, trazemos latentes as capacidades – tão diferentes de indivíduo para indivíduo – que nelas desenvolvemos. E essas capacidades – e não a memória de factos concretos – são o que verdadeiramente importa”21.

Deste modo, as aptidões despertadas, as capacidades efectivas e as qualidades individuais – adquiridas através da longa peregrinação pelos diferentes Planos, em muitas situações, nos mais diversos cenários, através de todo o género de atritos, condicionalismos e oportunidades, de inúmeros erros e aprendizagens, e enraizadas nos níveis causais (Buddhi, com a quintessência do Manas Superior) – são a grande conquista do processo evolutivo.

“Terminado o ciclo das suas reencarnações, [o Ego] continua sendo a mesma Consciência Divina, mas então já se tornou uma Autoconsciência individualizada”22. A semente espiritual, “caída” da Árvore da Vida para a terra, onde fica sepultada, onde apodrece e de onde começa o renascimento guiado pela luz solar, acaba por se tornar, ela própria, uma Árvore florescente, que gerará frutos abundantes, e multiplicará as sementes… no ilimitado progresso universal.

O Ensinamento da Reencarnação
A Reencarnação tem sido sustentada, ao longo das Idades, pelas melhores e mais genuínas tradições espirituais e filosóficas, bem como por grande parte dos maiores pensadores que a Humanidade já produziu. Faz parte dos ensinamentos do Hinduísmo, do Jainismo, do Budismo, do Sikhismo, do Taoísmo, do Zoroastrismo, do Hermetismo, do Gnosticismo (Cristão ou não), de muitos expoentes entre os Sufis do Islão, bem como integrava as ideias dos Maniqueístas, dos Cátaros, dos Bogomilos. No seio do Judaísmo, é aceite pela Cabala, e era reconhecida pelos Essénios e Fariseus, unicamente os Saduceus a rejeitando. Muitas outras formas religiosas, em todos os continentes, a incluem e incluíram nas suas concepções da vida 23.

Foi apresentada e defendida – ou, no mínimo, admitida –, por filósofos da grandeza de Pitágoras, Heráclito, Platão, Empédocles, Apolónio de Tiana, Fílon de Alexandria, Séneca, Plotino, Porfírio, Jâmblico, Hypatia, Sinésio, Hierócles, Proclo, Giordano Bruno, Spinoza, Leibniz24, Henry More, Voltaire, David Hume, Kant, Ralph Waldo Emerson, Kant, Fichte, Schleiermacher, Krause, Schelling, Hegel ou Schopenhaeur; artistas, nomeadamente músicos e pintores, tão extraordinários como Wagner, Scriabin, Débussy, Mahler, Sibelius, William Blake, Dante Gabriel Rossetti, Gauguin, Mondrian, Kandinsky, Paul Klee, Salvador Dali ou Nicholas Roerich; escritores e poetas tão celebrados como Camões, Fernando Pessoa, Ennius, Virgílio, Ovídio, Taliesin, Skakespeare, Milton, Goethe, Schiller, Herder, Novalis, Alexander Pope, Shelley, Wordsworth, Coleridge, Tennyson, Robert Browning, Elizabeth Browning, Longfellow, Thomas Moore, Balzac, Lamartine, Victor Hugo, Flaubert, Khalil Gibran, Jack London, Louise Mary Alcott, Somerset Maugham, Oscar Wilde, Arthur Conan Doyle, Tolstoi, Rainer Maria Rilke, Walt Whitman, Rudyard Kipling, William Butler Yeats, George W. Russell, James Joyce, E. M. Forster, L. Frank Baum, Tagore, Maeterlinck ou Romain Rolland; cientistas tão importantes como Newton, Johann Ehlert Bode, David Brewster, Charles Bonnet, Humphrey Davy, Thomas Huxley, Camille Flammarion, Thomas Edison, William Crookes ou Gustaf Stromberg; políticos de tanta relevância como Frederico o Grande, Thomas Paine, Benjamin Franklin, Mazzini, Gandhi, Nehru, David Lloyd George ou Henry Wallace; homens e mulheres tão renomados como Cícero, Flávio Josefo, Plutarco, Rumi (o grande místico islâmico e sufi) Paracelso, Van Helmont, Jacob Boehme, Carlyle, Lessing, Carl Gustav Carus, Friedrich von Schlegel, Keyserling, François Charles Fourier, Henry David Thoreau, George Sand, Henri Amiel, William James, Carl Jung, Oliver Lodge, Henry Ford e tantos, tantos outros.

