Um documento, apreendido pelas tropas de Napoleão depois de terem invadido a cidade de Roma, em 1809 e referido por Gérard de Sede descrevia o testemunho de um templário, de nome Jean de Châlons aludindo a “três carroças de palha puxadas por cinquenta cavalas que haviam saído, na quinta-feira, 12 de Outubro de 1307 (a véspera da prisão dos templários), do Templo de Paris, conduzidas por Hughes de Châlons, Gérard de Villers e cinquenta outros cavaleiros, transportando «totum thesaurum Hugonis Peraldi [Hugo de Pairaud, o grande Visitador de França]“.
O mesmo templário teria afirmado que o conteúdo das três carroças teria sido embarcado no porto templário de La Rochelle e seguido em 18 navios da armada dos templários com destino desconhecido, mas que, certamente seriam paragens mais amistosas para a Ordem do que as de França… Seria o porto de templário do Baleal (Peniche), aproveitando o bom acolhimento que Dom Dinis deu a tantos frades fugidos de França e a recusa sistemática que sempre deu à Santa Sé quando esta tentou estender a Portugal os processos que incendiavam França?
Seria este tesouro composto por mapas antigos, informações geográficas e documentos que puderam depois ser usados na “Escola de Sagres” e no começo do processo dos Descobrimentos portugueses? Seriam estes documentos e ensinamentos perdidos o cerne da mensagem do “Espirito Santo” que Dom Dinis depois se esforçou por disseminar e que iria até onde fossem todas as naus das Descobertas e da Expansão?
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