Dia 19 de Outubro, sábado as 12h em Alenquer,
O Coronel José Manuel Pedroso da Silva
será o orador convidado da Tertúlia do Bar do Alem
Inscrições limitadas a lotação pelo mail bar.do.alem@gmail.com
Nota Biográfica
Filho e neto de militares, José Manuel Pedroso da Silva, nasceu em Lisboa, na freguesia de São Sebastião da Pedreira a 1 de Julho de 1947, tendo entrado aos 10 anos para o Instituto dos Pupilos do Exército onde concluiu o curso Geral de Indústria, a que somou o curso Técnico de Instrumentos de Precisão, frequentado na mesma instituição. Ambicionando mais do que uma carreira na classe dos sargentos, concorreria ao Instituto Superior Militar, onde concluiria o curso B, de Oficial Técnico de Manutenção de Material. Em 1991 foi aprovado no curso de Promoção a Oficial Superior do Instituto de Altos Estudos Militares. Paralelamente à carreira militar, a necessidade de ampliar os seus conhecimentos, algo que se poderia designar como uma sede de Saber, levou-o à frequência de vários cursos naquela que poderá ser designada como a trilogia de pesquisa fundamental: Biologia marinha na área da Malacologia; Língua, caligrafia e sigilografia chinesas; Simbologia, com destaque para a Heráldica. Poder-se-á então pensar que tal dispersão indiciava algum diletantismo, mas efectivamente tal dedução seria tão apressada quanto errada, já que, em cada área a que se dedicou, atingiu um patamar de conhecimento que ultrapassava o significativo.
Formação de um Heraldista
Paralelamente às pesquisas na esfera quer da Sinologia, quer da Malacologia, desenvolveu capacidades plásticas na esfera do Desenho e da Pintura que muito úteis lhe viriam a ser aquando do seu interesse pela Heráldica. Assim, além do curso de pintura chinesa já referido, frequentou um curso de Desenho de Contorno vocacionado para a Flora, regido por Juanita Hull no Jardim Botânico em Lisboa, o curso de Ilustração Biológica, sob a orientação de Pedro Salgado, no Departamento de Zoologia e Antropologia da Faculdade de Ciências de Lisboa e o curso de Iniciação à Serigrafia, regido por Luís Ferreira, entre outros. Não descurou a formação na área da Estética e da Simbologia, tendo frequentado o curso de Temas de Estética e Teorias de Arte Contemporânea leccionado por David Lopes na Sociedade Nacional de Belas Artes e o curso de Simbólica dos Animais, no Centro Nacional de Cultura, com regência de Armando Santinho Cunha.
A busca de conhecimentos na esfera da Armaria levou-o a finalizar o curso de Heráldica do Instituto Português de Heráldica e posteriormente o de Genealogia e Heráldica do mesmo Instituto, tendo ainda completado o curso de Heráldica no Palácio da Fronteira ministrado por António Pedro Sameiro, bem como o curso de Heráldica do Centro Lusíada de Estudos Genealógicos e Heráldicos da Universidade Lusíada, regido por Miguel Metelo Seixas. Mas nada do que acima ficou expresso explica o trabalho desenvolvido por José Manuel Pedroso da Silva. Para compreender o que este heraldista fez é necessário entender a sua formação noutras áreas. Foi através do estudo de diversas ciências que congregou um conhecimento polivalente que, ao invés de se esgotar num estudo enriquecedor mas estéril, foi aplicado à Arte Heráldica.
A busca de conhecimentos na esfera da Armaria levou-o a finalizar o curso de Heráldica do Instituto Português de Heráldica e posteriormente o de Genealogia e Heráldica do mesmo Instituto, tendo ainda completado o curso de Heráldica no Palácio da Fronteira ministrado por António Pedro Sameiro, bem como o curso de Heráldica do Centro Lusíada de Estudos Genealógicos e Heráldicos da Universidade Lusíada, regido por Miguel Metelo Seixas. Mas nada do que acima ficou expresso explica o trabalho desenvolvido por José Manuel Pedroso da Silva. Para compreender o que este heraldista fez é necessário entender a sua formação noutras áreas. Foi através do estudo de diversas ciências que congregou um conhecimento polivalente que, ao invés de se esgotar num estudo enriquecedor mas estéril, foi aplicado à Arte Heráldica.