E quanto ao Cristianismo? A pergunta surgirá naturalmente em alguns leitores. Já escrevemos acerca disso em número anterior da Biosofia25. É preciso distinguir26. Temos, de um lado, as matrizes originais e legítimas do Cristianismo: a figura de Jesus, os ‘ingredientes’ Cabalísticos, Gnósticos (aí integrando grupos como os Nazarenos, os Ebionitas, os Essénios e os Terapeutas), Pitagóricos e Platónicos, da religiosidade Egípcia e das Tradições Orientais – que, conforme a Sabedoria de Todas as Idades, que ecoam – incluem o ensinamento da Reencarnação. Temos, do outro lado, a ignorância ou mesmo a negação de qualquer Ciência Espiritual, a insana pretensão de exclusivismo, a destruição de inúmeros documentos e testemunhos, a fraude e a falsificação não só nos textos evangélicos, como nos escritos de autores como Orígenes. No primeiro caso, temos uma religiosidade sábia e justa; no segundo caso, um amontoado de afirmações ilógicas, incoerentes, destituídas de qualquer senso de proporção e justiça, e tantas vezes imorais e até monstruosas. Qual é a verdadeira mensagem do Cristo?



José Manuel Anacleto

Presidente do Centro Lusitano de Unificação Cultural

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(1) A Doutrina Secreta, de Helena Blavatsky (Ed. Pensamento, São Paulo, 1973; Vol. I págs. 81 a 85).

(2) Toda a manifestação é ilusória, porque é o próprio domínio da impermanência, logo, da irrealidade. O que é real e impermanente está mais além da existência condicionada, que é meramente uma reflexão sua, e na qual, em si mesma, não está envolvida.

(3) Tal é a função da Coluna da Severidade na Árvore da Vida. Aquela é encimada por Binah, que representa a Forma e as Leis que a regem. “A forma limita a vida, aprisiona-a, mas, não obstante, permite-lhe organizar-se… A forma disciplina a força…” (Dion Fortune, A Cabala Mística, Ed. Pensamento, São Paulo; pág. 121).

(4) Dizemos “mais ou menos científicos, porque os modelos evolucionistas darwinistas e neo-darwinistas, apesar de alguns méritos, estão cheios de afirmações não comprovadas (quando não se verificou o seu contrário) e de meras suposições. Acerca disto, cfr., por exemplo, Para Acabar de Vez com o Darwinismo, de Rosine Chandebois (Instituto Piaget, Lisboa, 1996).

(5) Jivâtaman, a vida (anima) de Âtman (Espírito), é a involução do Espírito (na Matéria).

(6) Ou melhor: por onde passou a Vida, a nossa onda de vida.

(7) William Quan Judge, Echoes of the Orient (Point Loma Publications, San Diego, 1987); Vol. III, pág. 180.

(8) Helena Blavatsky, Doutrina Secreta, Vol. VI, pág. 201; Collected Writings, Vol. XII (The Theosophical Publishing House, Quest Books, Wheaton, 1980), pág. 673.

(9) Helena Blavatsky, Glossário Teosófico (Ed. Ground, São Paulo).

(10) Helena Blavatsky, A Doutrina Secreta, Vol. VI, pág. 222; Collected Writings, Vol. XII, pág. 709.

