No início da noite de 31 de Outubro, No Bar do Além
véspera do dia de defuntos ou de todos os Santos,
foi recitado o ritual do esconjuro Galego da Queimada,
cerimónia de remota origem celta tradicional oral,
em português e em gallego, conhecida também por Espanta espíritos:
Conjuro Versión Original en Gallego:
cerimónia de remota origem celta tradicional oral,
em português e em gallego, conhecida também por Espanta espíritos:
Conjuro Versión Original en Gallego:
I VERSÂO
da Ladainha, arenga ou Lenga Lenga, mantras ou cegarrega
Mouchos, coruxas, sapos e bruxas!
Demos, trasnos e dianhos, espritos das enevoadas veigas.
Corvos, pintigas e meigas, feitizos das mencinheiras.
Pobres canhotas furadas, fogar dos vermes e alimanhas.
Lume das Santas Companhas, mal de ollo, negros meigallos,
cheiro dos mortos, tronos e raios.
Oubeo do can, pregon da morte, foucinho do satiro e pe do coello.
Pecadora lingua da mala muller casada cun home vello.
Averno de Satan e Belcebu, lume dos cadavres ardentes,
corpos mutilados dos indecentes, peidos dos infernales cus,
muxido da mar embravescida.
Barriga inutil da muller solteira,
falar dos gatos que andan a xaneira,
guedella porra da cabra mal parida.
Con este fol levantarei as chamas deste lume que asemella ao do inferno,
e fuxiran as bruxas acabalo das sas escobas,
indose bañar na praia das areas gordas.
¡Oide, oide!
os ruxidos que dan as que non poden deixar de queimarse no agoardente,
quedando así purificadas.
E cando este brebaxe baixe polas nosas gorxas,
quedaremos libres dos males da nosa ialma e de todo embruxamento.
Forzas do ar, terra, mar e lume, a vos fago esta chamada:
si e verdade que tendes mais poder que a humana xente,
eiqui e agora, facede cos espritos dos amigos que estan fora,
participen con nos desta queimada.
II VERSÃO da Ladainha,
Demos, trasnos e dianhos, espritos das enevoadas veigas.
Corvos, pintigas e meigas, feitizos das mencinheiras.
Pobres canhotas furadas, fogar dos vermes e alimanhas.
Lume das Santas Companhas, mal de ollo, negros meigallos,
cheiro dos mortos, tronos e raios.
Oubeo do can, pregon da morte, foucinho do satiro e pe do coello.
Pecadora lingua da mala muller casada cun home vello.
Averno de Satan e Belcebu, lume dos cadavres ardentes,
corpos mutilados dos indecentes, peidos dos infernales cus,
muxido da mar embravescida.
Barriga inutil da muller solteira,
falar dos gatos que andan a xaneira,
guedella porra da cabra mal parida.
Con este fol levantarei as chamas deste lume que asemella ao do inferno,
e fuxiran as bruxas acabalo das sas escobas,
indose bañar na praia das areas gordas.
¡Oide, oide!
os ruxidos que dan as que non poden deixar de queimarse no agoardente,
quedando así purificadas.
E cando este brebaxe baixe polas nosas gorxas,
quedaremos libres dos males da nosa ialma e de todo embruxamento.
Forzas do ar, terra, mar e lume, a vos fago esta chamada:
si e verdade que tendes mais poder que a humana xente,
eiqui e agora, facede cos espritos dos amigos que estan fora,
participen con nos desta queimada.
II VERSÃO da Ladainha,
arenga ou Lengalenga, ou cegarrega (aportuguesada)
Sapos e bruxas, mochos e corujas,
demonios, diabretess e dianhos,
espíritos das enevoadas varzeas,
corvos, pegas e magas, feitiços das curandeiras,
lume andante dos pobres canhotos furados,
luzinha dos bichos andantes,
luz de mortos penantes,
mau olhado, negra inveja, ar de mortos,
trovões e raios,
uivar de cão, piar de mocho,
pecadora língua de má mulher casada com homem velho.
Vade retro, Satanás,
prás pedras cagadeiras!
Lume de cadáveres ardentes,
mutilados corpos dos indecentes peidos de infernais cus.
Barriga inútil de mulher solteira,
miar de gatos que andam à janeira,
guedelha porca de cabra mal parida!
Com esta colher levantarei labaredas deste lume, que se parece ao do Inferno.
Fugirão daqui as bruxas, por ciba de silvados e por baixo de carvalhais,
a cavalo nas suas vassouras de giesta,
para se juntarem nos campos de Gualdim.
para se banharem na fonte do areal do Pereira...
Ouvide! Ouvide:
- os rugidos das que estão a arder nesta caldeira de lume.
E quando esta mistela baixar pelas nossas goelas,
ficaremos livres dos males e de todo o embruxamento.
Forças do ar, terra, mar e lume, a vós requeiro esta chamada:
Se é verdade que tendes mais poder que as humanas gentes,
fazei que os spírtos ausentes dos amigos que andam fora participem connosco desta queimada!
Sapos e bruxas, mochos e corujas,
demonios, diabretess e dianhos,
espíritos das enevoadas varzeas,
corvos, pegas e magas, feitiços das curandeiras,
lume andante dos pobres canhotos furados,
luzinha dos bichos andantes,
luz de mortos penantes,
mau olhado, negra inveja, ar de mortos,
trovões e raios,
uivar de cão, piar de mocho,
pecadora língua de má mulher casada com homem velho.
Vade retro, Satanás,
prás pedras cagadeiras!
Lume de cadáveres ardentes,
mutilados corpos dos indecentes peidos de infernais cus.
Barriga inútil de mulher solteira,
miar de gatos que andam à janeira,
guedelha porca de cabra mal parida!
Com esta colher levantarei labaredas deste lume, que se parece ao do Inferno.
Fugirão daqui as bruxas, por ciba de silvados e por baixo de carvalhais,
a cavalo nas suas vassouras de giesta,
para se juntarem nos campos de Gualdim.
para se banharem na fonte do areal do Pereira...
Ouvide! Ouvide:
- os rugidos das que estão a arder nesta caldeira de lume.
E quando esta mistela baixar pelas nossas goelas,
ficaremos livres dos males e de todo o embruxamento.
Forças do ar, terra, mar e lume, a vós requeiro esta chamada:
Se é verdade que tendes mais poder que as humanas gentes,
fazei que os spírtos ausentes dos amigos que andam fora participem connosco desta queimada!
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