Entrada para o Gabinete de Heráldica do Exército e as primeiras armas criadas
A prestar serviço na Escola Militar de Electromecânica desde 1 de Abril de 1985, estagiaria no Gabinete de Heráldica do Exército, sob orientação de Jorge Guerreiro Vicente, entre 1990 e o final de 1992, apesar de manter funções naquela unidade. Seria transferido em 10 de Agosto de 1992 para o Batalhão do Serviço de Material, no Entroncamento, mas prosseguiria a colaboração com o Gabinete de Heráldica do Exército.
As primeiras armas que Pedroso da Silva criou, foram-no ainda com o Gabinete a ser dirigido por Guerreiro Vicente. Efectivamente, aquando do pedido de ordenação de armas para as Oficinas Gerais de Material de Engenharia, Pedroso da Silva estabeleceu uma proposta que Guerreiro Vicente aprovou, elaborando uma informação com aquela(1962). Tinham as armas a seguinte ordenação:
As primeiras armas que Pedroso da Silva criou, foram-no ainda com o Gabinete a ser dirigido por Guerreiro Vicente. Efectivamente, aquando do pedido de ordenação de armas para as Oficinas Gerais de Material de Engenharia, Pedroso da Silva estabeleceu uma proposta que Guerreiro Vicente aprovou, elaborando uma informação com aquela(1962). Tinham as armas a seguinte ordenação:
Esta ordenação era exemplar daquilo que viria a ser a marca das criações de Pedroso da Silva: escolheu para móvel central do campo um elemento do Reino Vegetal, o estramónio, de que não se conhecia, nem se conhece, qualquer outra utilização em heráldica, quer nacional, quer internacional: este conferia às armas uma característica erudita que se estendia também à escolha do semeado do campo de quinquefólios, numa elaborada alusão à Indústria, que era feita através da representação estilizada da flor de pau-ferro. Para timbre optou pela salamandra, que simbolizava o Génio que governa o Fogo, sendo este um elemento fundamental na criação e transformação dos materiais que servem de base da actividade do organismo armigerado. Este animal, da classe dos batráquios havia sido anteriormente proposto para timbre das armas da Escola Prática do Serviço de Material que o havia rejeitado. Pedroso da Silva entendeu recuperar este batráquio que considerava adequado às armas que estavam a ser ordenadas, o que mereceu a aprovação do comando da unidade. Esta escolha é também exemplar do desejo de Pedroso da Silva de não entrar em ruptura em relação ao trabalho que Guerreiro Vicente desenvolveu enquanto director do Gabinete de Heráldica do Exército, mas antes de lhe dar continuidade, sem, no entanto, se eximir de deixar uma marca própria. (3)
Chefia do Gabinete de Heráldica do Exército
Embora Pedroso da Silva tenha tomado posse em 15 de Fevereiro de 1993 como director do Gabinete de Heráldica do Exército (1965), exercia na prática esta tarefa desde o princípio daquele ano, data da reforma do seu antecessor. Apesar desta nomeação manteria funções no Batalhão de Serviço de Material, onde exercia o cargo de director de Instrução. De acordo com o ofício que informava esta nomeação, a prestação de serviço de Pedroso da Silva na Direcção do Serviço Histórico-Militar de que o referido Gabinete dependia deveria «[...] resumir-se a 1 (um) dia por semana (2.ª ou 6.ª feira).» ficando esta situação de ser revista numa futura mudança de colocação deste oficial. Com a integração do Batalhão de Serviço de Material na Escola Prática do Serviço de Material datada de 1 de Setembro de 1993, viria ainda a desempenhar nesta unidade as funções de chefe da Secção de Operações, Informações e Segurança, ficando exclusivamente colocado na Direcção do Serviço Histórico-Militar apenas em 21 de Junho de 1994. Enquanto responsável pela Heráldica do Exército, entre a data da sua entrada para o Gabinete e o final do século XX, Pedroso da Silva produziu 37 armas para o Exército Português, tendo sido a primeira ordenação, já como responsável pela Heráldica do Exército, relativa ao escudo de armas do Comando de Logística, que espelhava, desde logo, o propósito de manter os padrões que os seus antecessores no cargo tinham estabelecido. Relativamente ao que havia sido produzido pelo organismo que então passava a reger, manteve a preocupação pela simplicidade e visibilidade. No campo, de azul, apenas uma figura, mas plena de significado, uma bolsa de prata simbolizando «[...] os recursos que a Nação coloca à disposição do Exército [...]»
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