(11) Idem, A Doutrina Secreta, Vol. VI, pág. 215.

(12) Ou seja, o que nobre, elevado e altruísta se desenvolveu na Personalidade dessa particular Encarnação.

(13) “Egoísmo”, porque se trata, em todo o caso, de um gozo individual, merecido é certo, mas de que os Iniciados e Discípulos tendem a abdicar, para servir ao Bem Geral.

(14) E assim também quanto à duração. O homem que desenvolveu maior quantidade e qualidade de ideais, tem mais substância para alimentar o estado devachânico que, portanto, é mais prolongado, podendo, por exemplo, rondar os dois milénios (embora, normalmente, ande por metade disso).

(15) Embora a) o “selvagem”, b) o homem comum, c) ou o grande filósofo, cientista, místico, artista, esteta ou filantropo possam ter, todos o seu devachan, a qualidade e profundidade de cada um variará, naturalmente, sempre em conexão com os interesses e aspirações da vida física precedente (e só desta. Coisa bem diferente do Devachan, é o Nirvana, no fim do grande ciclo de encarnações). O que há no Devachan são os infinitos desdobramentos de cada ideal, de cada aspiração, de cada momento de criatividade do indivíduo. Os sonhos do mundo da objectividade se transformam nas realidades da existência nesse mundo da subjectividade.

(16) Cartas dos Mahatmas para A. P. Sinnett, (Ed. Teosófica, Brasília, 2001); Vol. I, págs. 298 a 301. Para uma explanação mais completa dos estados que medeiam entre duas reencarnações no Plano Físico, recomendamos o artigo “A Libertação das Formas – A (Vida Depois da) Morte”, de Helena Castanheira, publicado no nº 28 da Biosofia (Centro Lusitano de Unificação Cultural, Lisboa, 2006).

(17) Cfr. A Chave da Teosofia, de Helena Blavatsky. Edições 70, Lisboa, 1978, pág. 115; Ed. Teosófica, Brasília, 1991, pág. 129.

(18) Romanos, 8: 19.

(19) A Doutrina Secreta, Vol. VI, pág. 215.

(20) Remetemos para o nosso artigo “A Mente Dual – da Escravidão à Liberdade”, publicado no nº 21 da Biosofia (Centro Lusitano de Unificação Cultural, Lisboa, 2004).

(21) José Manuel Anacleto, Transcendência e Imanência de Deus (Centro Lusitano de Unificação Cultural, Lisboa, 2002), pág. 89.

(22) Helena Blavatsky, A Doutrina Secreta, Vol. VI, pág. 212.

(23) Cfr. Reincarnation – An East-West Anthology, complilado e editado por Joseph Head & S. L. Cranston, The Theosophical Publishing House, Quest Books, Wheaton, 1990, págs. 71 e 72.

(24) O seu conceito de “metamorfose” corresponde no findamental ao ensinamento sobre os Skandhas e os Átomos de Vida.

(25) Ver as págs. 24 a 30 do nº 8 (Centro Lusitano de Unificação Cultural, Lisboa, 2000). Com maior desenvolvimento, o artigo foi depois incluído no já citado livro Transcendência e Imanência de Deus, págs. 97 a 115.

(26) Remetemos, nomeadamente, para os nossos livros Cristo (Centro Lusitano de Unificação Cultural, Lisboa 2005) e Alexandria e o Conhecimento Sagrado (Centro Lusitano de Unificação Cultural, Lisboa, 2008), especificamente os seus Capítulos III e IV, págs. 95 a 277.





http://centrolusitano.org/acerca/esoterismo.html
http://www.biosofia.net/
www.¬biosofia.¬net/¬2004/¬09/¬22/¬esoterismopsiqui¬smo-¬e-¬artes-¬ocultas/
www.¬biosofia.¬net/¬2002/¬03/¬23/¬a-¬alma/
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